Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Quando por fim as bocas se afastaram, Alfonso ainda manteve Anahí junto a si, por um longo momento. E sua voz soou ofegante, ao dizer:

—  Não me pergunte por que, mas o fato é que necessito de você como de ar para respirar. Nada disso faz sentido, eu sei. Afinal, mal nos conhecemos. Mas os sentimentos são mais poderosos do que qual­quer raciocínio. — Tomando-lhe o rosto entre as mãos, concluiu: — Acho que estamos começando um belo relacionamento, Anahí Glenn. E, dessa vez, juro que seremos felizes. Já sofremos demais, no passado... Eu com minha ex-esposa e você com o pai de Theo. Agora, um novo tempo está surgindo, para nós. — Alfonso fez uma pausa. E sorriu, profunda­mente emocionado. — Santo Deus, como você é linda.

A expressão doce de Anahí transformou-se lentamente em tristeza, depois em horror e, por fim, em revolta.

Afastando-se bruscamente de Alfonso, ela ordenou:

— Nunca mais ouse se aproximar de mim!

Ele piscou os olhos, como se não acreditasse no que estava vendo e ouvindo.

—  O que está dizendo?

—  Mandei-o ficar bem longe de mim! — ela quase gritou. — Você não tem o direito de me tocar.

— Anahí... — ele argumentou, atônito — Eu... não a forcei a nada. Aliás, nem sabia que isso ia acontecer, embora já estivesse consciente do quanto a desejava.

—  Oh, sei muito bem que você não me forçou — ela retrucou, sarcástica. — Fui eu quem se deixou levar por seus encantos, não é mesmo? Você apenas fez o que deveria, nessas circunstâncias...

— Não fale assim — Alfonso pediu, ofendido. — Tenho muitos defeitos, mas a futilidade não se en­contra entre eles. Não sou do tipo machão, que se aproveita de qualquer situação para exercer sua suposta masculinidade. Para que eu me aproxime de uma mulher, deve existir algo mais, além da mera atração física.

—  E mesmo? — Anahí estava fora de si. — Foi assim que as coisas aconteceram com Helenna? Você sentia algo mais por ela, além de desejo? Mas isso deve ter ocorrido antes de Helenna engravidar, não? Porque depois você simplesmente a ignorou. Até a ofendeu, em sua integridade de mulher.

—  Eu apenas disse a ela que não poderia ser o pai da criança — Alfonso justificou-se, exasperado. Perdendo o controle, acrescentou: — Mas que droga! Já expliquei que não posso gerar filhos. Por que você está tão indignada? Creio que sua revolta de­veria dirigir-se ao pai de Theo e não a mim.

—  E exatamente o que está acontecendo, Alfonso Winston.

—  Como?

—  Estou dirigindo minha raiva ao pai de Theo, ou seja: você.

Alfonso fitou-a com espanto. Depois meneou a ca­beça e riu, nervosamente.

—  Oh, não. Eu devo estar sonhando. — Deixan­do-se cair numa cadeira, olhou para Anahí com uma expressão que era a um só tempo confusa e incrédula. — Nós jamais nos vimos antes. Como eu poderia ser pai de seu filho?

—  Theo não é meu filho — Anahí revelou, sentando-se em outra cadeira, a uma distância prudente. E ante o ar de espanto de Alfonso, esclareceu: — Ele é filho de Helenna, com quem você teve um breve caso. E depois que ela ficou grávida, você, inescrupulosamente, recusou-se a apoiá-la.