Fanfic: Disputa Acirrada ⋆ Vondy | Tema: RBD - DyC / Vondy

- 84 -

Uma hora e três copos de tequila depois, eu estava na sala de estar dançando com Christopher. A música era uma balada de rock e ele ficou falando a letra para mim, só mexendo os lábios, enquanto dançávamos. Ele me abraçou e me curvou até o chão no fim do primeiro refrão, e deixei os braços caírem pra trás. Ele me levantou de novo e soltei um suspiro.

— Você não vai poder fazer isso quando eu estiver no décimo copo — falei, dando risada.

— Já falei que você está incrível?

Fiz que não e o abracei, repousando a cabeça em seu ombro. Ele me apertou, enterrando o rosto no meu pescoço e fazendo com que eu esquecesse decisões, pulseiras ou personalidades divididas. Eu estava exatamente onde queria estar.

Quando o ritmo da música deu lugar a uma batida mais rápida, a porta se abriu.

— Pablo! — chamei, correndo pra ir abraçá-lo. — Você veio!

— Desculpa pelo atraso, Dul — disse ele, me dando um selinho.

— Obrigada — falei, vendo de canto de olho que Christopher nos encarava.

Pablo ergueu meu pulso.

— Você está usando a pulseira.

— Eu falei que ia usar. Quer dançar?

Ele balançou a cabeça em negativa.

— Hum... eu não danço.

— Ah. Então quer me ver virando a sexta dose de tequila? — sorri, erguendo minhas cinco notas de vinte. — Ganho o dobro se conseguir chegar a quinze.

— Isso é meio perigoso, não é?

Eu me inclinei pra falar ao ouvido dele.

— Estou enrolando eles. Eu brincava disso com o meu pai desde os dezesseis anos.

— Ah — ele disse franzindo a testa em desaprovação. — Você bebia tequila com o seu pai?

Dei de ombros.

— Era o jeito dele de se aproximar de mim.

Pablo não parecia impressionado quando seu olhar desviou do meu pra analisar a galera ali reunida.

— Não posso ficar muito tempo. Vou acordar cedo pra viajar com o meu pai. Vamos caçar.

— Que bom que a minha festa foi hoje então. Se fosse amanhã, você não teria conseguido vir — falei, surpresa ao tomar conhecimento de seus planos.

Ele sorriu e me pegou pela mão.

— Eu teria conseguido voltar a tempo.

Eu o puxei até a cozinha, peguei outro copo de tequila e o virei, baixando-o no balcão com a boca virada pra baixo, como tinha feito com os cinco anteriores. Jam me entregou mais uma nota de vinte e fui dançando até a sala. Christopher me puxou e dançamos com Maite e Fercho.

Fercho me deu um tapa na bunda. Maite deu um segundo, depois, todos que estavam na festa fizeram o mesmo, menos Pablo. No número dezenove, Christopher esfregou as mãos.

— Minha vez!

— Pega leve! Já estou com dor na bunda!

Com um sorriso maldoso, ele levou a mão bem acima do ombro. Fechei os olhos com força. Depois de uns instantes, dei uma espiada. Antes de sua mão encostar em mim, ele parou e me deu um tapinha de leve.

— Dezenove! — exclamou.

Os convidados gritaram animados e Maite começou a cantar uma versão alcoolizada de “parabéns pra você”. Ri quando chegou a parte de dizerem o meu nome e a sala inteira falou “ruiva”.

COMENTÁRIOS?

O Pablo tinha que chegar pra acabar com a graça ¬¬`