Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Apoiando-se na borda da mesa Anahí fechou os olhos por um instante. Se aquele homem pudesse ao menos desconfiar do quanto estava próximo da verdade...

—  Sei que existem homens que engravidam ga­rotas e depois se recusam a assumir a paternidade do bebê. Mas este, sinceramente, não foi o caso.

—  Como não? — Anahí o desafiava, com uma expressão de revolta. — Você não engravidou Helenna?

—  Nunca.

—  Como pode ter tanta certeza?

— Por dois motivos... — Alfonso cruzou os braços sobre o peito moreno, que o roupão entreaberto dei­xava à mostra. — O primeiro é que sempre usei preservativos, nas poucas vezes em que tive relações com ela...

— Você sabia que os preservativos podem se rom­per, durante a relação? Isso parece folclore, parece desculpa, mas não é.

Alfonso voltou a fitá-la com perplexidade. Então, num tom suave, propôs:

— Que tal se mudássemos de assunto? Esta con­versa a está deixando muito tensa. Aliás, nem sei porque falei de Helenna...

— Talvez porque ela tenha sido uma pessoa im­portante, para você.

—  Ela me decepcionou muito porque...

—  Ficou grávida? — Anahí completou.

—  Não — Alfonso respondeu, impaciente. — Já lhe disse porque: ela mentiu para mim. Quantas vezes terei de repetir?

—  Como pode estar tão certo disso?

— Pelo segundo motivo que eu ia mencionar, mas você não deixou.

Aproximando-se, Anahí fitou-o no fundo dos olhos, para indagar:

—  Diga-me, Alfonso Winston, qual é o segundo motivo?

—  Sou estéril.

— O quê? — Anahí recuou um passo. Poderia esperar qualquer resposta de Alfonso, menos aquela.

—  Não posso gerar filhos.

—  Não é possível — ela murmurou, como se para si. — Isso não pode ser verdade.

— Eu também gostaria que não fosse. Mas, infe­lizmente, não resta a menor dúvida a esse respeito.

—  Não pode ser — Anahí repetiu, num tom quase inaudível.

Alfonso fitou-a com preocupação.

— Você está muito pálida. Venha tomar um pouco de ar.

Anahí quis protestar, mas não teve forças para tanto.

Gentilmente, Alfonso conduziu-a até a sala. Amparando-a, abriu a porta e levou-a até a varanda.

— Sente-se. — Ele ajudou-a a acomodar-se numa cadeira. — Vou buscar-lhe um copo de água.

—  Não é preciso — ela respondeu, num fio de voz.

—  E, sim.

A movimentação despertou Dougal, que dormia na sala. Muito alegre, o cão foi até a varanda e fez festas para ambos.

—  Dougal, fique aqui com Anahí, enquanto vou pegar um copo de água. — Alfonso apontou um ponto, ao lado da cadeira onde ela estava sentada.

O cão, entendendo claramente o gesto, obedeceu. A passos largos, Alfonso foi até a cozinha e voltou em seguida.