Fanfic: milonga... | Tema: portiñon

Ela foi descendo o beijo e mordeu com carinho meu queixo. Olhou meus olhos e
sorriu, subiu sua mão até a minha virilha e ficou acariciando ali devagar com a
unha. Minha respiração ia ficando mais forte, e meu coração continuava super
acelerado. Ela foi se inclinando um pouco e subiu minha blusa, seus lábios
quentinhos tocaram a minha barriga, e ela chupou ali com um pouco de força.
Deixei outro gemido fugir dos lábios e deslizei minha mão até seus cabelos,
acariciando e retirando da frente do seu rosto. Ela me olhou mais uma vez, dessa
vez seu sorriso era completamente malicioso e eu acabei sorrindo da mesma forma.
Ela levou as mãos até as laterais da minha calcinha e foi puxando ela pra baixo.
De repente me lembrei de tudo que já havia acontecido.. Eric sobre o meu corpo,
o quanto eu deveria ser diferente de todas as meninas normais. Ela deixaria de
me amar, ela veria que eu não era mais o que ela quer. Eu não poderia deixar que
fosse assim.. Que fosse como Eric, iria doer, era errado. Ela abaixou a calcinha
até os meus joelhos e foi se inclinando. Não, Dulce. Volta!

— Não! Quase gritei enquanto levava minhas mãos até o seu
rosto, tampando seus olhos. Tentei conter a vontade de chorar, mas era difícil
demais. Puxei seus braços até tirá-la de cima de mim e puxei um lençol que
estava ao lado pra me cobrir até a cabeça. Eu me sentia usada e envergonhada de
novo. Nunca ia conseguir superar o fato de que nunca me tocaram por bem

— Ei, amor.. Dulce tentou puxar o lençol, enquanto eu
chorava alto o suficiente embaixo dele.
— Me deixa, por
favor.. Ela não respondeu e de repente eu pensei que ela realmente havia
ido. Era só isso que ela queria, meu corpo.. Que nem ele, faria que nem ele..
Com ódio, só ódio..
— Anahí, por favor, para com isso..
Ouvi sua voz chorosa e depois ela estava me abraçando de lado. Afastei um
pouco o lençol pra olhar seu rosto e ela beijou o meu rapidamente. — Eu quero você, eu amo você, por favor.. É diferente. Eu
acreditava nela, mas tinha algo dentro de mim que me impedia. Que gritava por
medo, medo que fosse tudo igual. Tudo como antes.
— Eu
não consigo, me perdoa, me perdoa..Arrumei a minha calcinha o mais rápido
possível e abri o lençol pra ela se cobrir, ela se cobriu e nos abraçamos de
lado, nossas pernas entrelaçadas. Deixei meu nariz encostado no seu e ela levou
a mão até o meu rosto, limpando minhas lágrimas. Selou meus lábios e me puxou
pra mais perto.
— Eu te espero, meu amor..
Sussurrou e me apertou mais ao seu abraço. Eu deveria ser a confusão em
pessoa mesmo.