Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy
Por vezes, sentia-se tentada a pedir a Tinker que lesse para ela a coluna social do Times. Quem sabe alguma notícia lhe traria algum alento? O bom senso, no entanto, lhe recomendava que evitasse fazê-lo, sob pena de encontrar ali mais razões para sofrer.
No décimo quarto dia após ter sido banida da casa e da vida do marido, ela decidiu que iria procurá-lo. Quem sabe agora, depois de transcorridas duas semanas, ele estaria mais calmo e disposto a ouvir o que ela tinha a dizer.
Colocou uma capa preta de lã e cobriu a cabeça com um capuz. Seria melhor que não deixasse os cabelos ruivos à mostra, pois alguém poderia reconhecê-la e tratá-la com desprezo. Saiu da casa do tio e pôs-se a caminhar. Tinha um longo caminho pela frente.
O ar frio anunciava o término do outono e o início do inverno. O vento soprava as folhas mortas ao longo do caminho que Dulce percorria, e os galhos nus das árvores assemelhavam-se a esquálidos espectros a erguer os braços débeis para o céu tenebroso.
O cenário melancólico daquele dia de novembro roubou o pouco otimismo que restava à jovem condessa, que um dia tinha sido a imagem viva e contagiante da alegria.
Quando finalmente chegou à mansão de Grosvenor Square, olhou demoradamente para aquele lugar onde tinha sido feliz e onde tinha vivido inesquecíveis momentos de amor e risos. Tentando acalmar-se, desceu devagar o caminho que margeava o jardim dos fundos da casa.
O som distante e irresistível das vozinhas de Darcy, Fiona e Aidan atraiu Dulce como um imã. Sem parar para refletir, ela entrou no jardim pelo portão dos fundos e ali permaneceu em silêncio, observando as meninas brincarem.
— Mamãe Dulce! — Darcy avistou a madrasta e correu para abraçá-la. As irmãs a seguiram e agarraram-se à ela que um dia tinha sido companheira de brincadeiras e folguedos e que tanto carinho lhes havia dado.
Dulce ajoelhou-se e abraçou as meninas, apertando-as junto ao peito.
—Tive saudades da senhora, mamãe Dulce — Darcy murmurou.
— Eu também, querida. Senti muito a falta de vocês, meus três amores.
— Para onde a senhora foi? — perguntou Fiona.
— Estou passando uns dias com tia Alma. Ela está doente.
— Ela vai morrer? — quis saber Aidan.
— Não, não. Titia vai ficar boa logo.
— Eu gosto da tia Alma. — Darcy beijou o rosto de Dulce. — Mas gosto mais da senhora.
— E eu amo muito vocês, minhas queridas. — Ela tornou a abraçar as garotinhas.
Enquanto perguntava a si mesma se devia ou não entrar na casa, Dulce ergueu o olhar e deparou com o vulto de Karla Cossio, que a observava da janela do escritório de Christopher.
A porta que dava para o jardim abriu-se, então, de repente, e ela compreendeu o erro que havia cometido em ir até lá. Avistou o marido, que caminhava apressado em direção às filhas, parecendo deveras contrariado.
— Chris, eu... — Dulce tentou falar.
— Venham com o papai, meninas — ele chamou, ignorando-a. — As babás vão levar vocês para tomar um chocolate quente.
— Chris, você mesmo disse que marido e esposa pertencem um ao outro, não importa o que aconteça. — Ela o seguiu pelo jardim. — Preciso falar com você.
— Isso é invasão de propriedade! — ele dardejou. — Instruirei as babás para que não permitam que se aproxime de minhas filhas, caso seja insensata a ponto de voltar aqui.
—Por favor, ouça o que tenho a lhe dizer. É muito importante. Você precisa me dar uma chance! — Dulce implorou, enquanto as lágrimas lhe escorriam pelas faces.
— Se quiser, fale com meu advogado. É o mais próximo que pode se aproximar de mim agora. E não ouse voltar à minha casa, se tem um mínimo de decência e amor próprio.
Com essas palavras, o conde entrou na mansão e bateu a porta com um estrondo.
Estarrecida, Dulce permaneceu ali, olhando para a porta, estática. Depois de alguns minutos afastou-se, de ombros curvados e cabeça baixa, e retomou o caminho que levava à casa dos tios.
Cinco semanas de intenso sofrimento se sucederam. Grávida de cinco meses, Dulce começava a sentir os movimentos do bebê, sobretudo à noite, quando se deitava. A cada movimento da criança, a solidão afastava-se momentaneamente para retornar logo depois. Como tinha sonhado partilhar aqueles momentos com Christopher!
Na manhã de Natal, enquanto observava pela janela do quarto os primeiros flocos de neve que caíam no jardim, ela tentou imaginar a alegria que aquela visão encantadora traria ao semblante de suas enteadas.
Embora não tivesse por hábito ir à igreja aos domingos, estava determinada a fazê-lo no dia de Natal. Tinha certeza de que Christopher iria à capela de Audley e que levaria as filhas consigo. Prometeu a si mesma que se contentaria em ver as meninas de longe. Chegaria após o início da cerimônia e se sentaria no último banco, para poder contemplar sua família sem que ninguém a pudesse impedir de fazê-lo.
Uma hora mais tarde, ela entrava em silêncio na capela e se acomodava num espaço vago no último banco. Christopher ocupava o primeiro banco da frente, ao lado das filhas. Com eles, estavam Derick James, Belinda e Karla.
Dulce notou que as meninas estavam sentadas entre o pai e Karla, como se formassem uma família de verdade. Deduziu que havia sido rapidamente substituída pela viúva.
Com a aproximação do final da cerimônia, desejando não ser vista, ela se levantou do banco e afastou-se para um recanto mais escuro da capela. Sentia o corpo inteiro tremer enquanto observava Chris e as meninas saindo para a rua.
Permaneceu na capela ainda por alguns minutos, para dar tempo a Chris e à família de tomarem a carruagem, para então sair. Colocou o capuz na cabeça, escondendo os cabelos brilhantes, para não chamar a atenção.
Tarde demais.
— Mamãe Dulce! — Darcy pulou da carruagem e correu na direção dela.
Christopher foi atrás da filha e colocou-a de volta na carruagem. Em seguida, voltou até onde Dulce estava.
— Por que está aqui? — indagou.
— Queria ver você e as crianças — ela respondeu, com sinceridade. — Fiz o possível para que elas não me vissem.
— E por que queria me ver?
— Porque eu te amo — ela murmurou, sabendo que não havia como ocultar o que estava evidente em seu olhar.
O conde pareceu fraquejar, e a expressão de seu rosto se suavizou.
—Chris, você está vindo? — Karla chamou, da carruagem.
— Karla é minha substituta? — Dulce fez um gesto com a cabeça na direção da carruagem.
Christopher deu de ombros.
— Talvez.
— As meninas estão com frio! — a viúva gritou pela janela.
— Fique longe da minha família. — Os lábios de Christopher disseram aquelas palavras, mas não seus olhos.
— Feliz Natal, Chris.
As lágrimas turvaram a visão de Dulce. Ela virou-se e começou a caminhar em direção à casa dos tios.
— Dulce! —Chris chamou-a. — Onde está a carruagem de seu tio?
— Eu vim a pé.
— Sua tia permitiu que viesse caminhando nesse frio, ainda mais no seu estado?
— Meus tios foram passar as festas no campo.
— E suas irmãs?
— Também foram.
— E você está passando o Natal sozinha? Por que não foi com eles?
— Já disse, eu queria ver você. — Sorriu tristemente. — Adeus, Chris.
E então ela se afastou, voltando para casa.
As semanas se passavam, e Dulce pedia aos céus que os contatos de seu tio lhe conseguissem uma audiência informal, antes que Christopher entrasse na justiça com um pedido de divórcio.
Se ganhasse a causa, seu marido pediria a custódia da criança, após o nascimento. Ela não deixaria que isso acontecesse. Fugiria com o bebê, se preciso fosse.
Quase dois meses depois, Dulce entrava no sétimo mês de gravidez. Por insistência de Maite e Christian, concordou em sair um pouco de casa, e foram à ópera.
— Não se preocupe — disse Maite, durante o trajeto até o teatro.
—Procure relaxar e divertir-se — Christian tentou alegrá-la. As lembranças que Dulce guardava da ópera não eram das melhores. Nada, porém, a havia preparado para o que aconteceria naquela noite.
Comentem, chorando litros aq :`(
Autor(a): megvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 51
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stellabarcelos Postado em 10/04/2016 - 14:13:22
Essa história é muito linda e emocionante! Amei
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mari_vondy Postado em 30/12/2014 - 02:44:11
amai perfeita recomento
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alherreira Postado em 12/05/2013 - 19:40:01
posta mais
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tacyrose Postado em 12/05/2013 - 18:46:33
Caramba estou com Odio do Cristopher , Sua web estámuito boa mal posso esperar pelo proximos post.
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chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:06:29
Christopher é um idiota da maais alta espécie... porra, ficar com a karla? burro, burro, burro... poooosta maaaaaais! quero ver ele rastejar atras da Dul *-*
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chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:04:42
ansiosa para descobrir o que vai acontecer *-* poooosta
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chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:04:12
desculpas por não ter comentado ontem, na casa da minha mãe não tem net, pois não moro com ela, moro com minha avó dai acabou que nem comentei... poooosta maaaaaaaaaaaaaais
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chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:02:45
chorando horores #mimimi pooooosta maaaaaaaais
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alherreira Postado em 12/05/2013 - 14:18:27
posta mais to chorando horrores aqui quero saber como vai acabar a web
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anacatarina Postado em 12/05/2013 - 07:24:23
postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa