Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy

— Saiba que há uma fileira de mães tentando empurrar as filhas para ele — informou Anahí. — E não é para menos, com o título e a riqueza que possui.

Dulce jamais havia pensado em Christopher daquele modo, mas as palavras das irmãs fizeram com que come­çasse a ver o conde com outros olhos.

— Aposto que as mães de quem falaram, ficariam ver­des de inveja se soubessem que o conde de Uckermann vai passar o fim de semana no campo, onde há uma jovem disponível, apesar dos cabelos ruivos e da estupidez.

— Ouça aqui, mocinha — advertiu Anahí. — Se flertar com Christopher, não poderá jamais admitir diante dele que estava apenas praticando.

— Homens são muito sensíveis a coisas desse tipo — Maite concordou, assentindo com a cabeça.

— Pois tratem de me dizer como estou me saindo. — Havia um sorriso enigmático nos lábios de Dulce.

— Boa idéia — aprovou Anie.

— Bem, meus amores, estou pronta para começar a lição. Digam-me o que fazer.

— Primeiro você deve olhar para Christopher com intensida­de — instruiu Anie, como especialista em encontros românticos. — Assim que ele perceber seu olhar susten­te-o por alguns instantes e em seguida baixe os olhos com naturalidade. Se conseguir corar, melhor ainda.

— Christopher não vai acreditar que sou tímida. — Dulce riu, descontraída.

— Fique bem pertinho quando ele estiver falando — Maite, a segunda especialista, prosseguiu. — Olhe para ele com adoração.

— Como é que vou fazer isso?

— Imagine que ele acaba de conquistar o mundo e colocá-lo a seus pés. — Maite suspirou, gostando da própria idéia.

A irmã caçula mal pôde conter o riso. Era difícil imagi­nar Christopher Alexander ou qualquer outro homem pondo o mundo a seus pés. Isso era coisa para Cleópatra!

— Permita que ele segure sua mão — Anahí conti­nuou a lição. — E mesmo que a beije, se ele desejar.

— Mas nada de beijos longos, ou ele vai achar que você está indo depressa demais. — A recomendação de Maite vinha reforçada por um ar de seriedade.

— E quanto é "demais"? — Dulce estava confusa. Afinal, nunca beijara um homem em toda sua vida.

— Você saberá — as irmãs responderam em uníssono, entreolhando-se e rindo.

— E não permita que ele a toque em qualquer parte mais íntima, ou estará perdida — Maite advertiu.

— Christopher deve ser muito inteligente. O que devo dizer a ele?

— Converse com descontração — foi a sugestão de Anie. — Se ele fizer um comentário malicioso, revide com outro, igualmente malicioso.

— Pergunte-lhe sobre algo ou peça-lhe um conselho.— A idéia partiu de Maite.

— Conselho a respeito de quê? — Dulce indagou, sentindo suas chances de sucesso por um fio. — Sabem de uma coisa? Acho que devo perguntar ao próprio Christopher sobre como flertar.

— E por que não? — Anie gostou da idéia. — Se Christopher ensinar você a flertar, não desconfiará de sua atração por ele.

— Não sinto atração por ele.

— Ah, mais uma coisa. — Mai ignorou a irmã.

— Se mostrar ser uma boa ouvinte, Christopher vai pensar que tem uma conversa interessante. Os homens costumam ter-se em alta conta e gostam quando uma mulher se encanta com a cultura deles.

— Leia alguma coisa do Times para mim — pediu Dulce. —Assim poderei perguntar a ele sobre o assunto.

— Napoleão foi mandado para a ilha de Elba em exílio há algumas semanas. Ouvi Poncho e Christian conversando sobre isso — Anahí lembrou.

— É um bom assunto — concordou Maite.

— É isso, vou comentar sobre o exílio de Napoleão. — Havia um brilho alegre nos grandes olhos castanhos de Dulce.

— Christopher vai pensar que tenho o hábito de ler o jornal.

— Ele acabou de chegar — Mai anunciou. — Está numa reunião de negócios com tio Martin.

— Farei uma caminhada até o riacho. —Dulce apa­nhou o estojo onde guardava sua flauta e caminhou até a porta do quarto. — Preciso de um tempo para pensar no que fazer, para não acabar metendo os pés pelas mãos.

Mal caminhara até o final do corredor, quando uma sensação de insegurança apoderou-se dela, fazendo-a voltar correndo a seus aposentos. As irmãs olharam para ela, surpresas.

— Acham que este vestido branco esta apresentável? — Dulce indagou. — Para o caso de eu encontrar Christopher no caminho?

— Está linda, minha irmã. — Anie sorriu, piscan­do para ela.

Maite fez um sinal afirmativo com a cabeça. Confiante e aliviada, Dulce deixou novamente o quarto.

Enquanto ela aprendia a flertar, Christopher conversa­va com Martin, o duque de Inverary, no amplo escritório da propriedade. Tia Alma, a duquesa de Inverary, es­tava com eles.

Alto, de corpo bem-feito e cabelos loiros, Christopher estava acomodado em uma confortável poltrona, as lon­gas pernas esticadas. Seus olhos acinzentados encara­vam o duque.

— Recebi uma carta da Austrália — Christopher infor­mou, referindo-se ao pai e à irmã, ambos exilados naquele país. — Belinda casou-se com um tal de Derick James, um dos homens mais ricos da Austrália, segundo ela. Minha irmã e o marido planejam vir para a Inglaterra.

— O fato é que sua irmã Belinda e seu pai... — o du­que começou a dizer.

— Charles Uckermann não é meu pai — Christopher o interrompeu. — Ele deixou isso bem claro.

Martin inclinou a cabeça e prosseguiu.

— Belinda e Charles concordaram em viver na Austrália, a fim de escapar à acusação de tentativa de assassinato contra você, Alfonso e Anahi. A ganância e a inveja deles nos atingiram a todos, sobretudo a você.

— Nós os forçamos a partir, para evitar um escândalo — Christopher lembrou a Martin. — O que propõe que façamos? A julgar pela carta, Belinda e o marido já estão a caminho da Inglaterra.

— Charles vem com eles? — Martin quis saber.

—Belinda não disse nada quanto a isso.

— Pois acho que ainda não é hora de agirmos — acon­selhou Martin. — Deixe que venham para a Inglaterra e porei meus agentes atrás deles.

— Acha que estarão aqui para o casamento? — Havia preocupação na voz de Alma.

— Sinceramente, não sei — Christopher admitiu.

— Seu casamento com Dulce poderá vir bem a calhar — comentou Martin. — Como recém-casado você não há de querer irmã e cunhado vivendo sob seu teto. Os dois serão forçados a irem para um hotel ou alugarem uma casa.

— Seus investigadores descobriram algo sobre a iden­tidade de meu verdadeiro pai? — Christopher procurou soar casual.

— Nada. — Martin cruzou os braços. — Sinto muito.

— Os proclamas de casamento foram publicados no Times de hoje — disse,Alma procurando mudar o rumo da conversa.

— Duque Martin, disse ao senhor que gostaria de con­tar à Dulce sobre o casamento. — Christopher endirei­tou-se na cadeira.

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