Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy

— Pode ficar aqui o tempo que quiser meu amor. —-Maite secou-lhe as lágrimas, cheia de solidariedade.

—Não, Maite — Christian interveio. — Dulce pre­cisa voltar para casa ou vai matar Chris de preocupação.

— É isso mesmo que eu quero. — Ela levantou-se. — Ficarei aqui até duas ou três da madrugada, para que ele fique imaginando que dei uma... esticadinha.

— Então por que não foi a um dos bailes da cidade? — Christian provocou.

— Jamais iria a um baile sem meu marido. — As pa­lavras de Dulce fizeram o cunhado sorrir. — Por favor, deixe-me ficar só até meia-noite.

— Mas só até meia-noite... Depois disso, direto para casa. — Christian piscou para ela. — Vou pegar um conha­que para você. Vai ajudá-la a relaxar.

— Acho que não é uma boa idéia. Bebidas alcoólicas não devem fazer bem ao bebê. Mas eu aceito uma xícara de chá ou de leite morno.

— Bebê?— Maite olhou para a irmã, boquiaberta.

— Estou grávida! —Dulce retomou a choradeira.

— Mas isso é maravilhoso, querida. Não está feliz?

— Não poderia estar mais feliz. — Ela chorou até soluçar.

— Chris não me disse nada. — Christian estava perplexo.

— Ele ainda não sabe. Eu não contei. Achei que estava doente, foi titia quem percebeu o que estava acontecendo.

— Vou buscar um pouco de leite morno para você — Christian paparicou.

Dulce ajeitou-se no sofá, fechou os olhos e adorme­ceu antes mesmo que o cunhado voltasse com o leite.

— Acorde, Dulce — Christian chamou, tocando de leve em seu ombro.

Ela abriu os olhos, bocejou e alongou os braços.

— Onde está Maite?

— Sua irmã subiu faz algum tempo.

— Desculpe-me por tê-lo mantido acordado, Christian.

— Conte a Chris sobre o bebê, ele tem o direito de saber — o cunhado aconselhou. — Faça as pazes com seu mari­do e ouça o que ele tem a dizer.

— Obrigada, querido. Você é um amigo e tanto.

— Jamais deixaria de ajudar minha cunhada ruiva preferida — ele brincou.

— Sou sua única cunhada ruiva.

— Eu sei.

Vinte minutos mais tarde, Dulce subia o terceiro lance de escadas da mansão onde morava e dirigia-se ao quarto. Onde estaria Chris? O que estaria ele pensando e sentindo?

Naquele mesmo momento, o conde perambulava de um lado a outro, no quarto. Sentimentos de preocupa­ção e raiva alternavam-se dentro dele. Voltara para casa, vasculhara os convites para aquela noite e fora a todos os bailes. No entanto, não encontrara Dulce. Onde, raios, ela tinha se metido? Estava decidido a beijá-la assim que voltasse para casa para depois dar-lhe umas boas palma­das no traseiro, por tê-lo quase matado de preocupação, isso sem contar a cena que fizera na ópera.

Ele parou de repente, enxergando, pelo canto do olho, Dulce parada na soleira da porta.

— Por onde andou? — perguntou, sem preâmbulos. — Com quem você estava e o que andou fazendo até esta hora?

—- Fui ao baile dos Templeton e dancei com todos os cavalheiros que me convidaram.

— Mentira! Também sei que não foi a nenhum outro baile na cidade.

— Eu...

— Por onde andou?!

— Fui à casa de Maite e acabei dormindo no sofá. Se não acreditar, pergunte a Christian. Ele me acordou e me mandou para cá.

— Onde estão as meninas?

— Elas vão passar mais uns dias com meus tios. Eles vão trazê-las a Londres daqui a alguns dias.

— E por que fez aquela cena ridícula na ópera?

— Não fale assim comigo! O que há, de verdade, entre você e a viúva Cossio?

— Ela não tem a menor importância para mim.

— Karla está interessada, e da maneira cortês como você age, acaba dando corda a ela.

— Fui à ópera sozinho. Ela chegou de repente. Acha que eu deveria ter ido embora?

— Retire a oferta que fez, quando disse que o camaro­te estava à disposição dela. Se preferir, diga àquela bru­xa que pode usar o camarote todas as noites, exceto às quintas-feiras. É fácil.

— E que justificativa darei para isso? Ela é cunhada de minha irmã. É praticamente da família.

— Faça o que quiser. — Dulce foi para o quarto de vestir.

— Você vem para a cama?

— Vou dormir no outro quarto — ela respondeu, sem olhar para Chris.

— Está proibida de sair à noite sem mim.

— Por quê?

— Porque não faz sentido eu ficar me preocupando em saber por onde você anda.

— Você não é meu dono.

— Sou sim. A lei me garante isso.

— Pouco me importa a lei.

— Vai me obedecer ou se arrependerá.

Com isso, Christopher deu meia-volta e se afastou.

Dulce acordou tarde na manhã seguinte e comeu o pedaço de pão seco que havia deixado sobre a mesa-de-cabeceira.

Minutos mais tarde, com o enjôo controlado, ela ves­tiu-se e desceu para tomar o desjejum.

— Bom dia, Pascoal.

— Boa tarde, senhora — o mordomo corrigiu.

— Há algo para comer ou meu marido acabou com tudo?

— Sempre há comida para a senhora.

Dulce olhou para o que Pascoal servia e sentiu o estômago embrulhar. Contentou-se com pão e chá preto.

— Não gostaria de ovos com presunto, senhora? — O mordomo se empenhava em agradá-la.

Levando a mão à boca, Dulce tentou controlar a náu­sea que a sugestão de Pascoal havia provocado. Fechou os olhos. O suor lhe porejava na testa.

— Sente-se mal, condessa?

— Estou ótima — ela garantiu, com um sorriso força­do. — Deixei meus óculos lá em cima. Poderia ler a colu­na social para mim, Pascoal? Veja se há alguma notícia sobre meu marido ou sobre mim.

O mordomo não precisou pegar o jornal.

— "O intervalo da ópera de ontem divertiu a platéia mais do que a própria performance dos atores no palco" — Pascoal repetiu as palavras textuais. — "Uma certa condessa chegou tarde à apresentação e acabou encon­trando o marido ao lado de uma bela viúva."

— O conde leu o jornal esta manhã?

— Acredito que sim, senhora.

— Ele está em casa?

— Está trabalhando no escritório.

— Obrigada — Dulce agradeceu, pensando consigo mesma que o melhor seria fazer as pazes com ele, como Christian tinha aconselhado.

— Boa tarde — ela saudou, ao entrar no escritório. Acomodou-se numa poltrona diante dele. Chris a ob­servava.

— Regressei a Londres para dizer-lhe que entendo que tenha mentido sobre Aidan — ela explicou.

— Quanta generosidade!

— Vamos a algum lugar esta noite? — ela perguntou, acomodando-se melhor na poltrona.

— Eu vou ao White`s. Você ficará em casa, que é o seu lugar.

— Lerei um romance de Jane Austen para passar o tem­po. — Ela levantou-se. — Jantaremos juntos?

— Acho que não.

— Compreendo. — Ao dizer isso, Dulce saiu do es­critório como um raio.

— Dulce, querida — Chris murmurou baixinho para si mesmo. — Vai passar várias noites sozinha até que aprenda quem dá ordens aqui e quem obedece.

Naquela mesma noite, Dulce refletia sentada no quarto que estava ocupando sozinha. Começava a ter idéias. Sentia-se cansada e não estava, de fato, disposta a ir a um baile. Mas o que podia fazer? Seu marido estava praticamente forçando-a a ir. Ele merecia uma boa lição.

Ouviu quando a porta se abriu, mas ignorou a pre­sença do conde, até ver os pés dele plantados a seu lado. Olhou para cima e viu que ele usava um traje formal de noite. Ir ao White`s não exigia tal traje, ou será que ele iria a outro lugar?

— O que você estava resmungando aí sozinha?

— Palavras mágicas!

— Espero que não contra mim.

— Eu jamais faria isso — ela retrucou, sorrindo para ele com sarcasmo.

Comentem para ver oq a Dul vai aprontar shashsahsahshsuahsa