Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Alfonso chegou ao aeroporto de Melbourne quarenta minutos antes do vôo para Canberra onde, no dia seguinte, daria uma tarde de autógrafos. Dali Alfonso partiria em turnê pelo país, passando por Adelaide, Perth, Alice Springs e Darwin.

Em geral, Alfonso gostava de fazer turnês. Além de divulgar seu trabalho, dar palestras e promover debates, acabava conhecendo novos lugares e pessoas.

Nunca fora um grande amante da vida social, mas conseguia sair-se bem em jantares, encontros, con­gressos e, sobretudo, em tardes de autógrafos.

Ao contrário de vários colegas escritores, que levavam uma vida solitária e detestavam qualquer tipo de con­tato social, Alfonso nunca protestava, quando seu editor o convocava a algum compromisso desse tipo.

Em geral, sua rotina era muito simples: acordava cedo, fazia um rápido desjejum, às vezes dava uma volta com Dougal pela propriedade e depois se sen­tava para trabalhar.

Não se passava um dia, sem que escrevesse algo. O exercício de escrever era muito importante para manter a forma, Alfonso costumava dizer.

Era verdade que nem sempre estava inspiradoe que, muitas vezes, descartava o trabalho de horasa fio, por não julgá-lo suficientemente bom.

Mas isso não o aborrecia. Afinal, ele era um ho­mem e não uma máquina de fazer livros.

Depois de apresentar-se no balcão de embarque e despachar sua bagagem, Alfonso entrou no bar do aeroporto, para tomar um drinque.

Ao contrário de tantas outras vezes em que partia em turnê, não se sentia com muita disposição para viajar. A verdade era que preferia ter ficado em casa, na companhia de Anahí e do pequeno Theo.

Era incrível como aqueles dois seres lhe pareciam importantes... Embora mal os conhecesse. Theo era como o filho que ele adoraria ter, apesar de saber que isso seria impossível.

Já Anahí Glenn... Bem, fazia muito tempo que Alfonso não se sentia tão impressionado com uma mulher.

Aos trinta e cinco anos, Alfonso Winston consi­derava-se um homem maduro e experiente. Levava uma vida solitária, mas era um homem saudável, no auge da sensualidade e vigor.

Vez por outra, passava a noite com mulheres in­teressantes, que encontrava casualmente num jan­tar ou evento literário.

Alfonso fazia questão de não firmar compromisso sério, com nenhuma delas. E quando uma mulher começava a se apegar demais, ele mesmo a alertava de que não tinha a menor intenção de casar-se no­vamente. Pois não se sentia preparado para uma nova experiência de vida a dois. Sofrera muito com Christine, e ainda não estava totalmente recuperado.

Além do mais, gostava de seu estilo de vida. Mo­rava num lugar adorável, tinha conseguido sucesso em sua profissão, enfim, podia se considerar um homem realizado.

Sorvendo um gole de seu drinque, sentado a uma mesa do bar do aeroporto, Alfonso disse a si mesmo que não, que ainda faltava algo para que se sentisse totalmente feliz.

Não tinha consciência disso, até aquela manhã, quando Anahí e Theo haviam entrado em sua casa, em sua vida.

O que lhe faltava era uma família, ele constatou, recostando-se na cadeira.