Fanfic: Vivendo Nos Ares ⋆ Vondy, Chaverroni, Ponny | Tema: RBD - Vondy, Chaverroni, Ponny

NOTA

VOU ESTAR PUBLICANDO ATÉ O CAPÍTULO 7, QUE SÃO OS QUE JÁ TENHO PRONTOS. SE ESTÃO GOSTANDO E QUEREM MAIS, COMENTEM! É TRISTE POSTAR E NÃO TER NENHUM COMENTÁRIO. EU ME FORMEI RECENTEMENTE COMO AEROMOÇA, ENTÃO ME EMPOLGO UM POUCO COM O VOCABULÁRIO. SE TIVER ALGO QUE VOCÊS NÃO SAIBAM O QUE É, ME PERGUNTEM! DE TODO MODO, OBRIGADA POR LEREM :3

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Quando Angelique avistou o curioso homem que xeretava as revistas, seu corpo estremeceu, mas ela foi em frente. Sua nova condição exigia esse tipo de decisão rápida. Ao encostar-se no balcão da loja central do aeroporto, sentiu a aproximação vagarosa.

― Chicletes, por favor. ― Angel pediu de repente, sem muita idéia do que comprar enquanto aguardava.

― Gostaria de um exemplar dessa revista. ― Dissera o homem à atendente. Seu sotaque era levemente diferente, mas ela não soube dizer de onde.

― Pode ficar com a minha. ― Ela sorriu.

― Então, um maço de cigarros e os chicletes da senhorita. ― Revidou o homem. ― Pode ficar com o troco.

Quando ele se afastou, Angelique o seguiu sutilmente até um estande de revistas ao lado. Era quase hora de embarque e o aeroporto estava agitado, ninguém iria se dedicar a prestar atenção neles.

― Pronta para sua primeira missão? ― O homem questionou, não esperando por uma resposta e entregando algo que Angel preferiu não ver, apenas guardar na bolsa. ― Haverá um homem embarcado no seu avião, Eddy Vilard. Seu dever é trocar o passaporte dele por este irregular, para que ele seja barrado no próximo aeroporto.

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Agora ela estava ali, observando na lista de passageiros quem seria a sua vítima. Independente de qual fosse a razão, o homem deveria ser realmente perigoso aos interesses do governo, visto que deveria ser barrado de imediato. Olhando pra ele, na sua poltrona, parecia mesmo irritadiço e pouco admirável. 

― O senhor aceitaria uma bebida? ― Ela disse, seu habitual sorriso Pan Am no rosto.

― Não. ― O homem se resumiu a dizer, erguendo os olhos na direção dela e logo os pousando novamente na revista que lia.

― Talvez um travesseiro, para se sentir mais confortável? ― A comissária tentou mais uma vez, porém não obteve sequer uma resposta.

Derrotada na sua primeira tentativa, Angel avistou a maleta destrancada na poltrona à frente . O passaporte estava ali, ela sabia. Era uma intuição muito forte e estava disposta à segui-la, mas como?

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― Os pilotos estão lá, não? ― Anahí perguntou à Dulce, sua chefe de cabine, e apontou para o cockpit.

Ambas estavam na galley¹, cada uma dedicando-se à uma das tarefas ali existentes para o início do serviço de bordo. Quando a loira olhou para a ruiva, logo notou que ela parecia ser mais ousada do que as outras meninas. Quando a ruiva olhou para a loira, viu que - como novata - ela era completamente inocente. E se divertiu com isso.

― Não, eu acho que não. ― Dulce forçou seriedade na resposta, rindo por dentro, mas Anahí não notou. É claro que os meninos estavam lá, pilotando o avião, mas ela queria se divertir.

― E onde eles estão? ― A novata arregalou os olhos, temerosa. Não queria demonstrar medo de voar agora que era uma aeromoça, mas Dulce dissera que ninguém estava pilotando. Isso era algo pra se preocupar. ― Eu deveria procurá-los? Oh, me desculpe!

― Não, não se preocupe, Laura. ― A chefe de cabine olhou para ela, demonstrando calma. ― Eles devem apenas estar fazendo o que sempre fazem.

― E… O que eles sempre fazem? ― Anny estreitou os olhos, esboçando o rosto de uma criança em misto de curiosidade e medo de descobrir.

― Ah, você sabe. ― Dulce riu brevemente, servindo um copo de água pra si. Ou, pelo menos, Anny esperou que fosse água mesmo. ― Pilotos… Comissárias… Com certeza estão se divertindo lá atrás. Eu, particularmente, prefiro o mecânico.

― Eles estão se beijando? ― A mais nova sussurrou chocada, não acreditando que havia ido parar numa profissão daquelas.

― Bem, esse é o começo. Considerando o tempo que estão lá, já devem estar sem as roupas. ― A mais velha sorriu. ― Sua irmã é a preferida deles, ela nunca contou à você?

― Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus!

― Ei, não precisa entrar em pânico. ― Dulce olhou para o corredor, se certificando de que as meninas estivessem longe. ― Escute, logo será a sua vez. Provavelmente será o Poncho e ele também é legal, ainda que não seja o piloto. Relaxe.

Dulce provavelmente teria dito mais uma série de mentiras, com o intuito de se divertir por uns instantes antes de aturar os passageiros chatos e exigentes. Porém, assim que considerou dizer que aquilo era brincadeira, o sinal luminoso que indicava o chamado de um passageiro ficou visível na galley.

― Pode resolver isso pra mim, querida?

― Claro… ― A garota respondeu um tanto incerta, ainda dissolvendo as coisas que haviam sido ditas. Estava mesmo levando à sério. Como ninguém dissera à ela que não se podia levar Dulce Saviñon à sério?

Assim que viu que a garota se aproximava do passageiro, Dulce correu até a cabine de comando, fechando a porta atrás de si. Quando a viram ali sem a bandeja em mãos, ainda que a companhia fosse muito bem vinda, os garotos a olharam com estranheza. Fora dos `lanches`, as comissárias não entravam no cockpit sem serem chamadas, ao menos que fosse um caso de emergência. Mas é claro que Dulce era diferente.

― Poncho, preciso de um favor seu. ― Ela sorriu, vendo-o concordar com a cabeça. ― Eu disse à novata que todos nós aqui ocasionalmente vamos ao fundo do avião e nos divertimos à beça.

― Não acredito que você disse isso. ― Christopher tentou repreendê-la, mas riu. ― Ela já deve estar suficientemente apavorada.

― Você fala como se ela desperdiçasse a chance de dar um bom trote em um recém-chegado. ― Fercho disse, revirando os olhos. ― Experiência própria.

― Ei, prestem atenção. ― Poncho elevou o tom da voz, olhando Dulce. ― Vocês estão mudando o rumo da conversa e ela muito me interessa. O que você quer que eu faça com a novata? Devo tornar sua mentira real?

― Ora, não seja um pervertido! ― Dulce gargalhou, divertida. ― É quase isso, mas não precisa concluir o ato. Eu vou interromper quando for a hora e dizer que ela acabou de ser vítima das minhas boas-vindas. Não é genial?

 galley¹ = a cozinha do avião, onde fica o trolley, aquele carrinho que utilizam pra carregar as refeições e bebidas; e onde ficam, geralmente, um ou dois comissários de plantão.