Fanfic: Disputa Acirrada ⋆ Vondy | Tema: RBD - DyC / Vondy

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Fiz a prova com a maior facilidade do mundo e me sentei nos degraus do prédio da faculdade, esperando por Maite. Quando ela desabou ao meu lado, derrotada, esperei que ela falasse.

— Que prova foi aquela! — ela gritou.

— Você devia estudar com a gente. O Christopher sabe explicar a matéria muito bem.

Maite soltou um resmungo e deitou a cabeça no meu ombro.

— Você não me ajudou em nada! Não podia ter feito um sinal com a cabeça ou algo do gênero?

Eu a abracei e fui caminhando com ela até o nosso dormitório.

* * *

Na semana seguinte, Christopher me ajudou com o trabalho de história e foi meu tutor em biologia. Fomos juntos olhar o quadro de notas ao lado da sala do professor. Meu nome aparecia em terceiro lugar.

— A terceira nota mais alta da classe! Que legal, ruiva! — ele disse, me abraçando.

Os olhos de Christopher estavam brilhando de animação e orgulho, e uma sensação embaraçosa me fez recuar um passo.

— Valeu, Ucker. Eu não teria conseguido sem você — falei, dando um puxão na camiseta dele.

Ele me jogou por cima do ombro, abrindo caminho em meio à multidão atrás de nós.

— Abram caminho, pessoal! Essa mulher é um gênio!

Dei risada ao ver as expressões divertidas e curiosas dos meus colegas de classe.

* * *

Conforme os dias foram se passando, tivemos que lidar com os persistentes rumores sobre um relacionamento. A reputação de Christopher ajudou a calar as fofocas. Ele nunca fora conhecido por ficar com uma garota mais do que uma noite, então, quanto mais éramos vistos juntos, mais as pessoas entendiam que nosso relacionamento era platônico. Mesmo com as constantes perguntas sobre nosso envolvimento, Christopher continuou recebendo a usual atenção das outras alunas.

Ele continuou a se sentar ao meu lado nas aulas de história e a comer comigo na hora do almoço. Não demorei muito para perceber que estivera errada em relação a ele, me sentindo até propensa a defendê-lo daqueles que não o conheciam como eu.

No refeitório, Christopher colocou uma lata de suco de laranja na minha frente.

— Você não precisava fazer isso. Eu ia pegar uma — falei, tirando a jaqueta.

— Bom, agora você não precisa mais — disse ele, fazendo aparecer as covinhas nas suas bochechas.

Jam soltou uma risada de deboche.

— Ela transformou você em um empregadinho pessoal, Christopher? Qual vai ser a próxima, abanar a menina com uma folha de palmeira, vestindo uma sunga?

Christopher olhou para ele com ódio assassino e me apressei a defendê-lo.

— Você não tem o suficiente nem para preencher uma sunga, Jam. Cala a droga da sua boca!

— Pega leve, Dulce! Eu estava brincando — Jam respondeu, erguendo as mãos em sinal de paz.

— Só… não fale assim dele — retruquei, franzindo a testa.

A expressão do Christopher era um misto de surpresa e gratidão.

— Agora acho que vi de tudo na vida. Uma garota acabou de me defender — disse ele, se levantando.

Antes de sair carregando a bandeja, lançou mais um olhar furioso pro Jam, depois se juntou a um pequeno grupo de fumantes do lado de fora do prédio. Tentei não ficar olhando enquanto ele ria e conversava. Todas as garotas do grupo competiam de forma sutil pelo espaço ao lado dele e Maite me cutucou quando percebeu que minha atenção estava em outro lugar.

— O que você está olhando, Dulce?

— Nada. Não estou olhando nada.

Maite pôs o queixo na mão e balançou a cabeça.

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