Fanfics Brasil - CAPITULO 10 parte 3 Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2

Fanfic: Minha Adoravel Condessa s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy


Capítulo: CAPITULO 10 parte 3

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Tacy: obrigada florzinha, aq mais um poste :)


 


 


 


 


 


 


— Os irmãos Philbin eram meus professores. — Olhou para Christopher, que a encarava com ar de descrença.


— Quando, como e por que os contratou para ensiná-la?


— Em junho passado, antes do meu casamento com o conde Uckermann, visitei os Philbin e pedi que me ensinassem. Impus a eles uma condição, antes que começassem a tra­balhar para mim.


— Que condição era essa?


— Que não comentassem sobre as aulas com quem quer que fosse. As aulas eram às quintas-feiras à tarde, com os dois irmãos Philbin presentes.


— E por que era importante que ninguém tivesse co­nhecimento das aulas?


— Minha... incapacidade sempre foi um embaraço para mim.


— A que incapacidade se refere?


Alguns instantes de silêncio sepulcral se seguiram.


— Por favor, responda condessa Uckermann. A que inca­pacidade se refere? — Howell repetiu a pergunta.


— Não consigo ler, escrever, nem calcular. Sou uma incapaz. — Dulce começou a chorar.


— Tente acalmar-se, senhora. — Trouxeram um copo de água para ela. — Diga o que quer dizer com "inca­paz"? — Howell reiniciou o interrogatório.


— Não consigo ler, quero dizer, letras e números se confundem em minha mente. E não consigo distinguir direita de esquerda. Perco-me facilmente quando cami­nho sozinha pela rua. Minha tia e minhas irmãs tenta­ram me ensinar, mas nunca consegui aprender. Tinha desistido de tentar, até que... — Dulce hesitou — até que soube que ia me casar com o conde. Não queria que ele soubesse do meu problema e desistisse do acordo. Eu queria muito me casar com ele.


— Há quanto tempo sofre com esse problema para aprender?


— Tive essa dificuldade a vida inteira.


Dulce olhou para Christopher, que naquele momento sorria para ela. Agora ele se lembrava: o jogo de croquet, de cartas, a leitura do Times, o eterno esquecimento dos óculos.


— Como costumava ir à casa dos Philbin, condessa Uckermann?


— A pé.


— Por que não usava a carruagem?


— Porque o cocheiro contaria a Christopher sobre as aulas e ele descobriria sobre a minha incapacidade.


— Saía de casa pela porta dos fundos para ir às aulas?


— Não, pela porta da frente. Descia as escadas e então virava para a... direita ou esquerda, não sei dizer.


— Quer dizer que não saía escondida?


— Não, as pessoas na rua podiam me ver, assim como os empregados da mansão.


— Está dizendo que se alguém quisesse descobrir aonde ia às quintas-feiras, bastaria segui-la?


— Exatamente.


— Os Philbin tiveram sucesso em ensiná-la a ler?


— Eles me ensinaram algumas estratégias de leitura e elogiaram meu entusiasmo em aprender.


— As tais estratégias de leitura foram eficazes para seu aprendizado?


— Eu praticava duas horas todos os dias, mas tudo que conseguia era ficar com dor de cabeça. — O tom de voz de Dulce refletia desapontamento consigo mesma.


— Disse não saber distinguir entre direita e esquerda?


— É verdade. Minhas irmãs marcam o solado do pé esquerdo de meus sapatos com um "E" para que eu não confunda os pés.


Houve risos na galeria.


— Poderia nos mostrar o solado de seu sapato? — Howell pediu.


— Não consigo mais alcançar meu pé. — Dulce olhou para o ventre.


Dessa vez os risos se repetiram, mas havia um novo tom neles. Não eram mais risos de zombaria, mas de sim­patia para com a jovem condessa. Podia-se dizer que os espectadores já começavam a gostar dela.


— Vamos acreditar na palavra da condessa — decidiu o juiz.


— Obrigado, Meritíssimo — Howell prosseguiu. — Como pagava pelas aulas, condessa Uckermann?


— Entregava a eles todo o dinheiro que meu marido me dava para as despesas mensais.


— Não teria preferido gastar esse dinheiro em perfu­mes, enfeites, fitas, rendas, ou coisas do gênero?


— Eu precisava aprender a ler mais do que precisava dessas coisas.


— Por quê?


— Porque queria ser capaz de ler histórias para meus filhos antes de colocá-los na cama. Não queria que eles é que tivessem que ler para mim. — Dulce recomeçou a chorar. —Além disso...


— Além disso?


— Eu estava farta de mentir. Queria poder ser eu mesma... ser aceita com limitações.


— Mentir? — Howell repetiu. — O que exatamente, quer dizer com "mentir"?


— Eu costumava dizer às pessoas que tinha esquecido os óculos ou que não sabia onde estavam. — Dulce sus­pirou e baixou o olhar por um momento. — A verdade é que nunca precisei de óculos. Não há nada de errado com meus olhos, e sim, com meu cérebro.


— Condessa Uckermann, pode nos dizer o que houve, de fato, no dia daquele infeliz acontecimento meses atrás?


— Meu marido tinha ido ao White`s com o cunhado dele, o sr. Derick James, marido de Belinda, e pediu-me para recepcionar Belinda e Karla Cossio.


— Tem um bom relacionamento com sua cunhada?


— Ela me despreza. O sentimento é recíproco.


O silêncio na corte era tão profundo que quase pode­ria fazer eco.


— Continue, por favor.


— Belinda e Karla tinham vindo para usar a bibliote­ca, pelo menos foi o que disseram. Minutos após a chegada delas, o Sr. Pascoal, que era mordomo na mansão do conde, me entregou um bilhete que tinha acabado de chegar.


— Meritíssimos este é o bilhete a que a condessa de Uckermann se refere. — Howell passou o papel aos juízes. — Com a permissão dos senhores juízes, gostaria de lê-lo para que todos os presentes tomem conhecimento da mensagem nele contida. — Os juízes devolveram o bilhete a Howell. — Ouçam: "Dulce, encontre-me na casa dos irmãos Philbin às cinco horas da tarde. Chris." — Uma vez que não sabe ler, senhora, não fazia idéia de que esta não era a caligrafia de seu marido, certo?


— Não, não sabia.


— Como, então, tomou conhecimento do conteúdo da mensagem?


— Karla Cossio leu o bilhete para mim. Eu dis­se que meus óculos estavam quebrados e pedi a ela que lesse.


Em meio às lágrimas, Dulce olhou para Christopher, que agora encarava a viúva.


Karla olhou para ele e fez um movimento negativo com a cabeça, antes de levantar-se e dirigir-se aos juízes.


— A condessa Uckermann está mentindo! — a viúva de­fendeu-se.


— Ordem! — ordenou o juiz.


Karla Cossio obedeceu. Sentou-se e olhou para Belinda, como que a pedir o apoio da cunhada.


— Prossiga condessa — Howell recomeçou. — O que fez em seguida?


— Pedi desculpas às visitas, saí da mansão e fui para a casa dos Philbin.


— Diga a esta corte o que se passou na casa dos Philbin, condessa.


— Phineas Philbin não estava lá. O irmão mais novo, Barnaby foi quem me recebeu. Ele foi preparar uma xíca­ra de chá, enquanto eu escrevia uma mensagem de Natal para meu marido.


Agora faltava pouco, Dulce pensou consigo mesma e prosseguiu:


— O chá me deixou sonolenta. Não conseguia manter os olhos abertos. Então Barnaby sugeriu que eu me dei­tasse para descansar um pouco. Eu me deitei numa cama de solteiro, num quarto ao lado da sala onde costumava ter as aulas. Barnaby assegurou que me avisaria, assim que meu marido chegasse. Então, eu adormeci. Quando acordei, estava em minha cama na mansão do conde. Foi ele quem me acordou. Não tenho nenhuma lembrança do que aconteceu nesse meio tempo.


— Meritíssimos. — Howell dirigiu-se aos juízes. — Esta é a mensagem de Natal que minha cliente escreveu para o marido. — O advogado entregou o papel aos juízes, que leram e devolveram o papel ao advogado de Dulce.


— Condessa Uckermann, peço-lhe que leia a mensagem em voz alta — o juiz encarregado do caso pediu.


Usando o dedo indicador para apontar para as letras, Dulce leu com evidente dificuldade:


"No-ven-dro-2. Meu pe-ri-bo ma-ri-bo Ch-ris. Eu a-mo vo-cê mu-i-to. Fe-liz Na-tal. Su-a es-qo-sa Dul-ce Con-be-ssa de U-cker-man."


— É uma bela mensagem, condessa — elogiou o juiz.


Dulce mordeu o lábio inferior, preocupada e enver­gonhada, enquanto o meirinho entregava o bilhete a Christopher, a fim de que ele pudesse ler. Ele leu e releu, demoradamente, o bilhete, e então olhou para ela. Lágrimas desciam pelo rosto de Christopher. Seria possível que ele temesse que o filho tivesse o mesmo problema que ela ti­nha? Senão, por que estaria chorando?


 


 


 


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Autor(a): megvondy

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    — O que acredita que tenha levado aos acontecimentos daquela malfadada tarde? — Howell indagou, finalmente.   — Eu sei o que causou todo esse problema e me cus­tou meses de infelicidade e desespero — Dulce decla­rou. — Os irmãos Philbin enviaram uma carta a meu tio, o duque de Inverary, na qual relatam o que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • stellabarcelos Postado em 10/04/2016 - 14:13:22

    Essa história é muito linda e emocionante! Amei

  • mari_vondy Postado em 30/12/2014 - 02:44:11

    amai perfeita recomento

  • alherreira Postado em 12/05/2013 - 19:40:01

    posta mais

  • tacyrose Postado em 12/05/2013 - 18:46:33

    Caramba estou com Odio do Cristopher , Sua web estámuito boa mal posso esperar pelo proximos post.

  • chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:06:29

    Christopher é um idiota da maais alta espécie... porra, ficar com a karla? burro, burro, burro... poooosta maaaaaais! quero ver ele rastejar atras da Dul *-*

  • chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:04:42

    ansiosa para descobrir o que vai acontecer *-* poooosta

  • chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:04:12

    desculpas por não ter comentado ontem, na casa da minha mãe não tem net, pois não moro com ela, moro com minha avó dai acabou que nem comentei... poooosta maaaaaaaaaaaaaais

  • chrisdul Postado em 12/05/2013 - 16:02:45

    chorando horores #mimimi pooooosta maaaaaaaais

  • alherreira Postado em 12/05/2013 - 14:18:27

    posta mais to chorando horrores aqui quero saber como vai acabar a web

  • anacatarina Postado em 12/05/2013 - 07:24:23

    postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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