Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Anahí passou boa parte da manhã arrumando a suíte que Alfonso havia reservado para ela e Theo.

O aposento era claro, espaçoso e muito confortá­vel. Ficava no segundo pavimento da casa, próximo à suíte de Alfonso.

Era composto de uma ante-sala, um quarto maior e um menor, além de um banheiro.

A primeira providência que Anahí tomou foi montar o bercinho e o carrinho de Theo.

Depois, arrumou suas roupas e as do bebê num grande armário embutido, que ia do chão até o teto.

Os móveis, tais como os da sala, eram de madeira clara. Apenas a cor dos estofados, em vez de verde-musgo, era bege. Esse tom combinava com as cortinas, de tecido estampado em marrom e areia.

Tudo, naquele lugar, denotava bom gosto e sim­plicidade. E embora não estivesse nada disposta a admirar Alfonso, Anahí tinha de reconhecer que ele possuía mais essa qualidade.

Encantador, carismático, gentil, talentoso, refina­do... Decididamente, aquele homem tinha algo es­pecial, ela pensava, a contragosto, enquanto terminava de arrumar seus objetos pessoais no armário do banheiro.

No bercinho, Theo entretinha-se com seu brinquedo preferido: uma baleiazinha de borracha, amarela, que fazia um som engraçado quando pressionada.

— Anahí! — Alfonso a chamou, a certa altura.

— Já vou — ela respondeu, elevando a voz. Ra­pidamente, dirigiu-se à ante-sala da suíte.

Alfonso a aguardava, junto à porta entreaberta.

—  Entre — ela convidou.

— Não quero perturbá-la. Passei apenas para avi­sar que estarei na biblioteca, à sua espera, para conversarmos. Mas não tenha pressa. Acomode-se primeiro, está bem?

— Faltam poucas coisas para arrumar — disse Anahí, lançando um olhar às várias caixas de papelão, já vazias, que estavam a um canto. — Como você vê, já desembalei quase tudo.

Alfonso sorriu, exibindo dentes perfeitos como pé­rolas preciosas.

— Você veio com uma bagagem e tanto! Imagine o que traria, se fosse ficar um mês.

Anahí reagiu, ríspida:

—  Não trouxe nada de supérfluo, se é isso que está insinuando. Um bebê precisa de muitas coisas. E Theo é um bebê, lembra-se?

— Perdoe-me — Alfonso desculpou-se, de súbito mui­to sério. — Não tive intenção de ofendê-la.

Só então Anahí percebeu que estava sendo excessivamente áspera. Passando a mão pelos ca­belos loiros, num gesto de cansaço, retratou-se:

— Talvez seja eu quem deva pedir desculpas, pelo modo rude com que respondi a um simples comentário. E que os homens em geral acham que as mu­lheres carregam coisas desnecessárias. E eu detesto esse tipo de preconceito.

—  Bem, eu não sou preconceituoso. — Alfonso voltou a sorrir. — E agora vamos esquecer esse pe­queno desentendimento. Estarei na biblioteca, à sua espera. — Já ia saindo, mas voltou-se para infor­má-la: — Fica no final do corredor, à esquerda.

—  Certo. Estarei lá em poucos minutos.

— Já disse para não se apressar. — Com um aceno, Alfonso afastou-se.