Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Anahí andava por uma praia deser­ta, deliciada com o contato da areia macia sob os pés descalços.

O sol se punha no horizonte, num espetáculo de indescritível beleza. Ao longe, as nuvens pareciam incendiar-se, tingindo-se de tons que variavam do dourado ao púrpura.

Anahí desfrutava uma sensação de paz. A bri­sa marinha despenteava-lhe os cabelos, como se os acariciasse.

A certa altura, Anahí decidiu entrar no mar. Tirou a túnica de seda indiana que usava sobre o biquíni e experimentou a temperatura da água. Es­tava cálida e muito agradável, ela constatou, en­quanto avançava mar adentro.

Passou pela linha de rebentação e mergulhou, para emergir vários metros adiante. Olhou na di­reção da praia e então viu, à mágica lúz do crepús­culo, a silhueta de um homem.

Um sorriso insinuou-se em seus lábios. Mesmo assim, à distância, sabia de quem se tratava: do único homem a quem poderia amar, neste mundo...

Percebendo que Anahí o observava, ele acenou e entrou no mar. Veio a seu encontro, com um olhar radiante e um sorriso pleno de significados.

—  Alfonso... — ela murmurou, reconhecendo-o.

— Anahí... — Ele tomou-a nos braços, para um beijo longo e apaixonado.

Depois, ambos flutuaram abraçados por um bom tempo, entre risos e comentários ora doces, ora di­vertidos. Na verdade, já não importava o que diziam. O prazer de estarem juntos, como se fossem um só ser, não poderia ser descrito por palavra alguma-

—  Vamos sair? — Anahí propôs, a certa altura.

—  Está cansada? — ele perguntou, acariciando-lhe o rosto.

—  Não. Mas a noite já caiu e a temperatura também...

Sorrindo, ele ergueu-a nos braços e levou-a até a praia.

— Você está precisando de um pouco de calor — disse, envolvendo-a nos braços.

—  E também de muito amor — ela respondeu, aconchegando-se contra aquele peito que parecia protegê-la de todos os perigos do mundo.

Alfonso beijou-a docemente, nos lábios, nos olhos, nas faces... Anahí o atraiu para si, deitando-se na areia. E ali, sob o céu estrelado, embalados pela eterna música das ondas, ambos se amaram. O mundo já não existia. O tempo não mais contava. Estavam no Paraíso e nada poderia turvar tanta felicidade.

De súbito, um vento forte começou a soprar. As estrelas se apagaram no firmamento e um raio ris­cou o céu.

Os trovões soaram, ameaçadores, prenunciando uma terrível tempestade.

Anahí abriu os olhos, no quarto às escuras. Le­vou alguns segundos para compreender onde estava.

Tateou o criado-mudo, até encontrar o abajur. Acendeu-o e suspirou, profundamente.

Acabava de ter um sonho impressionante. E era a segunda vez que isso acontecia.

Na primeira noite em que dormira na casa de Alfonso Winston, sonhara que fazia amor, com ele.

— E, agora, de novo — ela lamentou-se, baixinho.

O que estava acontecendo, afinal?

Se mal conhecia aquele homem, como ele podia significar tanto, a ponto de insinuar-se em seu subconsciente?