Fanfic: You Again *Portiñon* | Tema: Rebelde,RBD,Portiñon.GLS

Uc..Ucker?”

Ucker deu um sorriso debochado da cara que Anahi fez. “Que feio Anahi ! Me deixar assim... Não foi muito educado...”.

“O que... Como é que você descobriu onde eu estava?” A loira tentava parecer firme, mas sua voz saiu trêmula.

“Sabe, você não deveria ter dito aonde ia para minha mãe... Essa doença dela a faz dizer coisas que ela não deveria eu imagino... Um dia eu estava lá, cuidando dela... e ela falou...” Ele entrou na casa e chegava mais perto dela a cada segundo.

Os músculos de Anahi estavam tensos. Suas mãos trêmulas, assim como o resto de seu corpo. Ela estava com medo. Sabia o que estava por vir.

“Sabe o que é pior Anahi ? Você ter fugido com a minha irmã. E eu achando que podia confiar na família...” Ele passava as mãos pelos cabelos loiros de Any.

Anahi apenas fechou os olhos, lutando contra as lágrimas. “Ucker... Tira a mão de mim.”

“Não, não... você foi má Anahi .”

Ela tentou escapar das mãos dele, mas Ucker era mais rápido e a segurou fortemente, contra a parede.

“Tá me machucando...”.

“E você machucou meu coração loira... Fiquei desesperado sem você.” Ele a arrastou até o quarto e a deitou na cama. “Vou mostrar para você que você me ama.”

“Eu não te amo! Me solta!” Ela tentou.

Mas aquelas palavras não adiantaram. Apenas o deixaram mais bravo.

“Não me ama é? Tá bom, você é quem sabe Anahi.”

Ele começou a bater na loira com força.

Anahi gritava.

“Cala a boca!” Ele deu um tapa na boca de Any.

Os gritos continuaram. Os deixando ainda mais nervoso.

* * *

Dulce chegou a casa e de dentro do carro podia ouvir os gritos vindos de dentro de sua casa. A ruiva arregalou os olhos e saiu correndo deixando a porta do carro aberta.

Chegou dentro da casa e ouviu Anahi chorando. Seu sangue ferveu ao ouvir a voz do rapaz que batia nela.

“Cala a boca Anahi! Você que é a culpada!”

Dulce acabou pegando a primeira coisa que viu em sua frente, que se tratava de uma garrafa cheia de vinho, e entrou no quarto de Anahi.

A ruiva bateu com força na cabeça do irmão, o fazendo cair no chão.

Anahi apenas encostou-se ao canto da parede e se encolheu, abraçando os joelhos e escondendo o rosto entre eles.

“Agora você vai ver, você vai aprender a nunca mais encostar em qualquer mulher de novo, seu imbecil.” Dulce gritava e batia sem pena no homem caído no chão. Ele ainda estava meio tonto devido à garrafada e não conseguia revidar, dando a Dul mais chances de bater nele.

A raiva de Dulce era enorme e ela apenas parou de bater no rapaz quando braços a seguraram por traz. “Dulce chega!” Ela ouviu a voz do marido de sua vizinha.

Ucker não estava desacordado, mas não conseguia levantar.

A ruiva ainda tentava se soltar. “Chega o cacete, ele merece muito mais, olha o que ele fez!”

“Eu sei Dulce eu sei, e eu já liguei para a polícia, você precisa se acalmar e ficar com a sua amiga.” Diana, sua vizinha, falou.

E na hora que ela olhou para Anahi, sua raiva passou a se transformar em um aperto enorme no coração. Ela parecia tão frágil, com hematomas por todo o corpo. Soltou-se do homem que a segurava e correu para perto da loira.

Anahi encostou de leve no ombro de Any, fazendo-a se encolher ainda mais e chorar. “Any, sou eu, a Dul.”

Anahi levantou o olhar para encontrar as íris castanhas de Dulce lhe encarando com doçura. Ainda abraçada aos joelhos, ela permitiu que Dulce se aproximasse e a segurasse em seus braços. Ela deixou que as lágrimas caíssem. Gemendo por causa da dor, mas ali, nos braços de Dul, ela se sentia segura.

Logo a polícia chegou, levando Ucker ainda tonto para fora da casa, junto com uma ambulância que levaria Anahi para ser examinada.

O problema era que a loira não deixava ninguém além de Dulce, se aproximar sem gritar. Ela se encolhia e chorava mais forte cada vez que os paramédicos tentavam lhe encostar.

“Eu vou ter que sedá-la desse jeito... Preciso levar ela até a ambulância...” Um dos paramédicos falou pacientemente para Dulce.

“Espera um pouco, me deixa falar com ela...”.

O homem assentiu e deixou o quarto.

“Any, você precisa deixar que eles te encostem, você precisa ser examinada.” Sua voz era doce.

Anahi balançou a cabeça contra o peito da ruiva e murmurou. “Eu estou com medo...”.

“Any ninguém aqui vai te machucar, eu prometo. Não vou deixar ninguém encostar em você se for pra te machucar. Eu vou estar do seu lado.”

Anahi a olhou, vendo a sinceridade nos olhos castanhos, ela assentiu de leve.

Em pouco tempo, elas estavam no hospital e Dulce soltou o ar que nem sabia estar segurando, mas esse logo voltou, quando os médicos pediram para que ela saísse de perto de Anahi , e a loira começou a chorar e gritar seu nome.

O aperto no coração da ruiva aumentava a cada segundo naquela sala de espera, ela sabia que Anahi estava em algum lugar daquele hospital, chorando.

Parecia que ela havia ficado dias esperando até que o médico apareceu. Dulce correu até ele. “Como ela está?”

“Foram muitos ferimentos, e ela está fraca, mas vai ficar bem, ela só precisa descansar.” Falou com um pequeno sorriso no rosto. “Você por acaso, é a Dulce?”

A ruiva assentiu. “Sou.”

“Ela quer você.”

“Então me leva pra ela.”

O médico assentiu e fez a ruivao seguir até o quarto em que Anahi estava.

Ao entrar, o aperto no coração apenas cresceu. Anahi estava com vários ferimentos roxos na perna, com pelo menos três curativos no rosto e chorava.

Dulce se deitou ao lado de Anahi na cama do hospital e a abraçou forte.

A loira soluçava contra o pescoço de Dulce.

“Calma Any, vai ficar tudo bem eu prometo. Eu vou cuidar de você, vou te proteger. Eu não vou deixar ninguém chegar perto de você.” A ruiva acariciava os cabeços loiros.

Aos poucos, o choro começou a parar. A respiração pesada, mas compassada de Anahi revelava que ela havia adormecido.

Um sono pesado. Mas lotado de pesadelos.

Cada vez que Anahi começava a se remexer, Dulce tratava de abraça-la mais forte e sussurrar palavras doces para acalma-la.

* * *

Maite chegou com Angelique no hospital tempos depois, ela havia deixado Beth com Diana.

Não precisou se apresentar nem nada, todos ali conheciam Maite Perroni, a única coisa que ela precisou foi saber o número do quarto em que Anahi se encontrava e em poucos minutos ela estava lá dentro com a namorada ao seu lado.

Abriu a porta devagar e entrou silenciosamente com Angelique.

Dulce as olhou por um segundo, mas logo voltou novamente sua atenção para a adormecida mulher em cima de si, com medo de que ela começasse a se remexer ou acordar.

“Oh Deus...” Angelique suspirou. “Ela vai ficar bem?”

“Fisicamente o médico disse que vai... Eu estou é com medo do emocional dela...” Dulce suspirou enquanto brincava com os fios loiros. “Foi minha culpa? Seu eu tivesse deixado ela com ele, isso iria acontecer?”

“Dulce, se você tivesse deixado ela lá, ia ser muito pior, ele é louco! A culpa não é sua Dul.” Maite encostou de leve no braço da amiga.

“Mas...”

“Mas nada Dulce, a May tá certa, você não pode se culpar, eu tenho certeza que ela não pensa assim, e a única coisa com o que você precisa se preocupar agora é em cuidar dela.” Angelique falou.

“Eu vou. Eu não vou deixar ela sozinha, nem agora, nem nunca.” Dulce falou olhando para Anahi que começava a se remexer novamente em seu sono.

Maite e Angelique resolveram sair do quarto.

Dulce apenas apertou a loira contra seu corpo e sussurrou para ela. “Shh, tá tudo bem, você está bem, calma Any...” A ruiva disse isso algumas vezes mais e viu Anahi se aquietar em seus braços.

A vida dá voltas.

Anahi Giovanna, a vadia sem coração que aterrorizou os anos de colegial de Dulce, agora estava ali, parecendo um animal pequeno e indefeso nos braços da ruiva, que agora era o seu porto seguro.