Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Alfonso andava de um lado a outro da cozinha, perguntando-se porque Alfonso estaria demorando tanto. Teria desistido de vir?, perguntou-se, lançando um olhar ansioso para a mesa. Ao centro, estava a jarra de leite batido com cereais, que ele tinha acabado de preparar. Numa pequena bandeja, havia biscoitos salgados, torradas e geléia.

Anahí surgiu à porta da cozinha, usando jeans e uma camiseta justa, de um suave tom rosa-pálido. Sentia-se melhor assim.

—  Perdoe-me a demora — ela se desculpou. — Mas Theo acordou, no momento em que eu o colocava no berço. Daí, tive de fazê-lo dormir novamente.

Anahí preferiu não dizer que havia levado al­gum tempo parada diante do guarda-roupa, pergun­tando-se o que deveria vestir, para o lanche com Alfonso. Acabara optando pelo estilo de sempre. Afi­nal, não queria que Alfonso tivesse a impressão de que ela havia se aprontado, com esmero, para vê-lo.

—  Sente-se — ele convidou, apontando para a mesa.

—  Obrigada.

—  Posso servi-la?

—  Por favor.

Por alguns momentos, ambos saborearam o lanche em silêncio. Por fim, Anahí comentou:

—  Está muito saboroso.

Alfonso assentiu com um sorriso, antes de indagar:

—  E então? Como vão as coisas, por aqui?

Anahí discorreu, em detalhes, sobre o trabalho que estava fazendo no escritório.

Alfonso ouviu-a com atenção e no final comentou:

—  Pelo visto, você conseguiu fazer um milagre.

— Ainda não terminei — ela afirmou, servindo-se de um biscoito. — Mas, modéstia à parte, acho que estou realizando um bom trabalho.

—  Quanto a isso, não tenho a menor dúvida. — Inclinando-se na direção de Anahí, ele pediu: — Agora, fale-me um pouco de você.

— Oh, não há muito a dizer. Estou tentando man­ter a casa bem-arrumada, mas só consigo fazer o necessário, já que a prioridade é o trabalho de or­ganização, no escritório. Além do mais, preciso cui­dar de Theo e Dougal.

—  Claro. Mas, conte-me, como está se sentindo, nesta casa tão grande?

—  Às vezes, um pouco solitária.

—  Foi muito difícil de se acostumar?

—  Nas primeiras noites, sim. A gente sempre es­tranha os lugares novos, não é mesmo?

Alfonso concordou, com um gesto de cabeça, antes de comentar:

— Acho que sou uma exceção, nessa regra. Em geral, não estranho muitos os lugares novos. Mas isso se deve a meu trabalho de escritor, que sempre me leva a viajar para divulgar meus livros, dar palestras e tardes de autógrafos, participar de encon­tros, enfim... Uma série de compromissos.

—  Compreendo. Mas suponho que você goste do que faz, não?

—  Adoro. Eu não saberia viver de outro modo, sabe? Para ser franco, sinto-me privilegiado.

—  Por quê?

— Porque há muitos artistas, por aí, que são obri­gados a desempenhar outras funções, para sobrevi­ver. Poucos podem viver de seu trabalho.

— E verdade. — E Anahí recordou-se da irmã, Helenna, que adorava desenhar e pintar. Mas mui­tas vezes precisava arranjar empregos temporários, que nada tinham a ver com sua arte, para se sus­tentar. Afastando essa lembrança triste, ela pergun­tou a Alfonso: — E então, como foi a turnê?