Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy

Mal tinha pisado no saguão do teatro, sentiu os olhares de desaprovação da sociedade ali presente sobre ela. Arrependeu-se imediatamente de ter ido àquele lugar. Ergueu a cabeça e os ombros e atravessou o saguão. Era provável que todos ali soubessem que Christopher preten­dia divorciar-se dela por causa de um suposto crime de adultério. Cercada pela irmã e pelo cunhado, ela chegou ao pé da escadaria que levava aos camarotes particula­res. Então, ouviu uma voz feminina que lhe era familiar. Era Miriam Ochoa.

— Essa adúltera é mais ousada do que supúnhamos! — a mulher falou, em alto e bom som.

— Pobre conde Uckermann! — exclamou outra voz. — Ouvi dizer que o bebê é de outro homem.

Dulce se retesou ao ouvir aqueles insultos dirigidos a seu bebê. Não se importava em ser alvo do veneno da­quela gente, mas que não mencionassem seu filho.

— Continue andando — Christian sussurrou protegendo-a com o corpo.

Ao entrarem no camarote de príncipe Christian, os olha­res dos presentes se voltaram para Dulce.

— Oh, não! — Maite exclamou.

— Não é possível — acrescentou Christian.

No camarote à direita estavam Christopher, Karla, Belinda e Derick.

— Karla está usando o anel que dei a Chris como pre­sente de casamento — Dulce sussurrou para a irmã.

— Canalha. — Maite sentia-se indignada.

— Sinto muito querida. — Christian apertou a mão da cunhada. — Mas sair agora seria ainda pior.

Dulce não podia deixar de olhar para o camarote ao lado. Todas as vezes que o fazia, porém, seus olhos encon­travam os de Christopher fixos nela.

Decidiu que esperaria somente até o intervalo da ópe­ra. Ninguém notaria se ela saísse no segundo ato.

Por que a sociedade aceitava as transgressões mo­rais de Chris, enquanto ela era crucificada por causa de meros boatos?

O intervalo chegou, era a hora de ver e de ser visto, para a maioria das pessoas. Olhando para trás, Dulce viu lorde Russel, que conversava de negócios com Christian. Ao lado dele estava Marian Stanley.

— Boa noite, princesa — a mulher cumprimentou Maite. — Como está sua família?

— As crianças estão ótimas. Lembra-se de minha irmã, Dulce? — perguntou Maite, procurando dar alguma naturalidade à situação.

Marian olhou para Dulce como se ela fosse um inseto repulsivo.

— Bem, preciso cumprimentar alguns amigos. — Olhou na direção de Christopher, antes de sair do camarote.

Dulce estava pálida, tal o desconforto que a atitude daquela mulher lhe causava. Alguém que ocupava um dos camarotes próximos aplaudiu a atitude de Marian Stanley.

— Bravo, marquesa!

Belinda e Karla divertiam-se, rindo, assim como fa­ziam muitos dos presentes. Dulce olhou fixamente para Christopher, como que o acusando por ser a causa da humilhação pública que sofria. Ele parecia tristonho, mas ela não sentia pena dele. Seu marido tinha permiti­do e até encorajado a divulgação de boatos vergonhosos sobre a mãe de seu filho que estava para nascer. Com isso, lançara uma sombra nefasta sobre a paternidade de seu próprio filho. Jamais o perdoaria por ter feito aquilo.

— Agradeço os esforços que fizeram para me alegrar, mas não tenho como continuar aqui — disse à irmã e ao cunhado.

— Levarei você até a carruagem — Christian prontifi­cou-se.

— Prefiro ir sozinha. — Ela agradeceu ao cunhado, ergueu a cabeça e saiu do camarote.

— Dulce! — A voz de Christopher chegou aos seus ouvidos. — Eu sinto muito.

— Será? — Ela duvidou.

— Devia ter pensado muito bem antes de vir a um evento social. — As palavras dele arruinaram o pedido de desculpas que acabara de fazer.

— Agradeço por tentar tornar as coisas claras para mim — ela ironizou, magoada.

— Vou acompanhá-la até a carruagem.

— Posso encontrar o caminho sozinha. Quanto a você, é melhor voltar depressa para Karla. Ela pode se abor­recer por você tê-la deixado sozinha.

—Você está esperando o meu filho, Dulce. — Ele olhou para o ventre dela. — Insisto em acompanhá-la.

Dulce quase retrucou se ele tinha tanta certeza as­sim de que o filho era mesmo dele, mas não tinha mais forças para prosseguir com aquela discussão e deixou que ele fizesse o que queria.

Desceram para o saguão em absoluto silêncio, sob a mira de vários olhares curiosos.

— Recebi a convocação para uma audiência informal para o primeiro dia de abril — Christopher informou, ao chegarem à calçada.

— Já sabia disso. — Dulce não resistiu e continuou: — Como estão as meninas?

— Estão bem. Sentem falta de você, é claro. Apesar de nossos problemas, serei sempre grato a você por ter trazido minhas filhas para casa.

— Karla gosta delas?

— Não tem qualquer sentimento em especial pelas meninas. Para ser franco, as meninas não gostam nem dela, nem de Belinda. As duas nunca brincam com elas, ao contrário do que você fazia.

Quando a carruagem chegou, ele ajudou Dulce a en­trar. Em seguida, deu instruções ao cocheiro.

— Dulce...

O que quer que Christopher pretendesse dizer tinha fi­cado no ar. Ela controlou-se para não olhar para trás e ver, mais uma vez, o homem que amava.

Esse é o fim do capitulo 9, o proximo é o ultimo então comentem ok!!!

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