Fanfic: Vivendo Nos Ares ⋆ Vondy, Chaverroni, Ponny | Tema: RBD - Vondy, Chaverroni, Ponny

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― Você está linda, querida. ― Disse a senhora Portilla para sua filha mais nova.

Anahí sorriu para a mãe do seu jeito adorável e a viu deixar o quarto para recepcionar os numerosos convidados que estavam na área externa da casa. Buscando não prestar atenção no mar de vozes que invadiam o lugar, ela se olhou no espelho e viu que estava mesmo muito bonita.

Do lado de fora, no quarto ao lado, Angelique abria uma das suas quatro malas em busca do vestido vermelho que trouxera especialmente para a ocasião. Ou será que o deixara em sua mala de inverno? Teria ele ficado no último país que ela visitara? Deus sabia o quanto era complicado coordenar aquela vida.

Quando a madrasta abriu a porta, a fechando atrás de si logo em seguida, a filha mais velha dos Portilla respirou fundo. Sabia o que viria a seguir e decidiu não tomar a iniciativa nos fatos.

― Ainda não se vestiu, Angel? ― Começou ela, olhando com reprovação.

― Não, Marichelo. ― Ela sorriu como costumava fazer com seus clientes aborrecidos, finalmente achando o vestido que procurava e o mostrando. ― Mas já estou indo.

― Você sabe que esse é um dia muito especial para a sua irmã, então comporte-se. ― Angelique a ouviu dizer, enquanto ia até um canto do cômodo para vestir-se.

― Eu não voei longas oito horas até aqui para destruir todos os seus planos. Ainda que isso possa soar brincadeira pra você, é um trabalho sério e desgastante. ― Bufou irritada, em resposta. ― Agora, se me permite, vou dar os parabéns a Anny.

Angel atravessou o corredor em passos rápidos, apesar dos imensos saltos que usava, mas já estava acostumada com aquilo. Ao tocar a maçaneta da porta do quarto da irmã, respirou fundo e colocou seu sorriso Pan Am no rosto. A caçula não merecia mais um peso sobre si, considerando que já devia estar suficientemente ansiosa pelo seu casamento.

― Anahí? ― A voz da mais velha se fez ouvir, enquanto a porta era aberta e fechada novamente com rapidez. ― O que houve?

― Eu não posso, Angel. ― Foi a resposta chorosa. ― Não posso fazer isso.

Ali como ela estava, Angelique pensou, parecia uma boneca que fora esquecida de canto. O rosto estava contorcido em choro e o vestido branco começava a ficar molhado de lágrimas. Anahí ainda era uma criança aos olhos da irmã e era visível que ela não tinha entendido a dimensão daquele tipo de decisão. Quer dizer, ela havia acabado de entender.

― Escute, é a sua vida. Você precisa decidir o que quer fazer a partir de agora. ― Angel disse, ajudando Anny a se levantar e sentar na cama.

― Eu não posso me casar. Sou tão jovem e... Ainda não fiz nada de especial, Angel. ― Ela falou rápido demais, secando as lágrimas. ― Você me entende?

― É claro que eu te entendo, Anny. ― Ambas se abraçaram fortemente. ― Venha, essa é a hora de viver sua primeira grande aventura.

Os últimos convidados que chegavam à frente da casa dos Portilla viram quando a noiva e a madrinha correram em direção ao carro, erguendo os longos vestidos. Angelique trazia as quatro malas equilibradas nos braços, dando um ar cômico à tudo aquilo.

― Anahí, você está linda! ― Uma simpática senhora disse, não entendendo de fato o que era aquela correria. ― Tome, trouxe para você.

― Obrigada, senhora Morales. ― A garota parou por um breve segundo, apanhando o embrulho e beijando a velha mulher nas bochechas. ― Aproveite a festa.

E lá estava Anny correndo na direção do carro outra vez, uma caixa imensa nos braços, abrindo a porta e caindo desajeitadamente no banco do passageiro.

― Papai ainda deixa as chaves no quebra-sol? ― Foi a pergunta da mais velha, que não aguardou resposta e logo checou o lugar, encontrando as chaves. ― O que você quer fazer, Anny?

― Eu quero sair daqui. ― Ela respondeu nervosa, olhando na direção da porta da casa e encontrando a mãe descendo os primeiros degraus.

― O que vocês estão fazendo?! ― A senhora Portilla gritou irritada, mas não teve tempo de alcançá-las, visto que Angelique deu a partida no carro.

― Eu quero conhecer o mundo! ― A mais nova falou, com um sorriso no rosto.

― Essa é a minha garota. ― Angel riu divertida, rumando pra uma lanchonete onde ela costumava levar a irmã.

Olhando-a melhor, agora que não mais chorava, viu que ela estava mesmo linda. Parecia uma atriz hollywoodiana ou aquelas garotas nas passarelas. Já Angelique era mais parecida com o pai, ainda que tivesse os mesmos cabelos loiros.

― Eu vou ser aeromoça da Pan Am! ― Disse Anahí, dando o primeiro sorriso genuíno do dia.

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claudiarafa.s2: Que bom que gostou! Obrigada por ler e comentar :3