Fanfic: Disputa Acirrada ⋆ Vondy | Tema: RBD - DyC / Vondy

No dia seguinte, fui almoçar com Fercho e Maite. Eu queria ficar sozinha, mas, conforme os alunos foram entrando no refeitório, as cadeiras à minha volta foram ficando cheias de amigos da fraternidade do Fercho e de membros do time de futebol. Alguns estavam na luta, mas ninguém mencionou minha experiência na beira do ringue.

— Fercho! — disse alguém que passava.

Ele assentiu e tanto Maite quanto eu nos viramos, vendo Christopher se sentando em um lugar na ponta oposta da mesa. Duas voluptuosas loiras tingidas o acompanhavam. Uma delas se sentou no colo dele e a outra lhe acariciava a camisa.

— Acho que perdi a fome — murmurou Maite.

A loira que estava no colo do Christopher se virou para ela.

— Eu ouvi o que você disse, piranha.

Maite pegou um pãozinho e o jogou, errando por muito pouco o rosto da garota. Antes que a loira pudesse dizer mais alguma coisa, Christopher afastou as pernas e a garota caiu no chão.

— Ai! — disse ela em um grito agudo, erguendo o olhar para ele.

— A Maite é minha amiga. Você precisa encontrar outro colo pra se sentar, gata.

— Christopher! — ela reclamou, esforçando-se para ficar em pé.

Ele voltou à atenção para o prato, ignorando-a, de modo que ela olhou para a irmã e bufou de raiva. As duas foram embora de mãos dadas.

Christopher deu uma piscadela para Maite e, como se nada tivesse acontecido, enfiou mais uma garfada na boca. Foi aí que notei um pequeno corte na sobrancelha dele. Ele e Fercho trocaram olhares de relance, então ele começou uma conversa com um dos caras do futebol do outro lado da mesa.

Embora a quantidade de pessoas à mesa tivesse diminuído, Maite, Fercho e eu ficamos lá ainda um tempo para discutir nossos planos para o fim de semana. Christopher se levantou como se fosse embora, mas parou na nossa ponta da mesa.

— Que foi? — Fercho perguntou em voz alta, colocando a mão perto do ouvido.

Tentei ignorá-lo quanto pude, mas, quando ergui o olhar, Christopher estava me encarando.

— Você conhece ela, Ucker. A melhor amiga da Maite, lembra? Ela estava com a gente na outra noite — disse Fercho.

Christopher sorriu para mim, no que presumi ser sua expressão mais charmosa. Ele transbordava rebeldia, com aqueles cabelos castanhos cheios de cachos volumosos. Revirei os olhos à sua tentativa de me seduzir.

— Desde quando você tem uma melhor amiga, Mai? — perguntou Christopher.

— Desde o penúltimo ano da escola — ela respondeu, pressionando os lábios enquanto sorria na minha direção. — Você não lembra, Christopher? Você destruiu o suéter dela.

Ele sorriu.

— Eu destruo muitos suéteres.

— Que adorável — murmurei com ironia.

Christopher girou a cadeira vazia que estava ao meu lado e se sentou, descansando os braços à sua frente.

— Então você é a ruivinha, né?

— Não — respondi com raiva —, eu tenho nome.

Ele parecia se divertir com a forma como eu o encarava, o que só servia para me deixar mais irritada.

— Tá. E qual é seu nome? — ele me perguntou.

Dei uma mordida no que tinha sobrado da minha maçã, ignorando-o.

— Então vai ser ruivinha — disse ele, dando de ombros.

Ergui o olhar de relance para a Maite, depois me virei para o Christopher:

— Estou tentando comer.

Ele topou o desafio que apresentei.

— Meu nome é Christopher. Christopher Uckermann.

— Sei quem você é.

Então ele me deu um sorriso vitorioso, algo que certamente queria dizer `E quem não sabe?`.

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