Fanfic: Eu não vou desistir! | Tema: Vondy

Junto da mensagem tinha uma foto de Christopher almoçando com uma garota de cabelos castanhos escuros e magra de costas para a câmera, Dulce levou a mão na boca para abafar um grito de raiva.

Calma! Respira! Pode ser um almoço de negócios ou uma foto velha!

Não espera, essa roupa que ele estava hoje.

Isso é intriga, calma! Não pense o pior!

Dulce encarava a foto e com raiva fechou o livro, o colocou na mochila e saiu da biblioteca a passos largos, no lado de fora a primeira coisa que fez foi discar o número dele, não ia conseguir falar baixo ao telefone, tocou três vezes e logo caiu na caixa posta, então voltou a ligar.

Chris: Alô! - ele atendeu com uma voz ofegante e Dulce arregalou os olhos.

Dulce: Oi – ególio o choro.

Chris: Dulce! - falou surpreso, ela ouviu ele falar sussurrar alguma coisa, mais provavelmente ele tinha colocado a mão por cima do bocal – que surpresa, amor?

Dulce: Uhum, será que pode vir me buscar, já passou das 17h e você falou que eu podia ligar, você já saiu da empresa?

Chris: Então amor não posso ir agora – Dulce suspirou – eu ainda não terminei umas coisas aqui - Dulce o ouvia falar, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Dulce: Você está na empresa? Estou ouvindo muitas vozes – tentando falar com a voz normal, para não sair embargada.

Chris: Sim, é só o Poncho fazendo muito brulho – Dulce segurava com força o telefone – ele está indo ai te buscar – falou sorrindo

MENTIROSO!!

Dulce: Não precisa – falou um pouco grossa – eu vou pegar um ônibus – limpou a lágrima que caiu do olho e escorreu pela bochecha.

Chris: Não, o Poncho já saiu daqui – Dulce se sentou em um banco próximo.

Dulce: Uhum – não ia conseguir falar sem a voz tremer.

Chris: Eu te amo, até mais tarde – ele desligou o celular antes mesmo dela dizer adeus.

Dulce abaixou a cabeça e deixou que as lágrimas saíssem por seus olhos, o soluço foi inevitável.

Estou me sentindo humilhada! Eu só preciso sair daqui,

Eu quero ir embora. Não acredito que o homem que eu amo está me traindo,

Mas eu sabia de sua fama, sabia que ele era um mulherengo!

Pela cabeça dela passavam vários pensamentos, ela chorava e soluçava ao mesmo tempo, queria correr dali e era isso o que ia fazer, dane-se o Poncho ela só queria ficar longe de tudo.

Colocou a mochila nas costas e ao se levantar do banco não viu mais nada, tudo ficou escuro e o chão próximo.

- Querida, tudo bem? - uma senhora de cabelos grisalhos lhe passava algodão perto das narinas e o cheiro do álcool a fez tossir, Dulce olhou em volta e viu que estava em uma sala totalmente branca.

Dulce: Onde estou? - falou olhando para a senhora usando jaleco branco.

- você está na enfermaria da escola – terminando de medir a pressão dela – eu sou a enfermeira Moura e você desmaiou querida – falou carinhosa – sua pressão está bem baixa, coma essa bolachinha de sal – entregando para ela um pacotinho fechado.

Dulce: Eu nem percebi quando desmaiei – a senhora deu risada.

Moura: Ninguém nunca percebe, meu bem – ajudou Dulce a se sentar – mas com o calor que estava fazendo hoje é normal a pressão baixar mesmo – Dulce mordeu um pedacinho da bolacha.

Dulce: Como vim parar aqui – comendo em pedacinhos a bolacha.

Moura: Um dos jogadores de futebol te trouxe, ele disse que viu quando você caiu – Dulce encolheu os ombros.