Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Abrindo a porta traseira do Escort, tirou Theo de sua cadeirinha e aconchegou-o no colo.

— Querido... — começou a dizer. Mas não conse­guiu concluir a frase.

O bebê deu um gritinho de entusiasmo ao ver Dougal, que aproximou-se entre curioso e alegre. Por um momento, os dois ficaram se olhando, fas­cinados. E então Dougal latiu.

Receando que Theo se assustasse, Anahí aper­tou-o ainda mais contra o peito. O bebê, porém, con­tinuava encantado com o animal. Esticando a mãozinha, tentava tocá-lo.

Anahí então abaixou-se.

— Calma, Dougal — Alfonso recomendou, baixinho. Parecendo  entender a fragilidade  do  pequeno Theo, o enorme cão aproximou-se ainda mais, com movimentos bem lentos.

Alfonso lançou um olhar apreensivo a Anahí, enquanto Theo esticava o bracinho, para tocar a cabeça de Dougal.

— Tem certeza de que... — a voz de Alfonso soava tensa — está tudo bem?

— Não sei — Anahí respondeu, com os olhos fixos na cena impressionante que se desenrolava à sua frente. — Mas, pelo visto, os dois vão se entender às mil maravilhas.

— Assim espero... O bebê riu quando Dougal farejou-lhe a mãozinha e, depois, a lambeu. Dougal abanava levemente a cauda, demonstrando sua alegria.

—  Parece que se tornaram amigos — Anahí concluiu, após alguns instantes.

—  Ufa! — Alfonso exclamou, num tom abafado. — Confesso que, por um momento, fiquei apavorado.

— Eu também — Anahí confidenciou. — Mas não me senti no direito de interferir. Afinal, os dois pareciam tão empenhados em fazer amizade...

— Tem razão. De minha parte, sempre soube que Dougal é um grande cão. Mas mesmo assim me preo­cupei. Além do mais, certa vez assisti a uma cena chocante entre meu sobrinho e um cão.

—  Esse cão era Dougal?

— Não, ele pertencia a um amigo da família. Meu sobrinho tinha dois anos e estava brincando com o cão. De repente, ouvimos um grito. O animal o tinha mordido.

—  Mas por quê?

—  Porque meu sobrinho resolveu provar a ração dele.

—  Então, o cachorro teve um motivo para rea­gir. Apenas obedeceu ao instinto de proteger seu alimento.

— Certamente, mas isso não diminuiu o susto do garotinho, nem o nosso.

—  É verdade. E seu sobrinho ficou muito machucado?

— Não. Mas o trauma foi grande. Até pouco tempo atrás, ele nem podia ver Dougal, que ficava apavo­rado. Depois, acabou perdendo o medo.

—  Ótimo.

Ambos se olharam por alguns instantes, com ge­nuína simpatia.

De súbito, Anahí recriminou-se. Sua chegada à propriedade de Alfonso Winston estava aconte­cendo de modo totalmente contrário ao que ela havia planejado.

O problema era que Dougal... E que Theo... E também aquela manhã radiante de verão...

Alfonso suspirou profundamente, enquanto concluía que não, que o problema era ela e mais ninguém. Ela estava morrendo de simpatia por Alonso Winston.