Do outro lado da boate, Dul disse ao chegarem à pista:
- Até que enfim chegamos.
Chris: É aqui é muito grande e de sexta-feira, enche de gente mesmo... Importa-se de dançar comigo?
Dul: Já imaginava que vc ia pedir isso moço.
Chris: Mas eu posso?
Dul: Tudo bem, mas me promete uma coisa?
Chris: O que vc quiser.
Dul: Não tenta nada ok? Se tiver que rolar, deixa rolar sozinho.
Chris: Tah ok, mas tem medo de eu tentar e vc não resistir?
Dul abaixou a cabeça e ao erguer puxou Chris pra mais fundo da pista sem dizer nada.
Na mesa, Poncho cochichou no ouvido de Any:
- Vamos sair daqui?
Any: Tem certeza?
Poncho: Uhum... Quero ficar sozinho com vc.
Any: Tah ok, vamos.
Poncho: Pessoal daqui a pouco voltamos... Vamos ficar no 2º andar que ta mais vazio ok?
Derrick: Vai lá.
Os dois saíram sem saber que estavam sendo seguidos.
Minutos depois Henrique e Renata entraram na boate e Claudia indo encontrá-lo disse:
- Oi fui eu e meu amigo quem mandamos a carta pra vcs.
Renata: Por que nos mandaram vir pra cá?
Kuno: Pra vcs verem que não estamos mentindo.
Henrique: Onde estão nossos filhos?
Fuzz: Eles estão no 2º andar, se beijando. - disse chegando ofegante.
Renata e Henrique fizeram uma cara de desagrado e Kuno disse:
- Venham com a gente.
Os dois seguiram os três.
Na mesa Mai disse:
- Ai meu deus eu to ficando louca, ou aqueles são os pais da Any e do Poncho?
Derrick: Cara são mesmo, eles estão indo pro segundo andar, mas quem são aqueles três?
Angel: A gente tem que dar um jeito de impedir uma tragédia. - se levantando da mesa correndo.
Fercho: Gatinha, vamos atrás da Dul e do Chris, acho que a festa vai acabar em minutos.
Mai: Droga vamos. - e saiu correndo com ele enquanto os outros foram tentar impedir Henrique e Renata.
Eddy: Henrique, Renata o que fazem por aqui? - perguntou chegando onde estavam.
Henrique: Onde esta minha filha?
Renata: E o Alfonso?
Josi: Estão lá em baixo.
Fuzz: Mentira estão bem ali.
Angel: Vcs? Como ficaram sabendo?
Claudia: Fuzz viu Any e Poncho se beijando quando chegamos de férias e eu escutei combinando a festa.
Kuno: Conseguimos tirar umas fotos de quando estavam na sorveteria e na sala de esportes do colégio e mandamos pra eles.
Fuzz: Olha ali eles.
Henrique e Renata se viraram e viram Any e Poncho abraçados se beijando. Ao se separarem, o sorriso que estava no rosto de Any se desfez ao ver o pai que se aproximou e perguntou furioso:
- O que ta acontecendo aqui?
Renata: Filho vc e Any estão juntos?
Na pista Dul e Chris dançavam animados quando a música acabou Chris disse:
- Te amo muito Dul.
Ela tentou se afastar, mas ele a segurou mais forte colando mais ainda seus corpos, foi aproximando seu rosto do dela e quando estavam quase se beijando uma voz os acordou.
Xx: Dul... Chris! Até que enfim achamos vcs dois.
Dul: Mai, Fercho o que aconteceu?
Fercho: Os pais da Any e do Poncho estão na boate.
Chris: O que? Como eles souberam que estariam aqui?
Mai: Não sabemos, mas vamos logo, acho que a essa altura descobriram dos dois.
Dul: Do jeito que eles são vão dar um ataque quando vê-los juntos.
Os quatro saíram correndo passando no meio das pessoas.
No 2º andar Henrique gritou:
- RESPONDE ANAHÍ! Estão juntos?
Any: Sim estamos juntos.
Renata: Ai meu deus, desde quando?
Poncho: A gente se acertou nas férias.
Henrique: Mas... Vcs estão malucos, são irmãos não podem fazer isso.
Any: Não somos irmãos papai e o senhor sabe muito bem disso.
Renata: Foram criados como tais, não importa.
Poncho: Acontece que a gente se apaixonou e queremos ficar juntos, vcs não podem impedir.
Angel: Eu tenho vontade de te matar. - encarando Fuzz que riu.
Derrick: Não meu amor, não faz nada. - segurando-a.
Estefi: Senhor...
Henrique: Não se metam... Todos vcs sabiam? - olhando os amigos.
Dul: Sim... Sabíamos! - chegando cansada.
Renata: Filho como foi capaz? Vc e Any...
Poncho: Não! - respondeu morrendo de vontade de dizer que eles atrapalharam quando quase conseguiram.
Henrique: Vc vem comigo pra casa agora Anahí.
Any: Não! - abraçando Poncho.
Mai: Senhor não leva ela.
Henrique: Já disse pra não se meterem... Quanto a vc Alfonso eu não posso fazer nada que não é meu filho, mas vc Anahí depois dessa... Vai ficar sem celular, vou te levar pra casa da sua avó nos Estados Unidos e vai terminar os estudos lá, por sorte ainda estamos no começo das aulas.
Any: Eu não vou pra lugar nenhum. - respondeu brava, os olhos marejando.
Henrique: Vc vai sim e enquanto não for viajar, vai ficar trancada no quarto sem falar com nenhum de seus amigos... Vamos! - puxando-a pelo braço.
Any: Me solta... Poncho!
Poncho: Larga ela. - tentando puxá-la.
Fercho: Senhor, por favor.
Henrique: Já disse pra calarem a boca, vamos Anahí e dê adeus a seus amigos, nunca mais vai vê-los ou falar com eles, enquanto não tirar essa idéia absurda de namorar seu irmão.
Poncho: Não somos irmãos quando vão entender.
Renata: Filho...
Poncho: Me deixa, eu odeio a senhora.
Henrique saiu arrastando Any que saiu chorando. Todos olharam os amigos, Poncho e Renata foram logo atrás tentaram falar com Henrique em vão. Ele colocou a filha dentro do carro e saiu com Renata que tentou em vão conversar com Poncho.
Assim que o carro partiu Poncho começou a esmurrar a parede e chutar tudo na sua frente, enquanto chorava. Nesse momento Fuzz, Kuno e Claudia saíram pra fora.
Poncho: Eu odeio vcs.
Chris: Se acalma Poncho. - segurando-o com a ajuda de Derrick pra que não fizesse uma besteira.
Fuzz: Bem feito pra vcs. - e saiu com os amigos sorrindo.
Poncho: Me larga. - furioso tentando se soltar.
Eddy: Calma, vai dar tudo certo.
Poncho: Como? Any agora ta sem celular, vai ficar trancada no quarto incomunicável e em breve vai viajar.
Estefi: Calma a gente vai dar um jeito, calma.
Poncho deu um murro na parede e se sentou no chão chorando.
Angelique: Não chora, vamos ajudá-los no que precisar.
Poncho apenas abaixou a cabeça ainda chorando, sentia-se impotente por não ter podido fazer nada.
Any chegou em casa ainda sendo arrastada pelo pai que perguntou ao largá-la:
- Vcs não tiveram nada mesmo?
Any: Não graças à vcs dois... Quando estavam quase lá, vcs chegaram bem na hora. - gritou pra provocá-lo.
Henrique se enfureceu e descontou na filha dando-lhe um tapa derrubando-a com violência no chão. Any colocou a mão no rosto chorando e disse encarando o pai:
- Eu te odeio... Odeio vcs. - gritou e subiu correndo.
Henrique: Aproveite que não vai ter o que fazer no seu quarto e comece a arrumar suas malas, em poucos dias vai viajar.
Como resposta só ouviu a porta do quarto bater com força. Any deitou na cama chorando e ficou assim até acabar dormindo recusando comer a comida que Renata trouxe mais tarde.
Na casa de Eddy o mesmo disse:
- Vc fica por aqui até pensarmos numa maneira de tirar ela de lá.
Josi: Mas como vamos saber?
Poncho: Eu conheço o Henrique... Amanhã ele vai comprar as passagens, eu vou entrar na casa dele quando ele e minha mãe estiverem trabalhando e vejo.
Derrick: Vc nos avisa esta bem?
Poncho balançou a cabeça que sim.
Dul: Gente eu tenho que ir, esta tarde já e se eu não voltar, meu pai me mata.
Chris: Eu te levo.
Todos se despediram de Poncho e Eddy e foram embora pra casa.
No dia seguinte à tarde, Poncho como tinha as chaves de casa entrou tranquilamente e a primeira coisa que fez foi ir ao escritório ver se realmente Henrique tinha comprado às passagens. Revirou as gavetas e acabou encontrando o passaporte de Any e as passagens de vôo para Washington marcado para dali três dias. Guardou tudo no lugar e sabia que Any deveria estar presa no quarto.
Foi até o quarto e pegou a cópia da chave do quarto da Any, tinha feito uma assim que voltaram de viajem pra poder entrar no quarto dela e fazer suas "surpresas".
Ao chegar ao quarto dela, abriu a porta e se aproximou com cuidado pra não fazer barulho. Viu uma bandeja com um copo de suco, uma maça, um pedaço de bolo de chocolate e algumas torradas, estavam tudo intacto.
Poncho: Será que não comeu nada desde ontem? Droga a culpa é toda minha.
Aproximou-se da cama e sentou de frente pra Any que dormia com uma aparência triste, Poncho tocou seu rosto e percebeu que o travesseiro estava úmido, na certa Any tinha chorado até dormir. Deu um beijo no rosto dela que se mexeu e disse abrindo os olhos:
- Poncho? É vc ou to sonhando?
Poncho: Eu to aqui, meu amor. - acariciando o rosto dela.
Any então o abraçou com força dizendo:
- Eu sabia que vc ia dar um jeito de entrar, sabia que a cópia do quarto que te dei seria útil, me tira daqui meu amor, por favor. - começando a chorar.
Poncho: Eu vou te tirar daqui, mas não pode ser hoje. - enxugando suas lágrimas.
Any: Por quê?
Poncho: Se fugir seu pai e minha mãe vão atrás de todos os nossos amigos e vão nos achar.
Any: O que vamos fazer? Eu não quero ir pra casa da minha avó.
Poncho: Nós vamos fugir no dia da sua viajem.
Any: Como? Meu pai disse que vai haver seguranças por toda a casa e no aeroporto me esperando.
Poncho: Mas vc não vai chegar ao aeroporto.
Any: Então o que vamos fazer?
Poncho: Eu vou te explicar ok?
Any: Ta. - respondeu parando de chorar.