Fanfics Brasil - Os agentes secretos; muito mais que colegas

Fanfic: Os agentes secretos; muito mais que colegas


Capítulo: 3? Capítulo

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Quando pisou fora do prédio, Dulce sentiu a mão de Chris puxar seu braço. Voltou-se para ele, inexpressiva. Não gostava muito das atitudes que ele estava tomando. Percebeu seu olhar fugaz e pior ainda, o ódio latejante em seus olhos. Sabia o que estava passando. Ele queria se sentir o macho importante na equipe e ela não deixava, tomando a frente das coisas, como era acostumada a fazer.

Ficou esperando o que Christopher iria dizer. O viu colocar as mãos no quadril, mordendo o lábio inferior. De certo procurava algum argumento. Ela o rebateria.

 

“Já tomei uma decisão importante, Dul, e queria sua mais sincera opinião” – disse.

“Sou toda ouvida”.

“Sabe aquilo que me disse, antes de ontem sobre assumir as responsabilidades e tentar fazer as pazes com meu pai? Então… decidi que seria uma boa hora pra conversar com o coroa. Estou pressentindo que essa missão vai ser perigosa. Mais antes quero saber o que acha. Não estou certo de que isso é a melhor opção. Não quero ir sozinho…” – sussurrou a ultima frase e a viu tirar os óculos.

“Está me pedindo que vá com você?” – ela o fitou.

“Se não for muito incomodo. Tenho… vergonha ou pior, isso me deixa cabulado… sei lá… você é sempre tão serena e consegue levar uma conversa numa boa, por mais delicada que ela seja” – Christopher tinha dito meia verdade. Ele estava com medo do pai.

“Bom, você me pegou de surpresa, mas de todas as maneiras, pode contar comigo”.

“Obrigado, Dul” – a abraçou. Recebeu umas palmadas carinhosas nas costas e isso o fez se afastar. Dulce era fria e esse tipo de contato não a afetava, por mais que se tratasse de algo muito pessoal.

“Pensei que estivesse revoltado comigo, por ter interrompido você lá dentro”.

“E estou” – falou irritado.

 

Ela sorriu com prazer. Gostava de ver vê-lo de mal-humor, essa era a verdade. Associava esse tipo de gesto com Chris e se ele mudasse, não seria a mesma coisa.

O abraço a deixou confusa, mais nada que pudesse mexer com ela.

 

“Vou logo avisando, que se mentir pro seu pai que sou sua futura noiva ou namorada, pode ter certeza que o tatame vai estar te esperando, Christopher Uckermann”.

 

Um arrepio se apoderou do corpo dele. Quando Dulce falava seu nome completo, o deixava mareado. Não sabia porquê. Ela o dizia de uma maneira tão sensual, que o tudo se estremecia dentro dele. Fazia quase quatro anos que a desejava, na cama, em sua vida. Mas Dulce parecia não estar disposta a formar família ou se envolver e isso o deixava possesso.

Acalmou-se como pode. A relação era frágil demais entre os dois. Poderia ser representada como um refinado cristal, que poderia se estatelar a qualquer momento, dependendo da forma que reagia ao ambiente.

Não agüentando aquele silencio perturbador, Dulce começou a caminhar. Voltaria andando pra casa, ficar no mesmo lugar que Christopher estava fazendo-a ficar asfixiada. Odiava a sensação. Ele era homem e sabia o que pensava dela.

Todos eram iguais.

Christopher a seguiu, ficando lado a lado.

“O que foi?” – perguntou com ingenuidade.

Dulce deu uma risadinha e voltou a por os óculos. Gostava desse acessório. Era prático, bonito e um ultradisfarce com olhares não desejados.

“Pode explodir, Christopher. Sei que está ressentido por não ter ido logo ao assunto quando estava falando com Marcel” – retorquiu.

“Se quer saber a minha opinião eu…”.

“Não quero” – respondeu friamente. “E mais. Se for perder a cabeça comigo, então que seja breve. Preciso resolver um monte de coisas, antes de partirmos”.

“Me responda, porque sempre se intromete ou me interrompe quando estou tentando buscar mais informações? Eu não consigo entender!” – explodiu.

“Uou, deixe pra fazer teatrinho quando estivermos a sós”.

 

[Quando estivermos só você e eu, Dulce Maria Saviñon, sozinhos, irei te dar um beijo arrebatador e descobrir os encantos do seu corpo de mulher. Te levarei ao borde do prazer e não vou te deixar em paz, até estar saciado dessa fome que eu sinto por ti] Pensou Christopher.

 

“Então me diga!”.

“Christopher” – havia uma nota zombeteira em sua voz. – “Sabe que gosto de ir longo ao ponto. Os detalhes só importam para casos de emergência. Quando você tem uma missão, não precisa pedir cada pista que o suspeito deixou. Apenas tem que entender o objetivo e está feito”.

“É isso o que pensa?” – Christopher perguntou surpreso.

“É e tem mais, quando é seqüestro, a coisa fica mais simplificada ainda. Local e os perigos que corremos. Simples assim” – disse, naturalmente.

“Por isso é que eu fico confuso ao seu lado. Você tem um jeito tão estranho” – fez menção de bufar ruidosamente.

“A questão não é essa, Christopher, o que acontece é que seu ego masculino não permite que eu seja eficiente no seu ponto de vista. Por isso tenta sempre passar na minha frente, tentando mostrar um tipo de inteligência que você não possui” – foi tão sincera nas palavras, que viu o rosto de Christopher se avermelhar de raiva.

“Suponho que é isso o que pensa de mim” – pôs as mãos no bolso, sinal de que estava muito zangado.

“É e não é” – respondeu com frieza. Não gostava de tacar na cara dele o que pensava, mais era necessário. Talvez assim aquietasse o fogo de Christopher.

“Eu desisto, Dulce mar…”.

Ele não terminou de falar. Dulce deu uma cotovelada tão forte em sua costela, que pensou que fosse uma faca que estava sendo cravada. A olhou, indignado e não agüentou os palavrões:

 

“PORRA, DULCE, ISSO DOEU! MERDA! SUA VACA! PORQUE NÃO VAI COTOVELAR A MÃE?!” – ele tinha passado dos limites, mais não viu reação nenhuma naquele rosto bonito.

“Vou pra minha casa, Chris. Até mais ver” – se despediu com educação e um sorriso nos lábios.

 

Jamais conseguiria entender o gênio dela. Aliás, nunca! Em quase quatro anos de convivência com Dulce, ele tinha descoberto pouca coisa sobre sua vida. Ela evitava constantemente as perguntas pessoais a respeito de si mesma, ou que invadissem seu espaço. Era muito reservada e isso a tornava mais tentadora. Duas coisas ele sabia que tinha em comum com ela: o vicio por café e paixão pelo verde.

O esporte preferido dela era futebol, outra coisa que tinham tudo a ver. Não se encaixava com as mulheres delicadas, que ficavam se embelezando o dia todo e nem com aquelas brutas insensíveis. Dulce era um misto de coisas, não conseguia defini-la. Bastavam esses anos de solidão na cama, para perceber quem era mulher que ele pretendia conquistar. Pena que Dulce não sabia disso, daí talvez fosse mais calorosa.

Perplexo com o rumo dos pensamentos, Christopher se deu conta que ainda continuava na calçada. Viu que não tinha nem sinal dela mais. Porque ainda continuava sem reação?

 

A água estava tão maravilhosa escorrendo por seu corpo bronzeado, que Dulce ficou meia hora de baixo da ducha gelada. Teria que lhe dar com o problema pessoal de Christopher e começar a traçar a meta da missão. Não estava nem um pouco incomodada com os insultos dele, pelo contrário, achava mais fácil manter Chris em seu devido lugar ignorando-º

Saiu do box, enrolada numa toalha. Já tinha deixado uma confortável roupa preparada encima da cama. Secou-se e se vestiu com um jeans desbotado e uma camisa azul escura de manga comprida, bem fininha.

Desceu para o hall e foi para a cozinha. Tinha comida congelada no freezer. Colocou para aquecer no microondas e depois de meia hora, serviu-se. Degustou sem pressa, apreciando aquela comida falsa. Deveria pelo menos uma vez fazer algo descente.

Lavou a louça que sujou e foi descansar na sala. O divã era superconfortável e preferiu se estabelecer ali. Olhou o relógio. Por instinto, sabia que em dez minutos ouviria o barulho da Audi de Christopher enfrente de casa. O conhecia demasiado.

Sorriu ao pensar em como aprendera sobre esse homem. Chris era muito fácil de ser entendido. O estresse o fazia revelar com freqüência suas amarguras, sonhos não concluídos e mostrar seu jeito indolente. Em um ano, passou a saber muitas coisas sobre ele, coisas que nem uma esposa bem detalhista conseguiria notar no marido. Mais ela sim conseguia fazê-lo. Havia sido criado pelo pai e junto com o filho do primeiro casamento dele. Peter era um rapaz bem humorado e um ótimo companheiro. Ensinou-lhe varias coisas sobre a vida e principalmente sobre homens. O pai apoiava esse relacionamento deles e também mostrava que tudo o que Peter falava, estava certo.

Com isso, pode passar a entender com eficiência o sexo oposto. Exatamente por isso não dava nem bola para Christopher, sabia o que pensavam de qualquer mulher.

Mais não era somente isso que a fazia ser fria com todos os homens. Quando adolescente, tinha passado a pesar quase noventa quilos e isso abalou muito sua auto-estima. Era humilhada pelos garotos e sobrecarregava demais sua própria sexualidade. Quando percebeu que estava sendo boba, tentando agradar a todos, mesmo sabendo que era feia e não se encaixava no mundinho deles, preferiu os deixar de lado. Passou a se amar e com isso, o que pensava de si mesma mudou. Resolveu entrar num acordo com a balança, com o universo em geral, e começou um regime. Fazia tudo por ela. Não se importava com as piadinhas de mau gosto, as calunias e os olhares de desprezo dos garotos. Esse foi o processo que a tornou fria, calculista e bem tranqüila diante da reação explosiva do sexo masculino.

Viu depois de dois anos, passando por uma fase de transformação, que muitos de seus colegas de escola haviam se arrependido das atitudes no passado. Ela recuperou o bem-estar e não perdôo nenhum deles. Ficava calada diante das inúmeras declarações de amor, saindo sem dar ouvidos, como fazia com Christopher.

Foi nessa época, que conheceu o primeiro cara que a fez se apaixonar. O nome dele era Alex Baptista. Um garoto renomado e que estudava direito. Era muito seguro e tinha um caráter delicado. Com apenas essas características, conseguiu conquistá-la de uma maneira fácil e provocante, que em menos de dois meses, acabou resultando na perda de sua virgindade num acampamento de fim de ano.

Com Alex aprendeu o valor do sexo e de como era bom e saudável. Passavam a maior parte do tempo juntos e gostavam de compartilhar coisas, sonhos por exemplo. Ela ainda tinha a mesma atitude neutra: o deixava falar até que se perdesse com as próprias palavras. Achava isso engraçado. Enquanto todos gostavam de falar pelos cotovelos, Dulce dizia apenas o necessário.

Quando decidiu fazer um concurso público para policial, não pensou que passaria por vários testes, tanto é que um deles havia colocado-a nesse ramo de espionagem misturado com adrenalina e investigação. Foi nessa fase, que se viu obrigada a deixar Alex e tentar idealizar um futuro, onde somente existia ela e Deus.

Não demorou muito para que Peter viesse lhe dar conselhos. A amizade que mantinham era tão forte, que o próprio irmão pediu que ficasse mais um pouco com ele e o pai. Mas Dulce sabia que era impossível. Queria sua independência e não a conseguiria naquele pequeno lugar, quase esquecido pelo mundo. Na mesma semana, recebeu uma carta do governo pedindo que comparecesse o mais rápido possível no número 9, em Acapulco. Dulce fez as malas com destreza e correu se despedir do pai e do irmão. Prometeu mandar noticias e visitá-los de vez enquanto. Alex foi dar um “tchau” pra ela. Confessou algo muito esquisito e que já suspeitava: ele era homossexual.

Ainda se lembrava do sorriso amigável que lhe deu antes de partir.

 

Dulce se pôs de pé com um sorriso esmagador nos lábios. Caminhou contando os passos até a porta e abriu-a. Certamente ele já estava mais calmo e havia tomado um banho. Mesmo assim, sentia o cheiro de medo no ar. Era pela situação que enfrentariam a seguir?

 

“Bem… se você me desculpar, eu… hum…” – limpou a garganta. Ela mordeu o lábio inferior. - “Não vou mais passar dos limites com você”.

“Acho bom, Christopher” – ponderou, saindo porta á fora e fechando-a. – “Vamos então?”.

“É… acho que sim”.

“Estava nervoso, playboy?”.

“Como um pinto desprotegido” – Christopher confessou.

Ela riu.

Foram para o carro e antes que Dulce pudesse ocupar o banco do passageiro, agregou:

“Melhor você dirigir, quero pensar nas palavras antes de enfrentar o coroa” – jogou as chaves da Audi para ela.

“Certeza, bebê?” – brincou com ele, vendo a resposta estampada em seu rosto másculo.

“Na próxima vez, a senhorita que se prepare. Eu não vou ser o bebê, vou fazer um com você”.

Ela entrou no carro e deu a partida.

“Vai esperando” – retrucou, movida pelo bom humor de sempre.



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Autor(a): cacazinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • raissar Postado em 24/02/2008 - 12:43:33

    posta mias, por favor, tá d+
    sua web

  • paulinha Postado em 23/02/2008 - 23:03:35

    poxtaaaaaaaaaaaaaa

  • raissar Postado em 03/01/2008 - 16:06:48

    tô super curiosa pra vê o q vai acontecer, posta maisssssssssssss

  • raissar Postado em 29/12/2007 - 11:17:47

    posta

  • raissar Postado em 28/12/2007 - 16:38:36

    posta maissssssssssssssssssssssssss
    pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Postado em 28/12/2007 - 14:20:14

    posta maissssssss, sou leitora nova, adorei sua web novela.
    beijos.

  • raissar Postado em 28/12/2007 - 14:06:33

    posta v@i...

  • uckerroni Postado em 28/12/2007 - 13:39:45

    Caara, eu amei
    A melhor web que eu já li *-*'
    Beijos :*

  • deborah Postado em 28/12/2007 - 13:03:11

    Posta não abandona a web não...Ta muito boa
    bjus

  • Postado em 28/12/2007 - 12:20:51

    posta maisssssssssssssssss, por favor.cacazinha.


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