Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

EPÍLOGO

Quem será o chato que resolve perturbar a esta hora? — Anahí resmungou, ao ouvir a campainha pela se­gunda vez.

Decididamente, aquele não era seu dia de sorte. Havia chegado atrasada ao escritório de um cliente, que dera-lhe uma constrangedora reprimenda. Aca­bara fazendo um bom trabalho, mas sentira-se muito cansada.

Também, não era para menos. Tinha passado a noite praticamente insone. E Theo, talvez ressentindo seu estado de espírito, estava manhoso e irritadiço.

Justo agora, que ela enfim tinha conseguido fazê-lo dormir, alguém resolvia esquecer o dedo sobre a campainha...

—  Calma! — Anahí ordenou, a caminho da porta. Abriu-a e então recuou um passo. — Você!

Parado à sua frente, estava o homem que tanto a havia magoado. O homem que ocupava sua mente, quando ela estava desperta, e seus sonhos, quando enfim conseguia dormir.

—  O que você deseja, Alfonso Winston?

—  Casar-me com você. Quero reconhecer Theo como meu filho. Quero ser feliz, Anahí Glenn.

Boquiaberta, ela se perguntou se não estaria sonhando. Não sabia como agir, ou pensar.

— Mas, antes de tudo, preciso explicar-me — Alfonso afirmou. — Será que posso entrar?

Incapaz de dizer não, ou de pronunciar qualquer outra palavra, Anahí deu-lhe passagem. Estava simplesmente perplexa.

Com a voz carregada de tensão, Alfonso começou a dizer a que tinha vindo... E por que.

A princípio, Anahí chegou a duvidar dos pró­prios ouvidos. Mas, aos poucos, as palavras de Alfonso começaram a fazer sentido.

Quando ele concluiu a narrativa, Anahí ape­nas o fitou longamente, enfim compreendendo o mo­tivo de tantos mal-entendidos, tanto sofrimento.

—  Sei que já nada poderei fazer por Helenna. E isso me causa uma dor infinita, que terei de levar comigo pelo resto da vida.

—  Você não teve culpa... — Anahí balbuciou. — De que outro modo poderia agir, se acreditava, piamente, que era estéril?

— Lógico que não me restava outra opção. — Alfonso suspirou. — Mas isso não tira a angústia de saber que Helenna morreu julgando-me um homem inescrupuloso, cruel, sem caráter... Ah, se eu pu­desse reverter o passado!

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Anahí, que nem se importou em enxugá-la.

— Entretanto, a vida continua — Alfonso afirmou. —  Hellenna já não pertence a este mundo. Mas nós estamos aqui. Temos um filho para criar e um casamento a construir. Um caminho baseado em carinho, respeito, confiança, companheirismo... Enfim, creio serem esses os componentes do amor, não?

Um sorriso insinuou-se nos lábios de Anahí, enquanto seu coração pulsava acelerado, movido ao compasso de uma intensa alegria.

— Por favor, diga que concorda com tudo isso. Diga que quer se tornar a sra. Winston, que quer ser minha namorada, amiga e companheira... hoje e sempre.

Como resposta, Anahí atirou-se em seus braços.

Um longo beijo selou aquele momento, que mar­cava o início de uma nova vida.

Agora, já nada poderia impedir a felicidade de Anahí e Alfonso, que continuavam a se beijar, buscando o contato maior, o encontro perfeito.

As carícias foram se intensificando, numa ousadia só permitida aos amantes.

Num dado momento, Anahí e Alfonso olha­ram-se, compreenderam. Tomando-lhe a mão, ela o conduziu até o quarto. E ali entregou-se ao homem que, em tão pouco tempo, incendiara seu coração e apossara-se de sua alma.

Alfonso era experiente no campo do amor. Assim, soube conduzir Anahí, sem pressa, pelos cami­nhos misteriosos do prazer, até que ela estivesse pronta para recebê-lo. Só então a possuiu, com todo o ardor da paixão que o consumia.

Juntos, atingiram o clímax. Depois, exaustos e sa­ciados, experimentaram uma doce sensação de paz. Por fim mergulharam num sono profundo e sem imagens.

Lá fora, a noite caía. E era como se houvesse uma estrela a mais, no céu. Era como se o universo inteiro comemorasse aquele encontro perfeito, de corpos e almas.

FIM