Fanfic: Disputa Acirrada ⋆ Vondy | Tema: RBD - DyC / Vondy

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— Cara como vocês fazem barulho! — Christopher resmungou, tomando em uma golada o resto do meu suco de laranja e limpando a boca. — Quem me deixou beber daquele jeito na noite passada?

Maite falou em tom de deboche:

— Você mesmo. Foi comprar uma garrafa de uísque depois que a Dulce saiu com o Pablo e já tinha matado a garrafa inteira quando ela voltou.

— Cacete — ele exclamou, balançando a cabeça. — Você se divertiu? — e olhou para mim.

— Você está falando sério? — perguntei, mostrando minha raiva antes de pensar.

— O quê?

Maite deu risada.

— Você arrancou a Dulce do carro do Pablo, enlouquecido de raiva, quando pegou os dois dando uns amassos que nem colegiais. As janelas estavam embaçadas e tudo!

Os olhos de Christopher ficaram sem foco, enquanto ele fazia uma varredura nas lembranças da noite anterior. Fiz força pra conter o mau humor. Se ele não se lembrava de ter me arrancado do carro, não se lembraria de como cheguei perto de lhe entregar de bandeja minha virgindade.

— Você está brava? — ele me perguntou, encolhendo-se de medo.

— Muito.

Eu estava com mais raiva ainda porque meus sentimentos não tinham nada a ver com Pablo. Apertei o roupão no corpo e cruzei o corredor pisando duro. Ouvi os passos de Christopher atrás de mim.

— Ruiva — ele chamou, segurando a porta quando tentei batê-la na cara dele. Ele a empurrou lentamente e ficou parado na minha frente, esperando que eu despejasse toda minha ira.

— Você se lembra de alguma coisa que me disse na noite passada? — eu quis saber.
— Não. Por quê? Fui mau com você?

Seus olhos injetados estavam pesados de preocupação, o que só serviram pra aumentar minha fúria.

— Não, você não foi mau comigo! Você...

Cobri os olhos com as mãos e fiquei paralisada quando senti a mão dele no meu pulso.

— De onde veio isso? — ele perguntou, olhando pra pulseira.

— É minha — falei, me soltando.

Ele não tirava os olhos do meu pulso.

— Nunca vi isso antes. Parece nova.

— É nova.

— Onde você arrumou?

— Faz uns quinze minutos que o Pablo me deu essa pulseira — fiquei observando a expressão no rosto dele mudar de confusão pra raiva.

— Que merda aquele babaca estava fazendo aqui? Ele passou a noite aqui? — Christopher perguntou, erguendo a voz a cada questão.

Cruzei os braços.

— Ele saiu pra comprar meu presente de aniversario hoje de manhã e me trouxe a pulseira.

— Ainda não é seu aniversário.

O rosto dele ficou vermelho, um vermelho forte, enquanto ele forçava pra manter o mau humor sob controle.

— Ele não podia esperar — falei, erguendo o queixo com orgulho.

— Não é de admirar que eu tive que te arrastar pra fora daquele carro, parece que você estava... — ele parou de falar, pressionando os lábios.

Estreitei os olhos.

— O quê? Parece que eu estava o quê?

O maxilar dele ficou tenso e ele inspirou fundo, soltando o ar pelo nariz.

— Nada. Só estou bravo e ia dizer alguma merda que eu não queria.

— Isso nunca te impediu antes.

— Eu sei. Estou tentando mudar — ele respondeu, caminhando até a porta. — Vou deixar você se vestir.

Ele esticou a mão pra pegar a maçaneta, mas parou um pouco, esfregando o braço. Quando seus dedos encostaram na marca dolorida e arroxeada onde o sangue se acumulava, ele ergueu o cotovelo e percebeu o ferimento, pro qual ficou olhando fixo por um instante. Depois se virou pra mim.

— Eu caí na escada ontem à noite. E você me ajudou a ir até a cama... — ele disse, procurando as lembranças entre as imagens borradas de sua mente.

Meu coração estava quase saindo pela boca e engoli em seco quando vi que ele estava se dando conta do que tinha acontecido.

— Nós... — ele começou a dizer, dando um passo na minha direção, olhando pro armário e depois pra cama.

— Não. Não aconteceu nada — falei, balançando a cabeça.

Ele se encolheu. Era óbvio que estava relembrando cenas da noite passada.

— Você deixou as janelas do carro do Pablo embaçadas, te puxei pra fora do carro e depois tentei... — ele disse, balançando a cabeça.

Então se virou em direção à porta e agarrou a maçaneta, os dedos brancos.

— Você está me transformando em uma droga de um psicopata, ruiva — ele rosnou por cima do ombro. — Não consigo pensar direito quando estou perto de você.

— Então a culpa é minha?

Ele se virou. Seus olhos seguiram do meu rosto pro roupão, pra minhas pernas e depois pros meus pés, voltando pros meus olhos. Eu teria ficado envergonhada, se não estivesse tão tensa.

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