Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy

— Caso você não esteja por perto para segurar o braço dele, comece a flertar com o marido de Belinda. Chris vol­tará correndo para junto de você.

— Como vou flertar com Derick James?

— Confie em seus instintos, menina — foi a resposta da tia. — Você tem meu sangue correndo em suas veias, portanto saberá como fazê-lo com naturalidade. Imagine que é uma grande atriz, uma verdadeira diva atuando para uma platéia de quatro pessoas. Isso fará com que você interprete seu papel com perfeição e muito talento.

— Eu adoro a senhora, tia Alma.

— Eu também adoro você, Dulce.

Após trocarem um abraço cheio de afeto, tia e sobri­nha desceram as escadas. Dulce riu consigo mesma, ao notar a expressão de deslumbramento e espanto nos olhos de Chris.

— Sei que gosta do meu cabelo solto — ela sussurrou, enquanto ele lhe beijava a mão. — Mas resolvi prendê-los, para que você possa admirar meus seios com mais facilidade — ronronou, ao final.

— O que está planejando?

— Apenas passar uma noite muito agradável em sua companhia, nada mais. — Ela piscou para Chris.

Meia hora mais tarde, ambos chegavam à mansão de Belinda. O mordomo de Derick James abriu a porta para eles e o próprio James veio cumprimentá-los.

— Sejam bem-vindos à nossa casa. — O anfitrião apertou a mão de Chris e beijou a de Dulce com cavalheirismo. — Venham, acompanhem-me até o salão.

Belinda e Karla sentavam-se lado a lado. Chris beijou o rosto da irmã e a mão de Karla.

Dulce quase se deixou abalar, ao ter de admitir que a viúva estava belíssima em seu traje preto com um decote bastante ousado. Lembrou-se, porém, das palavras da tia e não se permitiu afetar. Afinal tinha de se portar como uma verdadeira diva naquela noite.

— Que prazer reencontrá-las — saudou as moças com um sorriso.

— Esse é o seu anel de noivado? — Karla indagou, olhando espantada para o enorme diamante.

— Meu futuro marido prometeu me cobrir de diaman­tes. — Dulce estendeu a mão, para que pudessem ad­mirar melhor a jóia. — Acho que este anel foi um bom começo, não concordam?

— Meu irmão sempre teve muito bom gosto — ata­lhou Belinda, com despeito.

— O que ficou evidente na mulher que escolhi para esposa — Christopher acrescentou.

— Quanto a isso, não resta menor dúvida — Derick concordou respeitosamente. — Que tal jantarmos agora? — convidou, indicando a direção da sala de jantar. Belinda e Karla enlaçaram cada uma delas, um braço de Christopher, como se houvessem ensaiado aquele gesto, e segui­ram para a sala de jantar. Derick ofereceu o braço a Dulce, como um perfeito cavalheiro e excelente anfitrião. Dulce po­dia ver que a viúva se achegara um tanto demais a Chris.

— Algum problema? — perguntou Derick.

— E que problema poderia haver quando estou acom­panhada por um belo cavalheiro como o senhor, Sr. James? — A diva tinha acabado de entrar em ação.

O jantar foi servido. A sala de jantar era ampla e ele­gante. Os talheres de prata eram finíssimos, assim como os cristais e os pratos de porcelana.

Para beber, havia vinho e suco de limão.

— Preferiria um leitinho morno, Dulce querida? — Belinda indagou ironicamente e houve uma troca de sorrisos entre ela e Karla.

Sou uma diva, sou uma diva, Dulce repetia para si mesma, buscando ganhar confiança e serenidade.

— Suco de limão, por favor. — Ela fez um delicado ges­to de agradecimento com a cabeça. — Admito que ainda não aprendi a apreciar bebidas alcoólicas, mas estou cer­ta de que desenvolverei esse gosto quando chegar a uma idade mais avançada como as senhoras Belinda e Karla.

— Não precisa desenvolver esse tipo de apreciação para ser encantadora, lady Dulce — elogiou Derick James.

— Obrigada.

— Adoro ópera. — Karla preferiu mudar o rumo da conversa. — Conde Alexander, permitiria que eu usasse seu camarote uma noite dessas?

— Sempre que quiser — respondeu Christopher, edu­cadamente.

— Ainda vai à ópera todas as quintas-feiras, meu ir­mão? — quis saber Belinda.

— Sim.

— Acreditam que não me conformo toda vez que me lembro da pirralha que pensou que Mozart fosse "Mo Sart" — Karla comentou, afetando riso.

— Eu sou a tal pirralha — Dulce anunciou. Era uma diva naquela noite, o que queria dizer que encararia qualquer papel.

A expressão dos demais, inclusive a de Christopher, era de quem havia sido pego de surpresa. Dulce prometeu a si mesma que daria um beijo em tia Alma pelos sá­bios conselhos que havia lhe dado.

— Eu ousaria dizer que lady Dulce é jovem demais para ter a experiência de mulheres maduras como vocês. — Derick dirigiu-se à esposa e à irmã, indo em defesa de Dulce.

Com um sorriso de cumplicidade, ela inclinou-se para Derick, permitindo a ele uma privilegiada visão de seu colo perfeito.

— Sabiam que Beethoven era uma mulher? — Dulce lançou a pergunta inesperadamente, com um sorriso conspirador nos lábios. — O verdadeiro nome dela era Bea Toven.

— Lady Dulce, a senhorita é como um sopro de ar fresco, após uma noite em uma taverna esfumaçada. — Derick riu.

— Pode me chamar de Dulce — ela sugeriu. — Afinal, somos amigos.

— Que seja, então, Dulce. — Ele apreciou a sugestão.

— Gostaria muitíssimo de conhecer sua famosa biblioteca, conde Alexander. — Karla não desistia com faci­lidade. — Quem sabe até me emprestaria alguns livros?

— Minha cunhada adora uma boa leitura. — Belinda e Karla se entreolharam.

— Permita-me dar-lhe um conselho — Dulce atalhou, antes que Christopher tivesse tempo de responder. — Aqui na Inglaterra não é de bom tom uma bela viúva como a se­nhora ir à casa de um homem solteiro. — Ela fixou o olhar Amendoa em Karla. — Prometo-lhe, porém, que será bem-vinda para conhecer nossa biblioteca, assim que o conde e eu estivermos casados. — Ela inclinou a cabeça. — Até lá, recomendo que visite algumas das esplêndidas livrarias de Londres. Algumas até mesmo emprestam livros.

— Estou certa de que não haverá problema algum, se eu acompanhar Karla — interveio Belinda. — Afinal, Chris e eu somos irmãos.

— Irmãos bastante estremecidos, por sinal — Dulce disparou. Não compreendia por que Chris permanecia cala­do. A expressão do rosto dele, contudo revelava surpresa.

— Os problemas entre eles estão superados. — Karla intrometeu-se num assunto que não lhe dizia respeito.

— Quanto a isso, veremos — concluiu Dulce, com ousadia. — Pode ser tão inocente quanto um bebê, minha cara senhora, mas os ingleses são um povo reservado e há que se evitar a maledicência alheia. Além disso, Chris e eu estaremos ocupadíssimos até o dia do casamento, não é mesmo, querido?

— Nossa agenda de compromissos sociais está lota­da — ele concordou, com um sorriso. — Bravo, Dulce — ele sussurrou-lhe ao ouvido, com discrição.

— O que é tão divertido, Chris? —Belinda mexia-se na cadeira, desconfortável. Começava a perder a paciência.

— Perdoe-me se fui rude. — Ele beijou a mão de Dulce. — Foi apenas uma brincadeira íntima, entre mim e minha noiva.

— Por que não passamos ao salão social? — Derick tentou amenizar a tensão que pairava no ar.

— Sua danadinha — Chris disse baixinho para Dulce, enquanto passavam ao outro recinto. — Está começando a falar como sua tia.

— Uma noite cheia de elogios — ela agradeceu, com uma piscadela.

Chegando ao salão, Dulce se acomodou bem perto de Christopher e fingiu-se interessada na conversa entre ele e o cunhado.

— Como foi que Charles Uckermann morreu? — Chris perguntou, a certa altura.

— Foi o coração — respondeu Belinda. — Não houve nada que pudéssemos fazer.

— Ele disse algo importante antes de morrer? __ Christopher quis saber.

Dulce detectou uma ponta de esperança na per­gunta. Charles Uckermann conhecia a origem secreta de Christopher.

— Nosso pai lamentou, por diversas vezes, as pala­vras amargas que você e ele trocaram — Belinda tornou a dizer como já fizera em casa dos Ochoa. — Fora isso... — Ela encolheu os ombros. — Não houve tempo para despedidas ou coisas do gênero.

A noite se encerrou pouco depois. Derick, Belinda e Karla acompanharam Chris e Dulce até o hall de entrada.

— Queremos que venham jantar em nossa casa. — Christopher Alexander agiu conforme a etiqueta. — Assim que Dulce estiver bem acomodada no novo lar enviará um convite a vocês.

— Mal podemos esperar. — Belinda forçou um sorriso.

Uma vez dentro da carruagem, Christopher viu-se livre para conversar com Dulce.

— Estou orgulhoso da maneira como lidou com aquela avalanche de comentários maldosos. Nunca imaginei que pudesse se sair tão bem.

— Obrigada.

Ela sorriu e beijou Chris no rosto. Dentro da mansão de Derick James, no entanto, a con­versa tinha outro tom.

— Vi a maneira como tentou maltratar Dulce Saviñon — Derick dirigiu-se à irmã. — E pare de se ofe­recer para um homem comprometido como Christopher do contrário mandarei você de volta à Austrália! Sei que você é jovem e bonita e tem todo o direito de refazer sua vida, mas trate de procurar alguém que esteja livre!

— Está bem. — Karla fingiu acatar as ordens do irmão.

— Tenho de verificar alguns documentos em meu es­critório. — Derick beijou o rosto de Belinda. — Voltarei num instante.

— Seu irmão está enfeitiçado por aquela garota — Karla resmungou, assim que Derick se afastou.

— Não se preocupe. — Belinda tentou tranqüilizar a cunhada. — Você vai ser a condessa de Chris. Contudo, é me­lhor que fiquemos fora de ação até depois do casamento.

— Não acha que depois será tarde demais? — pergun­tou Karla, com ironia.

— Casamentos podem ser feitos e desfeitos — Belinda lembrou. — Tenho um plano que vai mandar aquela ruivinha correndo de volta para os braços de titia, e ninguém jamais suspeitará do nosso envolvimento nessa história.

— Você é tão deliciosamente má cunhadinha. — Karla enlaçou o braço de Belinda e ambas caminharam em di­reção à escada. — Venha, conte-me tudo sobre o tal plano.

Comentem, por hj é só, leitoras lindas devidamente recompensadas hahahaha. Amanhã tem mais ok!

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