Fanfic: Uma Nova Rotina | Tema: RBD "Quebrando a Rotina"

Após jantarem todos foram para suas casas. Dulce fora para a casa de sua mãe, já que a mesma ordenara que ela ficasse em sua casa até o casamento pois assim poderia cuidar da mesma. Anny e Mai continuavam no apartamento que viviam antes, embora a maioria das noites passavam ou na casa dos pais ou com os namorados.

Dulce acordou por volta de 3 da manhã, e fora até o quarto dos pais. Sem nem mesmo bater na porta, ela entrou e se deitou entre eles.

Blanca: Dulce? (Sentou-se na cama preocupada enquanto ligava a luz do abajur) O que faz aqui? ( Olhou a filha encolhida de olhos arregalados olhando pra ela)

Fernando: O que foi? (acordou olhando as duas) Aconteceu algo?

Dul: Só estou enjoada. (fez bico) Posso dormir aqui?

Fernando: Dulce, você não é mais criança.

Blanca: Fernando, ela ainda é nossa filha. (o repreendeu)

Fernando: Está certo. Está se sentindo bem? Nem vimos você chegar.

Dul: Ficamos conversando até tarde.

Blanca: Falei para o Christopher não fica até tarde com você lá.

Dul: Eu sei, mas estava divertido.

Blanca: Se comportou?

Dul: Sim.

Blanca: Comeu?

Dul: Sim. (fez careta) Mas vomitei tudo.

Fernando: Não pode ficar sem nada no estômago.

Dul: Eu estou bem. (suspirou)

Blanca: Tem certeza? (ela não respondeu) Dulce, não nos deixe preocupados.

Dul: Sim. (deu de ombros)

Blanca: Tudo bem. (suspirou) Vamos dormir. (apagou novamente o abajur e se deitou e o silêncio voltou a pairar)

Dul: Boa noite mamãe, boa noite papai. (falou com a voz falha depois de poucos minutos)

Fernando: Filha. (puxou-a para deitar sobre seu peito) O que você tem?

Dul: Nada.

Blanca: Quem nada é peixe Maria. O que foi hein? Brigou com o Ucker?

Dul: Não.

Blanca: Está sentindo alguma coisa? (acariciou a cabeça da filha)

Dul: Não.

Blanca: Fala pra gente o que você tem filha. Somos seus pais.

Dul: Não é nada. (tentou segurar um suluço mas sem êxito)

Fernando: Deixa ela Blanca. Conhece sua filha, quando ela não quer falar ela não fala. (Beijou a cabeça dela) A gente te ama muito minha pequena.

O sol apontou e Dulce ainda chorava sem se quer falar nada. Blanca levantou-se e foi até a sala para ligar para Christopher.

Blanca: Ucker.

Ucker: Blanca? (perguntou sonolento)

Blanca: Você e a Dulce brigaram?

Ucker Não.

Blanca: Aconteceu alguma coisa ontem naquele jantar?

Ucker: Não. Por quê?

Blanca: Dulce chorou a noite inteira, e ainda está chorando. Não sei o que fazer, pois ela nem para de chorar, nem conta o que está passando.

Ucker: Chorando? (ela confirmou) Estou indo pra sua casa. (falou preocupado)

Blanca: Ok! Vou te esperar. (desligou o telefone e voltou para o quarto) Fernando? (chamou ao ver que não tinha ninguém no mesmo)

Fernando: Aqui no banheiro Blanca.

Blanca: (foi até o banheiro vendo Dulce vomitar e Fernando segurá-la pela cintura) O que houve?

Fernando: Ela está enjoada.

Blanca: Não tem nada no estômago dela pra ela voltar.

Fernando: Faça um leite pra ela tomar.

Blanca: Ok. Já liguei para o Christopher.

Fernando: Ótimo, quem sabe ele descobre o que ela tem.

Claudia: Mãe? (Perguntou sonolenta dentro do quarto)

Blanca: estamos aqui no banheiro.

Claudia: O que aconteceu? Estou ouvindo lá do meu quarto.

Blanca: Ela não fala o que tem.

Claudia: Ela está péssima. (olhou a irmã seguir até a pia para lavar o rosto) Está sentindo alguma dor Dul? (ela negou) O que você tem hein?

Dul: Já disse que nada. (abraçou o pai)

Claudia: Não sei que quem não tem nada fica desse jeito.

Fernando: Estamos preocupados Dulce, você chorou a noite inteira, não fala o que tem.

Dul: Eu estou bem, juro. (mordeu o lábio inferior)

Blanca:  Vou fazer algo pra você comer. (foi até ela e beijou-lhe a testa) Seu noivo está vindo pra cá. (ela sorriu)

Dul: Mamãe.

Blanca: Oi.

Dul: Deixa. (suspirou) Depois a gente conversa.

Blanca: Tudo bem, agora deita e descansa. (beijou-lhe novamente a testa e saiu)

Fernando: Vamos pro quarto mocinha. (abraçou a filha pela cintura e a levou até o quarto)

Clau: Essa menina não é normal. (sentou-se ao lado dela) Maninha, porque você está assim.

Dul: Já disse que não é nada caramba.  (abraçou o travesseiro virando-se de costas pra ela)

Clau: Claro que não é nada. Seus olhos estão mais vermelhos que seu cabelo, seu rosto está inchado, você chorou a noite inteira e ainda diz que não é nada?

Fernando: Deixa ela Cláudia. Se ela não quer falar, é problema dela. (suspirou)

Clau: Mas ela é minha irmã, e me preocupo com ela papai. Não dói em vocês vê-la nesse estado e não poder ajudar?

Fernando: Dói Claudia, mas devemos respeitar o espaço dela. Ela não é mais um bebê. Vai se casar em alguns dias e já está até grávida. (revirou os olhos) Eu vou ser avô. (sorriu) Avô.  

Clau: Papai? (riu ao ver a cara de obo dele)

Fernando: Agora que caí a ficha, desculpem.

Dul: É sério?  (enxugou as lágrimas e o olhou)

Fernando: Dulce, você não é casada, é minha filha mais nova e já está grávida. Sei que já é adulta, mas para mim e sua mãe você sempre será nossa garotinha.  (abaixou-se perto dela a olhando)

Dul: Não foi o que você disse de madrugada. (fez bico)

Fernando: Desculpa. Você chegou no meio da noite deitando no nosso meio. (riu)

Dul: Eu queria colo.

Fernando: Minha mimada. Eu te amo muito e mesmo não sendo o melhor pai do mundo, conte sempre comigo.

Dul: Mas você é o melhor pai do mundo.

Clau: Concordo com ela.

Dul: E vai ser o melhor avô também. (sorriu ao ver o mesmo por a mão sobre o ventre dela) E sei  que ele ou ela vai te amar muito.

Ucker: Assim eu vou ficar com ciúmes. (falou da porta)

Dul: Bebê. (sorriu se sentando na cama)

Ucker: Ainda está viva? (caminhou até ela)

Dul: Sim. (sorriu)

Ucker: Bom dia Clau, bom dia Fernando.

Clau: Bom dia cunhado.

Fernando: Bom dia. (se levantou do chão) Vou lá na Blanca, licença.

Ucker: Como você está minha pequena? (sentou-se perto dela selando os lábios da mesma)

Dul: Estou bem. (respondeu baixo)

Clau: Vou deixar vocês conversando. (saiu do quarto e encostou a porta)

Dul: Seu cabelo está todo bagunçado, e está com a cara toda amassada.

Ucker: Sua mãe me ligou a essa hora, acha que eu ia perder tempo me arrumando. Olha, eu estou de pijama Maria.

Dul: Eu estou vendo. (riu)

Ucker: E você ainda ri. Posso saber o que te deu? Fiquei preocupado.

Dul: Já cansei de dizer que não é nada, mas ninguém me escuta.

Ucker: Você chorou a noite inteira.

Dul: Eu sei. (revirou os olhos)

Ucker: Por que chorou?

Dul: Não posso chorar mais?

Ucker: Pode, mas ninguém chora à toa.

Dul: E se eu chorar?

Ucker: Levando em conta que você é um bicho estranho. (ergueu uma sobrancelha)

Dul: Não sou um bicho estranho Uckermann. Só sou uma garota que tem sentimentos, que tem medos ok? (virou-se para se levantar e ele a segurou)

Ucker: Medo?

Dul: Sim.

Ucker: De quê?

Dul: Me deixa Chris.

Ucker: Não acordei a essa hora pra assistir ceninha sua Dulce. Se estou aqui é porque me preocupo.

Dul: Eu sei. (abaixou a cabeça deixando uma lágrima escapar) Eu tenho medo Chris. Muito medo.

Ucker: Medo de quê princesa? (a puxou para perto de si e a abraçou) Me fala.

Dul: Eu não sei. Acho que de tudo. (escondeu o rosto no pescoço dele abafando um soluço) Eu... eu não quero mais ver ninguém, não quero falar com ninguém.

Ucker: E vai viver isolada do mundo?

Dul: Não. Não é isso. Não quero ver a banda. Não posso Chris.

Ucker: Dulce, do que está falando.

Dul: Eu não quero. Não quero.

Ucker: Calma minha vida. Não estou entendendo.

Dul: É culpa dele.

Ucker: De quem?

Dul: Dele Chris.

Ucker: Dele quem meu amor? (apartou-se dela e a fez o olhar) Dulce, respira com calma e me diz. (ela negou) Tudo bem. (beijou-lhe a testa) Vem, deita aqui. (arrumou o travesseiro pra ela)

Dul: Fica comigo.

Ucker: Eu estou aqui.

Dul: Não me deixa, não faz como eles.

Ucker: Não vou te deixar, eu prometo.

Dul: Nunca?

Ucker: Nunca.  (enxugou-lhe as lágrimas) Eu vou te proteger, te amar, cuidar de você, te fazer sentir bem. Vou cuidar de você e do nosso bebê ok? Eu te amo muito, e mesmo que eu me estresse contigo, eu nunca deixarei de te amar, porque eu acredito que existe algo que nos une.

Dul: Eu te amo Chris.

Ucker: Tenta dormir um pouco, você deve estar cansada.

Dul: Canta pra mim?

Ucker: Canto. (sorriu) Minha menina.

*Ucker começou a cantar uma música pra ela, e logo em seguida a mesma dormiu, segurando-lhe a mão. Ele ficou com ela e depois de ter certeza que ela havia apagado se retirou do quarto em silêncio. *