Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Ele contou sobre os principais acontecimentos da viagem. Mencionou, inclusive, o reencontro de Sheylla e Jonathan.

Anahí sorriu, com melancolia, antes de comentar:

— Quando dois corações que se amam se reen­contram, o mundo fica melhor.

— Penso do mesmo modo — Alfonso afirmou, com uma ponta de tristeza. — Infelizmente, não tive mui­ta sorte no amor.

Anahí fitou-o, com genuíno interesse. Mas pre­feriu não fazer perguntas.

— E você, pelo visto, também acabou se magoando com o pai de Theo...

— Mas não posso reclamar de falta de amor — ela sentenciou, desviando os olhos. — Venho de uma fa­mília um tanto louca, mas que me ama infinitamente.

Alfonso sorriu, ao indagar:

— O que significa... "um tanto louca?" Ela sorriu de volta e respondeu:

—  É só um modo de falar. Minha mãe foi hippie, no final dos anos sessenta. Possui um grande cora­ção, mas não é nada prática. Talvez por isso tenha se dado tão mal com meu pai, que é a sensatez e organização em pessoa...

—  Eles vivem aqui mesmo, na Austrália?

—  Eles se separaram pouco depois de eu comple­tar dois anos.

—  Que pena.

— Talvez... — Anahí suspirou. — Mas já que não se davam muito bem, isso é o melhor que tinham a fazer. Claro que, na época, sofri muito com a falta de papai. Nem me lembrava dele direito, mas é óbvio que isso me marcou profundamente.

—  E você continuou mantendo contato com ele?

—  Só quando me tornei adulta. Mesmo assim, não tivemos uma boa relação. Ele acabou partindo da Austrália e nunca mandou notícias. — Anahí fez uma pausa. — Sabe de uma coisa? Acho que mamãe, com sua maneira um tanto atrapalhada de ser, possui um coração muito maior que o dele.

—  E vocês duas se dão bem?

—  Sim. Mas, infelizmente, não nos vemos com muita freqüência.

—  Ela mora em outra cidade?

— Em outro país. Ou melhor: em vários países, pois vive viajando com Gregory, que aliás tem uma profissão adorável: é arqueólogo. Mamãe, que tem alma de ci­gana, encontrou um par perfeito. Ela costuma secre­tariar Gregory, nas pesquisas arqueológicas.

—  E onde eles se encontram, agora?

— Em Machu Pichu, no Peru. Estiveram aqui há cinco meses, para visitar Helenna. — Mal havia aca­bado de pronunciar essa frase, Anahí deu-se con­ta de que tinha falado demais.

O fato era que havia baixado totalmente as re­servas, perante Alfonso Winston. Estava, de novo, traindo o objetivo que a levara até aquele homem. Mas agora era tarde para reparar o erro.

—  Quem é Helenna? — ele indagou.

—  Minha meio-irmã, filha de mamãe com Gregory.

—  E ela esteve doente?

—  Ela faleceu.

—  Oh. — Alfonso murmurou, penalizado. — Sinto muito.

—  Eu também. Mas agora não me resta outra alternativa, senão seguir adiante... E honrar a me­mória de Helenna.

—  Era sua única irmã?

— Sim. E tínhamos uma grande amizade. Quando ela se foi, levou uma parte de mim.