Fanfics Brasil - 1º capitulo-Prólogo O Solteirão-ADAPTADA-Laliter

Fanfic: O Solteirão-ADAPTADA-Laliter | Tema: Laliter


Capítulo: 1º capitulo-Prólogo

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Prólogo


 


“SRA. LANZANI, NENHUM PROBLEMA com sua saúde. O eletrocardiograma está normal, assim como a pressão sanguínea. Nada mais que uma forte indigestão. Um antiácido e repouso e a senhora estará ótima.” A médica pendurou o estetoscópio em seu pescoço e fez outra anotação na ficha.


Um alívio tomou Emilia Lanzani com a mesma intensidade da dor que a castigara antes. A sensação de fogo no peito e no braço a pegara desprevenida. Desde que perdera o marido com um ataque de coração aos trinta e sete anos, Emilia nunca desprezara qualquer dor súbita. Tornara-se cuidadosa com a saúde, controlava o peso e iniciara uma rotina de caminhadas a passo rápido que não negligenciava um só dia.


À primeira pontada da dor, pegou o telefone e ligou para o filho mais velho. Nem mesmo a lembrança do cheiro de antissépticos do hospital ou o desbotado das paredes a impediriam de cuidar da saúde. Tinha uma missão a cumprir antes de abandonar este mundo.


Espiou a jovem e atraente médica que a atendera na sala de emergência. Qualquer mulher que continuasse atraente naquela roupa hospitalar verde tinha potencial. “Você é nova na cidade, não?” Porém, Emilia já sabia a resposta antes que a outra confirmasse.


Conhecia todas as pessoas em Yorkshire Falls. Eram 1723 habitantes, em breve seriam 1724, assim que o bebê do editor da Yorkshire Falls Gazette com sua esposa nascesse. Seu médico sempre fora o dr.Mariano Torre, um amigo próximo de muitos anos. Viúvo como ela, Mariano, recentemente, havia se rendido ao desejo de aproveitar mais a vida e trabalhar menos. Sua nova associada, a dra. Leslie Gaines, foi a solução para reduzir o cansaço.


Era recém-chegada à cidade e, da perspectiva de Emilia, isso a tornava não só interessante, mas nova, esposa potencial um de seus enfastiados filhos. “É casada?”, perguntou Emilia. “Espero que não se importe com a curiosidade, mas tenho três filhos solteiros e...”


A médica riu. “Estou aqui há apenas algumas semanas e a reputação dos seus filhos já os precedeu, sra. Lanzani.”


O peito de Emilia se encheu de orgulho. Eram homens bons, esses meninos. Constituíam sua maior alegria e, recentemente, a causa de uma frustração ininterrupta. Gaston, o mais velho, Nicolas, o policial predileto da cidade, e Peter, o correspondente internacional, o caçula, que atualmente estava em Londres cobrindo um encontro econômico.


“Veja, sra. Lanzani...”


“Emilia”, corrigiu, inspecionando a médica. Risada simpática, senso de humor e uma natureza protetora. Emilia de imediato descartou a médica como uma companheira para Peter ou Nicolas.


O comportamento prático entediaria Peter e os horários de médica não dariam certo com os do policial Nicolas. Mas seria a mulher perfeita para o filho mais velho, Gaston. Desde que assumira a direção da Yorkshire Falls Gazette no lugar do pai, há quase vinte anos, se tornara muito sério, prepotente e superprotetor. Graças a Deus herdara a bela e bem talhada face do pai e causava uma boa impressão antes de abrir a boca e começar a querer controlar tudo. Felizmente as mulheres gostavam de homens protetores e a maioria das solteiras na cidade se casaria com Gaston no ato. Ele era atraente, assim como Nicolas e Peter.


A meta era casar os três rapazes e ela faria isso. Mas primeiro precisavam querer de uma mulher algo mais que sexo. Nada errado com o sexo, na verdade podia ser mais que agradável, recordou. Mas era a atitude mental dos filhos que lhe criava problemas. Eram homens.


Tendo criado os filhos, Emilia sabia exatamente como pensavam. Raramente desejavam uma mulher por mais de uma noite. Há muito não havia uma afortunada que resistisse mais de um mês. Encontrar quem os quisesse não era problema. Graças à boa aparência e à atração dos Lanzani, as mulheres os assediavam. Mas os homens, incluindo seus filhos, almejavam o que não podiam ter e os filhos haviam recebido muito e com muita facilidade.


A atração do proibido e a diversão da caça se acabara. Por que haveria um homem de pensar em ”até que a morte os separe”, quando tinha mulheres que se entregavam sem compromisso? Não que Emilia não compreendesse a geração atual, mas gostava dos compromissos da vida familiar e fora esperta o suficiente para se guardar até o momento certo.


Mas, no mudo de hoje, a mulher deveria oferecer ao homem um desafio. Uma excitação. E, mesmo assim, Emilia desconfiava que os meninos refugariam. Os Lanzani necessitavam de uma mulher especial que lhes despertasse o interesse e os mantivesse.Emilia suspirou. Que ironia, ela, uma mulher que considerava o casamento e os filhos seu ideal, criara três filhos que acreditavam que a palavra solteiro era sagrada. Com essa atitude deles, nunca teria os netos que almejava e eles jamais teriam a felicidade que mereciam.


“Algumas recomendações, Emilia.” A médica fechou a ficha e a olhou. “Sugiro que mantenha um vidro de antiácido em casa, no caso de urgência. Em geral, uma xícara de chá é o melhor remédio.”


“Nada de pedir uma pizza tarde da noite?” Encarou o olhar divertido da jovem.


“Temo que não. Deverá arrumar outra maneira de se distrair.”


Emilia apertou os lábios. Os sacrifícios que fazia pelo futuro. Pelos filhos. Lembrou, então, que Gaston e Nicolas estariam de volta a qualquer instante e a médica não respondera à pergunta mais premente.Emilia deixou o olhar subir pelo corpo esbelto da médica. “Não quero insistir, mas...”


A dra. Gaines sorriu, claramente se divertindo. “Sou casada e, mesmo que não fosse, tenho certeza de que seus filhos prefeririam escolher pessoalmente as esposas.”


Emilia abafou a decepção e abanou a mão em resposta. “Como se eles conseguissem achar suas próprias mulheres. Bem, devo dizer esposas. Nada a não ser uma emergência de vida ou morte os forçaria a escolher uma mulher e se assentar...” A voz de Emilia se esvaiu enquanto o significado das palavras penetrava-lhe a mente.


Uma emergência de vida ou morte. A única coisa que convenceria os meninos da necessidade de se casar. A emergência de vida ou morte dela.


Enquanto o plano se estruturava, a consciência de Emilia suplicava para que abandonasse essa idéia. Era cruel levar os filhos a crer que estava mal. Por outro lado, era para o bem deles. Não lhe negariam nada, não se ela realmente precisasse deles e, usando essa bondade, Emilia os conduziria à felicidade duradoura. Não que eles soubessem ou gostassem disso a princípio.


Mordiscou os lábios. Era um risco. Mas, sem netos, a solidão assombrava o futuro, assim como, sem esposa ou família, ela seria enorme para os rapazes. Queria que tivessem mais do que lares e vidas vazias, o tipo de vida que tinha desde a morte do marido.


“Doutora, meu diagnóstico é confidencial?”


A médica lhe deu um olhar enviesado. Sem dúvida estava acostumada a essa pergunta, mas apenas nos casos mais graves. Emilia conferiu o relógio de pulso. O tempo para o retorno dos filhos se esgotava. O novo plano, assim como o futuro da família, dependiam da resposta da mulher e Emilia esperou batendo o pé com impaciência.


“Sim, é confidencial”, disse a dra. Gaines com uma risada bem-humorada.


Emilia relaxou um pouco. Apertou o roupão hospitalar de algodão um pouco mais. “Bem, por certo que não quer se expor às perguntas dos meus filhos, portanto, agradeço por tudo.” Estendeu a mão educadamente, quando na verdade queria enxotar a mulher pela cortina antes que a cavalaria chegasse com perguntas incisivas.


“Foi um prazer e uma agradável experiência conhecê-la. O dr.Torre estará de volta ao consultório amanhã. Se tiver algum problema antes, não hesite em me ligar.”


“Claro que não”, disse Emilia.


“Então, qual o problema?” Nicolas, o do meio que ninguém conseguia ignorar, atravessou a cortina cerrada a toda com Gaston colado aos calcanhares. A natureza brusca de Nicolas imitava a personalidade da mãe. O cabelo loiro pareciam-se com os da mãe antes de a cabeleireira assumir o comando e trocar o tom do cabelo para uma cor de mel clara que disfarçava o grisalho e os olhos eram azuis como os do pai.


Em contraste, Gaston e Nicolas tinham os cabelos bem loiro e olhos de um azul resplandecente. O caçula era a imagem viva do pai. O físico forte e o cabelo escuro sempre a lembravam de Nicolas,seu marido,mas ele tinha os olhos verdes da mãe. Apenas as personalidades eram próprias.


Gaston se postou em frente ao agitado irmão e encarou a médica. “O que ela tem?”


“Penso que ela gostaria de contar pessoalmente”, disse a médica e se esgueirou para trás da horrorosa cortina colorida.


Ignorando a pontada de culpa em prol de um bem maior e se convencendo de que, ao final, eles lhe agradeceriam, Emilia piscou, contendo as lágrimas, e colocou a mão trêmula sobre o coração. Então, discorreu para os filhos sobre sua frágil saúde e o desejo antigo.


 


 



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Autor(a): m.

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • lokaloucaporlaliter Postado em 16/07/2014 - 11:56:37

    Por favor volta continua, por favor adorei sua fic. Se voltar prometo q vou ficar comentando.

  • glanzani Postado em 18/05/2013 - 14:21:39

    'Sua mariana' kk aiai, daqui a pouco o Peter vai começar a imaginar ela vestida de policial dançando pra ele kk /soqn u.u pooosta mais

  • daniilanzani Postado em 12/05/2013 - 20:39:46

    MAISSS por Favor maissss encontro laliter*-*

  • sofiasouza Postado em 12/05/2013 - 19:21:21

    O que que ela esta esperando pra aceitar esse Deus Grego de novo na vida dela kkkkk Posta mais a web esta ótima

  • sofiasouza Postado em 10/05/2013 - 18:46:56

    Continua pf ,esta muito boa

  • gabskrum Postado em 05/05/2013 - 22:10:14

    ` aaaaah posta mais

  • gabskrum Postado em 01/05/2013 - 16:55:51

    ` aah, poosta por favor *-*

  • glanzani Postado em 01/05/2013 - 16:53:31

    Pra que nos deixar curiosas? Pooooooooooosta

  • sofiasouza Postado em 26/04/2013 - 14:45:34

    Posta mais estou amando a web ,tmb que ver o encontro deles

  • porsiemprelaliter Postado em 23/04/2013 - 18:14:41

    leitora nova (: , amaaaaando dms posta maaaais , nescessito do reencontro laliter


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