Fanfic: milonga... | Tema: portiñon
Abril de 1990 – Domingo
No outro dia Amélia estava de folga, e a Emmy praticamente não saia de sua
sala. A Reeh estava sentada em uma mesa e eu e a Dulce estávamos em outra.
Percebi que elas não paravam de se encarar, mas fiquei na minha. Levantei com o
meu prato para jogar o resto da minha comida no lixo e pareceu que foi apenas eu
me virar de costas para ouvir o barulho de pratos caindo no chão. Girei os olhos
rapidamente e pude observar a Dulce avançando sobre o corpo da Reeh sobre uma
das mesas. As meninas que estavam sentadas nos bancos, se levantaram gritando, e
eu fiquei parada. Sem saber o que fazer. A mão da Dulce acertou o rosto da Reeh
algumas vezes e logo depois a Reeh estava empurrando ela, tentei correr para
segurá-la, mas seu corpo bateu com força no chão e eu vi seus olhos se fecharem.
Meu coração pareceu não bater mais.
— DULCE!
Gritei, jogando meu prato com o máximo de força possível no chão. As meninas se
abaixaram, algumas balançavam seus ombros, e a Reeh estava paralisada, sentada
na mesa. Olhei seus olhos com muito ódio e vi uma lágrima tomar seu rosto,
avancei sobre elas e abracei a Dulce. Não sabia se ela estava respirando, eu
estava muito desesperada para pensar nisso. Tentei pegar o corpo da Dulce no
colo, mas eu era muito menor que ela. As meninas sairam correndo na direção da
enfermaria e logo alguns enfermeiros a levaram para lá. Não me deixaram entrar e
isso me deixou ainda pior. Eu estava encostada naquela parede branca e a única
coisa que eu podia enxergar eram outras paredes tão brancas quanto aquela.
Aquele silêncio estava me deixando louca, agoniada. Eu queria saber dela, eu
precisava que ela estivesse bem.
— Anahí.. Ouvi a voz da Reeh e girei meu rosto
devagar em sua direção. Ela fitou meus olhos, seu rosto estava muito vermelho e
as marcas dos dedos da Dulce estavam ali. Permaneci em silêncio e voltei a olhar
pra frente. — Precisamos conversar.. Balancei a
cabeça negativamente e olhei meus pés.
— Não temos o
que conversar.. Sussurrei, ela suspirou e se aproximou mais de
mim.
— Logo você? Vai me julgar sem me ouvir?
Olhei seus olhos e apertei os meus logo em seguida.
—
Logo eu? Como você tem coragem de dizer isso? Eu que deveria dizer, Regina. Logo
você? A pessoa que eu mais confiei, que mais teve de mim. Quantas noites eu
passei sem dormir porque você sentia saudades da sua mãe, quantas vezes eu
deixei de fazer qualquer coisa para cuidar de você quando você estava doente.
Quantas vezes eu tentei te ajudar em provas quando você não sabia! E o que você
fez? Então essa era você? Essa era minha melhor amiga? Enquanto eu
falava, ela foi caindo no choro, caminhou até um sofá tão branco quanto as
paredes e tentou não fazer barulho. Não me mexi.
— Eu
não queria machucar você.. Seu rosto estava entre as mãos. Eu não podia
vê-lo.
— Mas você o fez.. Por nada.. Ela me
olhou e eu mordi meu lábio inferior com força. Era uma reação minha para mostrar
que eu queria chorar.
— Você viu como me tratou? Eu
morri de ciúme! Balancei os ombros e ouvi um barulho dentro da sala. Não
pude reconhecê-lo.
— E isso no meu rosto? Ela deveria ter feito? Quando eu fui responder a porta se abriu e eu encarei a enfermeira. Ela me olhou alguns segundos como quem pergunta se incomodou algo e depois falou calmamente.
— Preciso que você fique calma. Na verdade, isso pra mim significava "Essa é a hora que você se desespera."
— Mas o que houve?!— Então, a Dulce.. Começou, eu a observei esperando que ela falasse logo. — Ela demorou a acordar e pensamos que ela tinha sofrido algo muito forte. Mas ela tá bem, só que corremos o risco de acontecer mais alguma coisa, vamos ter que fazer alguns exames porque ela bateu a cabeça com força. Assentimos.
— O que isso significa? Ela riu baixo e depois balançou os ombros.
— Que até sairem os exames, ela parece bem. A Reeh suspirou e o sorriso voltou a aparecer no meu rosto. Agradeci à Deus em pensamento.
— Então pra que aquele suspense? A Reeh perguntou e a enfermeira soltou um riso baixo.
— Não gosto de vocês brigando, e não pensem que as três não serão castigadas, amanhã contarei pra Amélia. Suspirei, aquilo era o de menos, o mundo poderia explodir, meu amor estava bem.
— Posso entrar? Pedi, quase ajoelhando nos seus pés. Ela me observou por alguns segundos e acabou assentindo
Autor(a): sötnos bebis
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— Vou ficar aqui fora, não demore muito. Dei um pequeno pulo e entrei correndo pra sala. A Dulce estava deitada no meio de tantas paredes tão brancas, por que tinha que ser tão branco? O seu sorriso foi fraco quando ela me olhou, devia estar cansada. Sua cabeça estava enfaixada, talvez por algum motivo que a médica não me conto ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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flavianaperroni Postado em 08/09/2015 - 04:23:08
Nem sei o que escrever,essa web realmente é perfeita demais,e não importa quantas vezes vou ler,é bem provavel que eu chore em todas,no final...Web perfeita,sério de verdade parabéns pra quem escreveu a historia,e parabéns pra você que adaptou para Portiñón
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neidy Postado em 10/05/2013 - 14:14:41
pois é camila...já muito feliz por vc ter gostado... continua curtindo as outras sim??? brigada por ter acompanhado e comentado e pra qm leu mais não deu de comentar meus também agradecimentos... bjks minhas söts.....e mais uma vez obg...
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camilasilva Postado em 09/05/2013 - 17:30:40
+ ja foi muito boa
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camilasilva Postado em 07/05/2013 - 21:17:37
Kd vc pra postar + esta otima a web
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camilasilva Postado em 04/05/2013 - 21:22:53
Posta + ta muito boa
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camilasilva Postado em 01/05/2013 - 20:28:19
Posta+ esta muito boa. E pq o nome milonga?
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camilasilva Postado em 29/04/2013 - 20:51:04
Neidy foi o que eu logo pensei
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mariportinon Postado em 28/04/2013 - 21:49:45
Não to conseguindo ler :( :/
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neidy Postado em 28/04/2013 - 18:23:24
exatamente camila...
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camilasilva Postado em 28/04/2013 - 09:26:43
Essa web é ótima. A web se passa com a Dulce lendo o diario da Anahí? Posta ++