Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Pela primeira vez, desde que havia iniciado aquela discussão acirrada, Anahí sentiu seu coração abrandar-se. Alfonso parecia sofrer terrivelmente e isso ela não podia ignorar.

—  Alguém mentiu, nessa estória — concluiu, pensativa.

—  Eu sei. E esse alguém foi Helenna.

— Será? — Anahí argumentou, irredutível em sua convicção. — Tenho certeza absoluta de que Theo é seu filho. E não estou dizendo isso apenas porque vocês têm cabelos e olhos da mesma cor. Trata-se de outra coisa...

—  O quê?

— Intuição. E também a certeza de que Helenna não era uma pessoa mentirosa.

—  Eu pensava assim, até o dia em que ela veio me dizer que esperava um filho nosso.

—  Ela jamais faria isso. Helenna era a pessoa mais sincera deste mundo. E ainda que, por algum motivo inexplicável, houvesse mentido para você, não teria coragem de fazer o mesmo comigo.

— Mas fez. — Alfonso levantou-se. — E agora, se não se importa, gostaria de encerrar esta conversa absurda.

—  Posso fazer uma última pergunta?

—  Diga, Anahí — ele aquiesceu, com um suspiro.

— Você concordaria em fazer um exame de DNA?

As feições de Alfonso endureceram-se. E sua voz soou velada, ao dizer:

— Você certamente não pode imaginar o quanto eu ficaria feliz, se pudesse reverter a realidade... Se descobrisse ser pai de Theo, eu o acolheria com todo o amor. Aliás, mesmo ignorando essa estória, senti-me profundamente ligado a Theo. Até lhe dis­se, baixinho, que ele era o filho que eu queria ter, se pudesse.

Estalando os dedos, Anahí ergueu-se de um salto.

— Acabo de pensar numa outra possibilidade! — exclamou, com um olhar cheio de esperança.

—  Qual?

—  A de sua esposa ter mentido.

—  O quê?

— E se ela fosse estéril, em vez de você? E se re­solveu ocultar essa verdade, por uma questão de or­gulho, ou sabe Deus do que mais? Se foi este o caso, então está tudo explicado: a gravidez de Helenna, sua recusa em assumir o filho e o terrível mal-entendido do qual nem você nem ela foram culpados.

Alfonso passou a mão pelo rosto vincado pelo so­frimento. Considerou as palavras de Anahí e por fim meneou a cabeça, com ar de desalento. Mas, quando a fitou, foi com total indignação:

—  Anahí Glenn, você se insinuou em minha vida, ocultando sua identidade. Inventou uma estó­ria absurda sobre sua irmã e, agora, quer que eu duvide da palavra de minha ex-esposa. — Estrei­tando os olhos, ordenou: — Faça-me um favor, sim? Desapareça daqui o mais depressa que puder, le­vando sua amargura e suas mentiras. Deixe o número de sua conta, no banco, sobre a mesa do es­critório, para que eu possa depositar o dinheiro que lhe devo.

—  Alfonso, por favor...

— Vou lhe pagar o preço total que combinamos, já que estou rompendo nosso contrato. Aproveite parte desse dinheiro para pagar um analista, está bem? Faça isso por Theo, para que ele não seja criado por uma mulher que odeia os homens. E que, em nome desse ódio, é capaz de qualquer coisa.

Anahí estava lívida. Mas ainda conseguiu for­ças para dizer:

-— Se você tem tanta certeza do que está dizendo, por que se recusa a fazer o exame de DNA?

Alfonso estreitou os olhos verdes. E sua voz soou trêmula, ao ordenar:

— Entre em contato com meu advogado. Informe-o do dia e horário do exame. Deixarei o telefone dele com a srta. Miranda Gladson. — E, sem mais uma palavra, entrou em casa.

Anahí voltou a sentar-se. O cachorro Dougal aproximou-se e ela o acariciou tristemente.

—  Consegui realizar meu objetivo, amigo. Mas, estranhamente, não me sinto nem um pouco feliz.

Últimos Capítuloss!!!!!!!