Fanfic: 1O Passos Para Encontrar a Pessoa Perfeita ⋆ Vondy, Chaverroni, Ponny | Tema: RBD - Vondy, Chaverroni, Ponny

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QUEBRANDO BARREIRAS

― Anda, Dulce... ― Ucker dizia pela milésima vez. ― O carro está logo ali.
― Eu estou ÓTIMA pra ir no meu carro! ― Ela riu exageradamente, bêbada, fazendo-o revirar os olhos e esconder seu próprio riso. Era uma garota divertida, não podia negar.
― Anahí já veio buscá-lo. ― Ele deu de ombros, abrindo a porta do seu carro e a acomodando ali. Quando sentou no banco do motorista, a olhou de modo falsamente sério. ― Você não está em condições de discutir comigo, como pode perceber.
― Uh... ― Ela deslizou o dedo provocantemente pelo peitoral dele, o que alarmou os sentidos de Ucker, que concentrou-se em começar a dirigir. ― Um garoto dominador.
― Quer ser dominada essa noite? ― Ele deu um sorriso de canto, vendo-a morder o lábio inferior.
― Gosto desse tipo. Me divirto muito virando o jogo à meu favor.
O sorriso dele só se alargou. De qualquer modo, ambos sairiam satisfeitos. Porém, olhando melhor pra ela, sentiu horror de si mesmo. Ela estava bêbada! Por mais que Dulce o tivesse provocado exageradamente com aquela dança que ele nunca vira e que nem imaginara que ela fosse capaz de fazer, não a tomaria para si sem que ela estivesse totalmente ciente e desejosa daquilo, tanto quanto ele. O que era estranho, pois não costumava desejar mulheres. Costumava achar alguma bonita, perceber que ela o desejava e, então, saciá-la. Sempre muito simples. E já desconfiava que Dulce não fosse simples, mas as lembranças da pista de dança fazia valer a pena.
― Estou cansada. ― Ela suspirou, aceitando a ajuda dele quando chegaram. Quando viu a imensa cama do primeiro quarto no corredor, sorriu à ele. Não um sorriso malicioso ou debochado, mas um inocente e calmo. Até mesmo agradecido.
― Não, não, não. ― Christopher riu, a puxando pela cintura enquanto ela tentava engatinhar sobre o colchão. ― Primeiro, uma outra coisinha.
Ela o olhou de modo estranho, sem entender a quê ele se referia. Aparentemente, seu momento de bêbada sedutora já havia dado lugar ao de bêbada inocente. Ele se divertiu com aquilo e não se importou, algo que também era estranho. Jamais cuidaria de uma garota bêbada e, muito menos, a levaria para a sua casa. No máximo - e ainda duvidava muito disso - usaria o telefone da mesma pra chamar algum amigo ou familiar. E ali estava ele, tentando desviar os olhos do corpo daquela ruiva pra colocá-la debaixo do chuveiro.
Apenas com as peças íntimas, Dulce sentiu uma vergonha exagerada do garoto diante de si. Sim, um garoto, pensou ela, pois Uckermann tinha um rosto tão doce quanto o de um, apesar do corpo bem mais desenvolvido. Primeiro, tentou agarrar-se às laterais da porta de madeira do banheiro. Depois, às portas de vidro do box, mas nada adiantou. Porém, se ela achava que já estava ruim o bastante, se surpreendeu com o quanto aquilo podia piorar, sentindo a água extremamente gelada deslizar pelo seu corpo quente. Praticamente gritou, agarrando a camisa de Ucker com ambas as mãos, fazendo com que ele se molhasse também.
Ela fechou os olhos, esperando pelo grito furioso dele. Não sabia bem onde estava ou o que estava fazendo, tudo girava e ela só tinha certeza de que era Christopher Uckermann ali consigo, ainda que não entendesse por que ele é que estava diante dela. Mas não houve grito ou fúria. Houve os lábios dele tocando os dela sutilmente, acariciando-os e provando da textura. Ele estava quente como ela, apesar da água gelada. Já nem se importavam tanto assim.
Os braços fortes de Ucker foram imediatamente para os quadris dela, segurando-a possessivamente, ao mesmo tempo em que se assustou. Demorou a enlaçá-lo pelo pescoço, tornando o beijo mais profundo com o início do roçar das línguas ávidas. Era uma descoberta sem pudores ou limites, pois ambos haviam decidido inconscientemente que não pensariam. Não naquele momento. Só ações e sensações, algo mais... intenso. Então Dulce se afastara brevemente, desabotoando a camisa que ele vestia, a qual, impaciente, Christopher estorou os botões. Os dedos trêmulos de Dulce não estavam muito aptos a fazer aquilo e ele já estava guiando seus dedos até o fecho do sutiã dela, mas retomou os pensamentos de que, no dia seguinte, ela poderia odiá-lo por aproveitar-se da sua incomplenta consciência. Não queria que Dulce o odiasse. Eles não eram amigos nem inimigos, então não faria muita diferença nesse ponto, mas o beijo dela era bom demais pra ser desperdiçado.
A ruiva suspirou quando ele afastou os lábios, olhando-a diretamente nos olhos. Já não parecia mais tão garoto assim, por mais que ela sentisse um conflito interior entre apertar-lhe as bochechas e terminar de despi-lo. Sorriu pra si mesma, sentindo-se idiota, mas não se importou. Ele não parecia se importar também.
― Você fez algo muito ruim, Uckermann... ― Ela sussurrou, unindo sua testa à dele. Um calafrio percorreu o corpo do dono daqueles olhos de chocolate. ― Arruinou o primeiro passo do meu manual.
Christopher riu, sentindo-se aliviado por ser apenas aquilo. Ela riu também, sem olhá-lo, ainda na mesma posição.
― Me fez encontrar um ótimo par aqui, em um lugar nada badalado e totalmente fora de horário.
― Mas você gosta daqui? ― Ele perguntou zombeteiro, lembrando-se do que ela lhe dissera sobre aquilo. "Se for um lugar que você gosta, melhor ainda ainda, pois indicará coisas em comum".
Dulce afastou-se suavemente, batendo-lhe no ombro. Talvez não goste tanto de sexo no chuveiro, Christopher pensou de modo risonho. Ela sentia-se ainda mais cansada e ele percebeu isso, então a secou com uma toalha próxima e vestiu-a com uma das suas camisas. Era a menor que tinha e, ainda assim, havia ficado grande pra ela. E sexy. Talvez não fosse uma boa escolha, afinal.
― Vamos dormir. ― Ela bocejou, engatinhando pela cama em um gesto que deveria parecer-lhe infantil, mas que Christopher via como extremamente sedutor.
― Durma. ― Ele disse, beijando-lhe os lábios uma última vez antes de confortá-la com o cobertor e sair dali.
Aquele era o seu quarto, mas deixou que ela descansasse. Ela ficaria confusa e furiosa o bastante quando acordasse e se visse com uma camisa dele, não precisava de mais motivos, como vê-lo abraçado a si.

SEM COMENTÁRIOS, SEM CAPÍTULOS!

isajuje: E como ele poderia imaginar que a ruiva que almoçara com ele, tão inocente, dançava daquele modo? haha. Será que vão se dar bem mesmo? ;)

Charllie: Muito mais rebolado - e outras coisas mais, haha. Garanhões tem lá seus truques!

mia_mendes: Não morra, Mia! :C Acho que o Ucker acabou fazendo exatamente o contrário do que você falou, não? Afinal, Dulce disse que ele acabou provando que o primeiro passo do manual era falho. Vejamos no que isso vai dar! 

Obrigada por lerem e comentarem, meninas! Beijinhos :*