Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

No final da entrevista, trocaram telefones, e-mails e prometeram se ver em breve.

Na noite seguinte Alfonso ligara para Christine, convidando-a para jantar.

No Reveillon, ambos se conheceram na intimida­de. Meses depois, casavam-se numa antiga matriz, situada num bairro nobre de Melbourne.

O evento fora anunciado com destaque, na coluna social dos principais jornais da cidade. Afinal, Alfonso era um escritor de renome. E, Christine, uma jornalista brilhante.

Passaram-se alguns meses, antes que a imprensa os deixasse viver em paz. Quando isso por fim acon­tecera, Alfonso experimentara uma incrível sensa­ção de alívio. Estava farto de ter sua vida particular devassada. Se ia a um restaurante com Christine, encontrava fotógrafos e repórteres, que não se im­portavam em interromper-lhes o jantar, para entre­vistá-los. Se decidia assistir a um bom filme, era flagrado na saída do cinema, por uma câmara fo­tográfica ou de vídeo.

Muitas vezes, Alfonso reclamava desses incômo­dos. Christine, no entanto, não se perturbava.

—  Você ainda não se acostumou à realidade de ser uma pessoa pública? — ela o questionava.

—  Até gosto de publicidade, quando estou lan­çando um livro, ou fazendo uma turnê. Mas ser in­vadido em minha vida particular... é insuportável.

—  Ora, não dê tanta importância ao fato. Tente encará-lo com naturalidade.

—  Não posso me sentir natural se estou almo­çando e alguém resolve me fotografar, justamente na hora em que levo uma folha de alface à boca.

— Não seja tão ranzinza, querido. Isso faz parte de nossa profissão.

— Se isso ocorre conosco, imagine o que acontece com um astro de tevê, ou uma estrela de filmes.

—  Ah, pode apostar que eles são muito mais...

—  Importunados — Alfonso completava.

—  Eu ia dizer requisitados... Mas você me interrompeu.

Com o passar do tempo, Alfonso fora descobrindo que Christine não apenas suportava, como gostava da publicidade sobre a vida de ambos. Parecia sen­tir-se satisfeita por sair, constantemente, nas colunas sociais.

Quando por fim os fotógrafos e jornalistas para­ram de abordá-los com tanta freqüência, a relação de ambos começara a se desgastar.

Coincidência ou não, o fato era que Christine tor­nava-se irritadiça e intratável. Parecia inquieta e insatisfeita, como se lutasse contra um imenso vazio, que a cada dia apossava-se mais e mais de seu ser.

Alfonso começara a se preocupar. Christine já não era, nem de longe, a mulher vibrante do início do casamento. E ele talvez estivesse se tornando de­sinteressante, a seus olhos. Assim Alfonso pensava, naqueles dias difíceis.

Julgando que uma boa conversa, franca e aberta, resolveria o problema, ele convidara Christine para almoçar num restaurante à beira-mar, especializado em frutos do mar, que ela adorava.

Christine, porém, mantivera-se fechada e distan­te. Mal tocara nos pratos. E quando Alfonso pedi­ra-lhe que se abrisse, que lhe contasse o que a afligia, ela simplesmente se calara e voltara o rosto para um lado.

—  Não podemos continuar desse jeito — ele de­sabafara, por fim. — Nosso casamento está indo por água abaixo. Precisamos salvá-lo, de algum jeito.

—  Que tal termos um bebê?

A sugestão pegara-o de surpresa.