Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

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— Ao inferno com sua consciência! — Alfonso er­gueu-se de um salto. Sacudindo Helmut pelos om­bros, desabafou: — Você e Christine cometeram um crime, sabia? Christine, por puro egoísmo e, você, por omissão.

— Ei, tente se acalmar, amigo. Eu só soube dessa mentira cerca de um ano atrás.

— Pois então deveria ter me procurado, para re­velar a verdade. Um homem, ou um verdadeiro mé­dico, teria agido assim. Mas parece que você não é nem uma coisa, nem outra.

— Está bem. — Helmut engoliu em seco. — Xin­gue-me o quanto quiser. Você tem toda a razão em fazê-lo. Sei que me odiará ainda mais, daqui por diante. Mas ao menos já não carrego esse peso na consciência.

Alfonso empurrou-o em direção ao sofá. Helmut deixou-se cair, pesadamente. Sentando-se a seu lado, Alfonso declarou:

—  Eu nunca o odiei por ter se apaixonado por Christine. Sei que ninguém a tiraria de mim, se ela mesma já não houvesse se tirado. Você... é capaz de compreender essa ideia tão simples, Helmut?

—  Naturalmente.

— Ótimo. Quanto ao fato de sua consciência estar mais leve, agora que me contou a verdade... Creio que esta sensação é apenas ilusória.

—  É verdadeira, Alfonso. Estou realmente mais tranqüilo.

— Pois já não se sentirá tão feliz, depois de ouvir o que tenho a dizer... E faço questão que você conte a Christine. — Aproximando o rosto de Helmut, Alfonso narrou sua breve relação com Helenna, num tom de revolta crescente. Por fim, concluiu: — He­lenna morreu, julgando-me um crápula. E a irmã dela, que me procurou para exigir que eu assumisse a paternidade de meu filho, deve estar pensando o mesmo, a essa altura dos acontecimentos.

— Pois saiba... — Helmut murmurou, com uma expressão penalizada — que sinto muito.

—  Sinta mesmo. Pois esta culpa é sua... E também de Christine. — Lançando-lhe um olhar de desprezo, Alfonso afirmou: — Vocês dois bem que se merecem. — E caminhou até a porta.

—  Aonde você vai? — Helmut indagou, desolado.

— Tentar salvar o que resta de minha vida. He­lenna já não pertence a este mundo. Mas ainda res­tam Anahí e Theo. — E Alfonso saiu, sem se preocupar em fechar a porta.