Fanfic: Nova Chance AyA [Terminada] | Tema: Anahí e Alfonso

A pedidos...

Dois anos depois...

            Anahí estava em seu quarto, sentada a frente de um espelho se maquiando, ela pulou de susto quando viu pelo reflexo Alfonso encostado na porta a observando.

Anahí: Ay Poncho!  -levando a mão ao peito-
Alfonso: Está pronta? -se aproximando dela-
Anahí: Quase... -ela volta a se concentrar no que estava fazendo-
Alfonso: -se senta na cama a olhando- Você vai mesmo?
Anahí: Sim, não há nada de errado em sair um pouco. -ela calça as sapatilhas e se levanta, ficando na frente dele-
Alfonso: E precisa se arrumar tanto para ir ao shopping?
Anahí: -sorri- Eu nem me arrumei tanto. Só coloquei um vestido, nada de mais.
Alfonso: Precisa ir mesmo?
Anahí: Mas é claro. Poncho é final de ano, essa semana tem aniversário da Dulce e daqui a pouco já é natal, precisamos fazer compras.
Alfonso: Ta certo. -ele fez um biquinho se rendendo- Não insisto mais pra você ficar aqui. -a campainha toca-
Anahí: Aiin não faça essa carinha, prometo não demorar. -ela sela seus lábios nos dele antes de sair do quarto- Deve ser Dulce.

            Os dois descem as escadas e atendem a porta juntos, se deparando com Dulce do outro lado.

Dulce: Nossa, o que eu fiz pra ser recepcionada assim?
Anahí: -sorrindo- Poncho está um pouco preocupado.
Dulce: Não se preocupe, eu to de carro e não vou sair de perto dela.
Alfonso: Tudo bem, mas tenho algumas instruções pra te passar.
Dulce: Manda! -diz divertida tirando os óculos de sol-
Alfonso: Não deixe a Annie carregar muito peso, nem andem muito e qualquer coisa diferente que ela sentir me ligue.
Dulce: Certo, mais alguma coisa?
Alfonso: Ah, e a faça se alimentar, tenho que me preocupar por dois agora.
Dulce: Sem problemas, agora posso levar sua mulher para dar uma volta no shopping comigo?
Alfonso: Minha mulher e meu filho, Dul.
Dulce: Eu aguentarei os dois.
Anahí: Como assim nos aguentar? -diz fingindo estar chateada-
Dulce: -dando uma leve risada- Você sabe que não falo sério.
Anahí: Sim, eu sei. -sorri e olha para o marido- Agora que já deu suas ordens podermos ir?
Alfonso: Podem, bom passeio pra vocês. -ele da um beijo demorado na testa dela e em seguida beija a barriga de oito meses de Anahí- Amo vocês.
Anahí: -com voz de bebê- Também te amamos.

            Ela sai em direção ao carro de Dulce, mas a amiga para no caminho e se volta para Alfonso que continuava na porta.

Dulce: Alfonso, Christopher está em casa hoje, vai assistir ao jogo, vá lá pra se distrair e não ficar mais preocupado com Annie.
Alfonso: Acho que vai ser bom, mais tarde passo lá.

            As duas entraram no carro e foram até o shopping. Após uma hora visitando lojas de bebês, roupas e sapatos, elas se sentam a pedido de Anahí que alegava estar cansada. Ela aproveitou o momento e decidiu ligar para Alfonso.

-no celular-
Alfonso: Annie aconteceu alguma coisa?
Anahí: Não, ta tudo bem, só liguei pra dar sinal de vida. Já está na casa do Christopher?
Alfonso: Não, quando tiver mais próximo do horário do jogo eu vou pra lá. Vocês vão demorar muito?
Anahí: Mais algum tempinho e já voltamos.
Alfonso: Ok, boas compras.
Anahí: Beijos, tchau. -desliga-

Anahí: -olhando pra amiga- Se importa se ficarmos sentada mais um pouco?
Dulce: Claro que não. Meu afilhado tá te incomodado muito hoje?
Anahí: Só um pouco. -levando a mão à barriga- Os chutes dele estão mais fortes.
Dulce: Hey bebê! -diz olhando pra barriga de Anahí- Não maltrate tua mãe. -as duas riem- E Maite, não ficou chateada por que eu vou ser madrinha dele?
Anahí: No começo sim, mas depois me disse que não se importaria desde que fosse madrinha do meu próximo filho.
Dulce: Já querem te dar mais filhos?
Anahí: Pois é. -sorri- Pronto, já me sinto melhor. -ela se levanta- Vamos voltar naquela loja de bebês? Quero comprar mais uma blusinha pra ele.

            Enquanto as duas continuam suas compras, Alfonso vai até a casa de Christopher se distrair um pouco. Assim que chega, ele toca a campainha.

Christopher: -abrindo a porta- Poncho! Dulce disse que viria.
Alfonso: Hey! -o cumprimenta- O jogo já começou?
Christopher: Ainda não. Mas e aí, quer uma cerveja?         

            Ele já vai em direção à cozinha sem esperar por uma resposta, pega as cervejas, entrega uma a Alfonso e ambos vão pra sala assistir ao jogo que estava começando. Minutos mais tarde os dois se demonstravam mais animados, principalmente em dar palpite sobre o que estavam assistindo.

Christopher: Cara, como eles fazem isso? Trocaram o melhor atacante bem agora? Eles querem perder?
Alfonso: Acho que se fosse uma bobagem eles não fariam a substituição agora. -o celular de Alfonso apita-
Christopher: É... mas não sei. -ele coça a cabeça pensando- Vamos ver no que vai dar.

            Alfonso recebe uma mensagem que o deixa em choque na hora. Christopher continuava a falar, mas ele não prestava mais atenção, estava com os olhos arregalados fitando o celular em suas mãos.

Christopher: Poncho. -ele grita- Poncho. -finalmente consegue chamar a atenção do amigo- Cara, o que foi? Porque ta assim?

            Ele não responde, Christopher pega o celular das mãos dele e vê a mensagem, era de Dulce e dizia “Bebê. Hospital. AGORA.”

Christopher: Poncho! Teu filho! Ele vai nascer! -ele se levanta do sofá afobado e já vai em busca das chaves do carro- Vamos, eu te levo até lá, você não tá em condições de dirigir.

            Christopher vai o mais rápido que pode pro hospital, durante todo o caminho eles não trocaram uma palavra. Na entrada do hospital estava Dulce, esperando os dois.

Dulce: Venham, já podem subir, já deixei avisado na recepção.
Alfonso: -diz um pouco desesperado- Onde a Annie tá?
Dulce: Lá em cima, terceiro andar, vamos subir que você vai poder ver ela.

            Os três vão até o andar de Anahí e veem um médico saindo do quarto dela, Dulce se apressa até ele.

Dulce: Doutor, como ela está? -os rapazes se aproximam dela-
Médico: A bolsa dela estourou assim que chegou aqui, já está em trabalho de parto. Vou avisar minha equipe pra prepararem a sala, o bebê pode nascer a qualquer momento.
Alfonso: Mas, -diz quando o médico começa a caminhar- ela não tá de nove meses ainda.
Médico: Esperávamos que o bebê nascesse daqui a duas ou três semanas, mas parece que quis antecipar sua chegada. -ele dá um meio sorriso- Você é o pai? -Alfonso assenti- Se quiser acompanhar o parto venha comigo colocar uma roupa adequada.

            Alfonso ainda estava muito confuso, mas seguiu o médico, colocou uma máscara, touca, blusa e calças esterilizadas e entrou na sala, tudo estava muito bem organizado, havia várias outras pessoas vestidas iguais a ele, andando de um lado para o outro exercendo suas funções, ele escutou um grito abafado e viu que uma enfermeira estava conversando com Anahí na cama que ela estava. Sem enrolação, ele se aproximou e viu que ela suava.

Alfonso: Como está? -ele passou a mão pelo rosto dela-
Anahí: Que bom que você tá aqui. -ele segura uma das mãos dela e lhe dá um beijo-
Alfonso: Eu não ia te deixar sozinha num momento desses.
Anahí: Nosso filho é apressado. -ela morde o lábio pra não gritar outra vez- Tá doendo mais.
Enfermeira: Só mais um pouco, você já vai poder fazer força.
Alfonso: -olhando pra Anahí- Você fica bonita assim de touca azul.
Anahí: Poncho, não é hora pra isso.
Alfonso: -ele sorri- Mas é verdade.
Anahí: -acaba soltando uma risada fraca- Só você pra me fazer esquecer um pouco da dor.

            Ela acabou apoiando a cabeça no travesseiro e fechou os olhos enquanto recebia as caricias de Alfonso em sua face, ficaram assim até o médico dizer a Anahí que ela estava pronta para dar a luz ao bebê. Ela começou a fazer força e a respirar com dificuldade.

Enfermeira: Controle sua respiração. Quase lá Anahí, continue assim.
Anahí: -ofegante- Eu não consigo mais.

            Alfonso que a via naquela situação não sabia o que fazer, ela devia estar sentindo muita dor e ele só queria que ela não sofresse.

Alfonso: Annie, olha pra mim. -ela o olhou e ele pode ver os olhos azuis dela cansados- Você consegue, mais um pouco e você terá nosso filho em seus braços.

            Aquela foi a frase que fez Anahí unir toda a força que restava dentro de si e continuar. Momentos depois o quarto foi tomado pelo choro do bebê. Alfonso a beijou na testa e lhe sorriu, todo o medo que ele tinha foi embora ao vê-la, mesmo fraca, lhe retornando o sorriso. Tudo tinha dado certo.

Medico: -segurando o bebê que chorava em seus braços- Como ele vai se chamar?
Anahí: -ela encarou o marido e depois o médico com seu filho em mãos- Miguel -lágrimas de emoção escorriam por seus olhos- Miguel Puente Herrera.
Médico: Seja bem-vindo, Miguel.          

            Dito isso, ele entregou o pequenino de cabelos escuros para a enfermeira que o enrolou numa toalha e levou até os pais.

Enfermeira: Ainda não podem segurá-lo, vamos fazer todos os exames primeiro e já o levamos para o seu quarto.

            Anahí começou a chorar ao ver seu filho de perto, ela apertou com força a mão de Alfonso que ainda segurava a dela e ao olhá-lo percebeu que ele também chorava olhando para o filho. A enfermeira levou Miguel para fazer os exames e Anahí foi transferida para um quarto onde poderia descansar enquanto esperava seu filho.

Alfonso: -se aproximando dela que estava deitada na cama- Me desculpe.
Anahí: -o olhou confusa- Te desculpar pelo quê?
Alfonso: Quando eu recebi a mensagem de Dulce fiquei apavorado, não sabia o que fazer, se não fosse Christopher pra me trazer até aqui era capaz de eu ainda estar sentado naquele sofá. -enquanto ele fala, ela sorri- Por que o sorriso?
Anahí: Você não tem que se desculpar por nada, foi pego de surpresa, eu também fui. Tudo isso é novo pra nós. -os dois se fitaram com um sorriso no rosto por alguns segundos- Venha, me dê um abraço. -ela pede esticando os braços-

            Alfonso senta na cama e a puxa pra um abraço não muito apertado pra não machucá-la. Ela da um beijo no ombro dele e encosta sua cabeça no local.

Anahí: Estou me sentindo vazia. -os dois começam a rir e se afastam-
Alfonso: -passando a mão na barriga dela- Vai se acostumar rápido em não ter mais aquele barrigão. -ele emenda com a próxima frase- E você precisa descansar agora.
Anahí: Você sabe que eu não vou conseguir dormir antes de ver Miguel outra vez. -ela sorri involuntariamente ao pronunciar o nome do filho-
Alfonso: Não seja por isso, vou atrás da enfermeira agora. -ele se levanta e já sai do quarto, ignorando o protesto dela-

            Minutos mais tarde, ele volta ao quarto acompanhado de uma enfermeira e de Miguel.

Alfonso: Veja Annie.

            A enfermeira se aproxima de Anahí e lhe entrega o bebê que se aconchega nos braços dela e roça seu rostinho nos seios da mãe procurando se alimentar.

Enfermeira: Ele está com fome, a senhorita já sabe como amamentar?
Anahí: -hesitante- Acho que...
Enfermeira: -sorri- Não se preocupe, te ajudo com isso.

            Ela a ensinou a como segurar o bebê e lhe deu algumas dicas, assim que conseguiu Anahí e Alfonso se sentiram maravilhados vendo a cena. A enfermeira saiu do quarto, os deixando sozinhos para aproveitar o momento.

Alfonso: Ele ainda não abriu os olhos?
Anahí: Não, quero saber de qual cor são.

            Tempos depois, já satisfeito, Anahí pôs o filho pra arrotar e quando ela o segurou a sua frente outra vez, ele abriu os olhos a fitando curioso.

Anahí: Poncho! -ela o olha sorrindo- Mais um par de olhos verdes pra eu amar.
Alfonso: -se aproximando animado- Annie, sério? -ele encara o filho e comprova o que ela tinha dito-
Anahí: Meu amor, ele vai ser uma miniatura tua. -ela sorri boba e nesse momento a porta se abre-
Dulce: Cadê meu afilhado que eu só pude ver pelo vidro?

            Dulce entra no quarto seguida por Christopher, ambos empolgados em ver Miguel. Dulce o pega no colo e fica encantada, Christopher arrisca segurá-lo mas quando o pequeno chora o devolve a Anahí. Eles ficam conversando sobre o bebê até que este dorme e minutos mais tarde o médico acompanhado da enfermeira entram no quarto.

Médico: Está tudo bem com o filho de vocês, mas por precaução vou pedir que continuem, tanto ele quanto você -se referindo a Anahí- em observação por mais dois dias, pra termos certeza de que não terão problemas. Agora, Anahí, sugiro que você descanse, já está tarde e a senhora se esforçou de mais hoje.
Alfonso: Eu posso passar a noite aqui com ela?
Médico: Claro, sem problemas. Nós só vamos levar Miguel para a área de maternidade outra vez, amanhã cedo o traremos de volta. ­-a enfermeira o pega de Anahí e sai do quarto- Vocês, -diz olhando pra Dulce e Christopher- podem ficar mais um tempinho pra se despedirem, mas não se alonguem muito, o horário de visitas já passou. -eles assentiram- Eu já vou, qualquer coisa me chamem. -eles se despedem do médico-
Dulce: Nós já vamos Annie, durma bem, amanhã eu volto. -ela abraça a amiga-
Christopher: Tchau Annie. -também a abraça- Parabéns a vocês.

            Anahí e Alfonso agradecem e o casal de amigos vai embora.

            Uma semana se passou, Anahí e Alfonso já estavam em casa com Miguel e se acostumavam com a nova rotina que teriam dali em diante. Era de tarde, Anahí estava com Miguel sentada num banco fora de casa, ela o ninava enquanto acompanhava os movimentos de Luck pelo jardim, que corria de um lado para o outro bem animado. Alfonso apareceu perto dela e sorriu.

Anahí: Shh, ele acabou de dormir.

            Alfonso fazendo o mínimo de barulho possível, senta ao lado dela, passando um braço sobre seu ombro e a trazendo para si, junto com o bebê. Eles trocam um longo selinho e ele se põe a falar.

Alfonso: Preciso te contar algo.
Anahí: -o olha preocupada- O que aconteceu?
Alfonso: Eu te disse uma vez que o que eu tinha feito no passado já estava esquecido, que não me afetava, mas não é verdade. Nesses últimos dias eu tenho lembrado bastante daquele tempo, e não me orgulho, claro, nenhum pouco.
Anahí: Poncho, não precisa falar sobre isso outra vez se não quiser.
Alfonso: Não Annie, eu não quero me lamentar. É só que... -ele faz uma pausa- Eu só tenho a agradecer, a você por ter ficado ao meu lado esse tempo todo, por estarmos aqui ainda mais completos, juntos como uma família, e a vida, com certeza, por ter me dado uma nova chance, eu nunca fui tão feliz como estou sendo desde que te conheci.
Anahí: -ela sorri enquanto alguma lágrima deslizam sobre seu rosto- Eu também tenho que agradecer muito a você, esses momentos todos que estamos vivendo juntos são inesquecíveis. Acredito que nos salvamos. -ele também sorri-
Alfonso: Sim, é verdade. Agora deixe eu segurar um pouco meu filho, já que ele tá dormindo e não vai chorar. ­-ele pega o bebê do colo de Anahí e ela se aconchega mais no marido- Eu te amo, bebê. -e dá um beijo na cabeça de Miguel, em seguida se vira pra esposa- Eu te amo, Annie.
Anahí: Eu amo você.

            Eles se beijam apaixonadamente, até que Luck aparece e pula no colo de Anahí, interrompendo o momento dos dois.

Anahí: -fazendo carinho no cachorro- Por um momento esqueci que ele é ciumento.

            Os dois riem e passam o final daquela tarde do lado de fora da casa, apreciando a vista, o momento e fazendo planos para a nova etapa em suas vidas.

Postado! Obrigada a todas que comentaram e desculpem a demora!

Se possível leiam os agradecimentos no próximo capítulo :)