Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Compreendendo que ela estava mesmo fazendo questão de manter a relação de ambos restrita ao campo absolutamente profissional, Alfonso desistiu de qualquer outra tentativa de proximidade.

Talvez, quando voltasse para casa, conseguisse chegar mais perto daquela mulher bela, inteligente, brilhante... Que no entanto guardava, no coração, uma terrível revolta.

"Uma revolta certamente causada pelo pai de Theo", Alfonso pensou. "Mas que homem poderia ser tão cruel ou idiota, a ponto de ferir uma mulher sensível como Anahí Glenn?"

— Você ainda está aí? — A voz de Anahí ar­rancou-o das divagações.

—  Sim.

—  E deseja perguntar mais alguma coisa?

"O que eu lhe fiz, Anahí Glenn, para que você me trate com tanta rispidez?", Alfonso indagou, em pensamento, antes de responder:

—  Não, quero apenas desejar-lhe boa noite.

—  Obrigada. O mesmo para você.

—  Qualquer problema, ligue para mim.

— Fique tranqüilo. Está tudo bem.

— Certo. Se quiser anotar o número aqui do hotel...

—  Não é necessário. Tenho o de seu celular.

—  É mesmo. Bem, boa noite, Anahí.

—  Boa noite.

Alfonso desligou e voltou a sentar-se na cadeira de balanço. Fechou os olhos e, dali a pouco, ressonava suavemente.

Acordou com o som do telefone, que tocava sem cessar.

—  Quem será? — resmungou, apressando-se a atender. — Alô?

—  Poncho? Você se esqueceu do nosso encontro aqui no bar?

Reconhecendo a voz de Sheylla, ele perguntou:

—  Mas já está na hora?

—  Na verdade, já passou da hora. São mais de onze, querido.

— Minha nossa! — Alfonso sobressaltou-se. — Desculpe, Sheylla, mas acabei pegando no sono e...

—  Quer deixar nosso licor para uma outra oca­sião? — ela o interrompeu.

Alfonso sentiu-se tentado a dizer sim, a cancelar o encontro. Pois ambos já tinham se visto e conver­sado o suficiente.

—  Você ficaria muito ofendida, se eu...

— Claro que não, Poncho — ela o interrompeu novamente, traindo uma forte decepção na voz. — Eu... de fato não me importo. Talvez nos vejamos amanhã. Se eu conseguir chegar a tempo do encontro com os empresários, comparecerei a sua tarde de autógrafos... Certo?

—  Errado, Sheylla — ele respondeu, sorrindo.

—  Como?

—  Você é uma péssima mentirosa, sabia?

—  Por que diz isso?

— Porque é mentira que não se importa em can­celar nosso encontro.

—  Claro que é. Mas também não quero forçá-lo a me ver.

— Ora, não diga tolices. Espere-me um minuto, sim? Já estou descendo.

—  Mas...

— Nada de mas, senhorita. — Alfonso desligou e, pouco depois, descia até o bar do hotel.