Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Dirigiu-se ao quarto a passos largos e não precisou, de muito tempo para descobrir o que se passava. O bebê necessitava, urgente, de uma troca de fraldas.

Com a prática adquirida ao longo dos últimos me­ses, Anahí levou apenas uns poucos minutos para dar conta da tarefa.

Sentindo-se bem mais confortável, Theo parou de chorar. Aconchegando-o contra o peito, Anahí disse, baixinho:

— Você é a maior riqueza que possuo, neste mun­do... Nem Richard, nem qualquer outra pessoa seria capaz de nos separar.

Duas semanas atrás, Richard Templeton havia dado um ultimato a Anahí: ou ela concordava em colocar Theo num internato de luxo, ou ele rom­peria o noivado.

Richard havia até mesmo entrado em contato com um internato, na Suíça, que tinha profissionais alta­mente especializados em cuidar de crianças e até mes­mo de bebês. Estava disposto a arcar com as despesas da estada de Theo naquela instituição, desde que ele ali permanecesse, até completar a maioridade.

— Só assim poderemos construir uma vida a dois, sem interferências... — ele dissera a Anahí, com a maior tranqüilidade desse mundo.

A reação de Anahí fora a princípio de perple­xidade, depois de indignação. E então, numa voz estranhamente calma, ela sentenciara:

—  Decididamente, Richard, teremos de romper nossa relação. Pensei que nos conhecêssemos razoa­velmente bem, mas agora vejo o quanto estava en­ganada... Pois se você ainda não percebeu que Theo é a pessoa a quem mais amo no mundo, então sig­nifica que não sabe nada a meu respeito.

Esse fora o início de uma discussão acirrada, com muitas cobranças e ofensas de ambas as partes. Anahí ficara arrasada, mas nem por um momento duvidara de que estava agindo da maneira correta. Um homem que não aceitasse Theo jamais poderia fazê-la feliz. Tal regra era absoluta e não permitia exceções.

Nos primeiros dias após o rompimento, Anahí lembrava-se dessa premissa, sobretudo nos momen­tos mais difíceis. Pois chegara a gostar, realmente, de Richard... Até sonhara com uma vida a seu lado.

Conhecera-o pouco depois de começar a trabalhar como consultora de informática.

Richard era um jovem e brilhante executivo, de trinta anos, que trabalhava numa agência de publicidade.

Anahí, chamada para prestar assistência téc­nica ao sistema de computação da empresa, logo simpatizara com ele. Isso acontecera dois anos e meio atrás. Pouco depois, ambos haviam começado a namorar.

Impressionada pela autoconfiança e segurança de Richard, que sempre parecia saber exatamente a atitude correta a tomar, no momento correto e da forma correta... Anahí caíra apaixonada. Ao me­nos assim pensava, naqueles dias de empolgação, quando Richard parecia-lhe o homem perfeito.

Criada praticamente sem o pai, que abandonara a família quando ela era ainda muito pequena, Anahí não tivera a referência de um ser masculino, durante a infância.

Marjorie, sua mãe, desposara Gregory algum tem­po depois. Mas, apesar de tão criança, Anahí sempre o vira como um amigo e não um pai, ou um padrasto. Adorava-o, mas nunca lhe pedira um conselho, nunca o procurara nos momentos difíceis.

Além do mais, tal como Marjorie, Gregory era um sonhador incorrigível... E um realizador não muito competente.