Fanfics Brasil - CAPÍTULO I ॐ ℓιçõєѕ ρяιναdαѕ ॐ dyc

Fanfic: ॐ ℓιçõєѕ ρяιναdαѕ ॐ dyc


Capítulo: CAPÍTULO I

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Necessitava de uma mulher. Urgentemente.

Chris Uckerman não podia dormir. A lua, cheia e brilhante, lançava sua luz chapeada sobre o travesseiro vazio, junto a ele.

Seu corpo palpitava dolorosamente de desejo, o desejo sexual de um homem na flor da vida, e o passo das horas só intensificava sua frustração.

Por fim se levantou e se aproximou nu à janela; seu corpo, forte e poderoso, movia-se com fluidez. Notava o chão de madeira gelado sob os pés descalços, mas agradecia aquela leve moléstia, que esfriava seu sangue avivado por um anseia sem leito.

A luz incolor da lua lavrava as linhas e ângulos de seu rosto, testemunho vivo de seu legado ancestral.

 

Seu rosto, mais ainda que a densa cabeleira negra que tocava seus ombros ou que os olhos negros de pesadas pálpebras, delatava sua origem indígena, visível em seus maçãs do rosto altos e salientes e em sua testa limpa, em seus lábios finos e em seu nariz aquilino.

Menos evidente mas igual de intensa era a herança celta que tinha recebido de seu pai, ao que tão somente uma geração separava das Terras Altas da Escócia.

O legado paterno tinha suavizado os traços de índios herdados de sua mãe, dotando ao Chris de um rosto afiado como uma espada, tão depurado e cortante como robusto.

Por suas veias corria o sangue de dois dos povos mais belicosos da história: os comanches e os celtas. Era um guerreiro nato, e no exército se deram conta disso nada mais ao alistar-se.

Mas era também um homem sensual. Conhecia bem sua natureza e apesar de que a dominava, havia vezes em que necessitava de uma mulher.

Quando isso acontecia, estava acostumado a fazer uma visita a Viviana Mazcouet[p/ qm não sabe essa eh a Lola Fernandez irmã da Lupita]. Viviana era uma divorciada, vários anos mais velha que ele, que vivia em um povoado a trinta quilômetros dali.

Suas relações duravam já cinco anos; nenhum dos dois queria casar-se, mas tinham necessidades, e se gostavam.

Chris procurava espaçar suas visitas a Viviana, e tomava cuidado de que ninguém o visse entrar em sua casa. Aceitava o fato de que os vizinhos se escandalizariam se descobrissem que Viviana se deitava com um índio. E não com um índio qualquer. Uma condenação por violação marcava a um homem de por toda sua vida.

O dia seguinte era sábado. Esperavam-no suas tarefas cotidianas, e tinha que ir recolher um carregamento de tábuas para o cercado de Ruth, o povoado situado ao pé de sua montanha.

Mas as noites dos sábados tinham sido sempre para desmamar-se. Ele não se desmamaria, mas iria fazer uma visita a Viviana e se desafogaria em sua cama.

A noite se ia fazendo cada vez mais fria, e umas nuvens densas e baixas se aproximavam.

Chris ficou as olhando até que tamparam a lua. Sabia que anunciavam outra nevasca. Não queria retornar a sua cama vazia. Seu rosto permanecia impassível, mas seu sexo palpitava dolorosamente. Necessitava de uma mulher.

Dulce Maria Sanviñón tinha uma infinidade de pequenas tarefas das que ocupar-se aquela manhã de sábado, mas sua consciência não lhe permitiria descansar até que falasse com o Joe Uckerman. O menino tinha deixado a escola fazia dois meses, um antes de que ela chegasse a ocupar o posto de uma professora que partiu inesperadamente.

Ninguém lhe tinha falado do menino, mas Dulce tropeçou com sua fixa e a tinha lido por curiosidade. No povoado da Ruth Wyoming, não havia muitos alunos, e Dulce acreditava conhecê-los todos.

Havia, na realidade, menos de sessenta estudantes, mas o índice dos que chegavam a graduar-se era quase de cem por cem, de modo que qualquer deserção resultava estranha. Ao ler a fixa de Joe Uckerman, ficou surpresa. Aquele menino era o melhor de sua classe.

Tirava altas notas em todas as matérias. Os alunos que iam mal se desanimavam e deixavam os estudos, mas a vocação docente de Dulce se rebelava ante a idéia de que um aluno tão excepcional abandonasse o colégio de qualquer jeito.

Tinha que falar com ele, lhe fazer compreender quão importante era para seu futuro que seguisse estudando. Dezesseis anos eram muito poucos para cometer um erro que o perseguiria por toda vida.

Ela não poderia pregar o olho até que tivesse feito quanto estivesse em sua mão para convencer aquele menino de que voltasse para a escola. De noite havia tornado a nevar e fazia um frio que cortava. O gato miava lastimosamente enquanto farejava ao redor dos tornozelos de Dulce, como ele também se queixasse do tempo.

- Sei, Woodrow - consolou ao animal. - Eu estou acostumada e tem que estar frio em suas patinhas.

Não lhe custava trabalho ficar no lugar do gato. Parecia-lhe que não tinha tido os pés quentes desde que tinha chegado a Wyoming.

Prometeu-se que, antes de que chegasse o inverno seguinte, compraria um par de botas fortes e quentes, forradas de pele e resistentes à água, e andaria pela neve como se levasse fazendo-o todo a vida, como uma aldeã. As botas lhe faziam falta já, na realidade, mas os gastos da mudança tinham esgotado suas magras economias, e os ensinos que lhe tinha inculcado sua tia Ardith lhe impediam de comprar a crédito.

Woodrow miou outra vez quando calçou os sapatos mais quentes e judiciosos que tinha, os que ela chamava seus «sapatos de professora solteirona».

Se deteve para acariciar ao Woodrow atrás das orelhas, e o gato se arqueou, extasiado. Dulce tinha herdado ao Woodrow junto com a casa que lhe tinha proporcionado a junta educativa. O gato, igual à casa, não era grande coisa. Dulce ignorava quantos anos tinha, mas tanto ele como a casa pareciam um pouco avantajados.

Ela sempre resistiu em comprar um gato (aquilo lhe parecia o cúmulo da vida de uma solteirona), mas finalmente estava criando um. Era uma solteirona. Agora tinha um gato. E usava sérios sapatos de solteirona. O quadro estava completo.

- A água procura só seu nível - disse-lhe ao gato, que a contemplava com sua impávida olhada - para ti que mais te dá? Não te importa que meu nível pareça deter-se em gatos e sapatos sérios.

Suspirou ao olhar-se no espelho para assegurar-se de que estava bem penteada. Seu estilo eram os sapatos sérios e os gatos, e o ser pálida, magro e insignificante. «Ratonil» era um bom termo para descrevê-la. Dulce Maria Sanviñón tinha nascido para ser solteirona.

Ia tudo quão abrigada podia ir, a não ser que vestisse meias três-quartos com aqueles sapatos tão sérios, mas até aí não chegava. Usar umas lindas meias três-quartos brancas dos que chegavam justo por cima dos tornozelos com uma saia longa de vôo era uma coisa, e ficar meias três-quartos até o joelho com um vestido de ponto, era outra bem distinta. Estava disposta a prescindir da elegância com tal de ir abrigada; mas não estava disposta a ir feita um despropósito.

Enfim, não tinha sentido dispô-lo; de todos os modos, o tempo não melhoraria até a primavera. Preparou-se para agüentar a investida do ar frio contra seu corpo, ainda acostumado ao calor da Savannah.

Tinha deixado seu limpo apartamento da Georgia pelo desafio de uma limpa escola em Wyoming, pela ilusão de uma forma distinta de vida; Inclusive reconhecia em si mesma uma leve ânsia de aventura, uma ânsia que, naturalmente, jamais permitia que aflorasse. Mas, por alguma razão, não tinha levado em conta a questão do clima.

Tinha consciência da neve, mas não as ásperas temperaturas. Não era de surpreender que houvesse tão poucos alunos, pensou ao abrir a porta, e deixou escapar um gemido quando o vento lhe lançou uma chicotada. Fazia tanto frio que os adultos não podiam despir-se para fazer bebês.

Entrou neve nos judiciosos sapatos quando se aproximou do carro, um judicioso Chevrolet médio de duas portas ao que, muito judiciosamente, tinha posto pneus antineve ao mudar-se a Wyoming. Segundo a parte meteorológica que tinham dado pela rádio essa manhã, a temperatura máxima não superaria os sete graus abaixo de zero.

Suspirou de novo pelo tempo que tinha deixado na Savannah; era março, a primavera estaria ali em todo seu esplendor e as flores brotariam em um tumulto de cores.

Mas Wyoming possuía uma beleza selvagem e majestosa. As altas montanhas diminuíam as débeis moradas dos homens, e lhe haviam dito que na primavera os prados se cobriam de flores silvestres e os arroios cristalinos começavam a cantar sua peculiar toada.

Wyoming era completamente distinto ao Savannah, e ela era só uma magnólia recém transplantada a que estava custando aclimar-se. Tinham-lhe dado indicações de como chegar a casa dos Uckerman, embora as tinham dado a contra gosto. Se surpreendia que ninguém parecesse interessar pelo menino, porque as pessoas do povoado eram amáveis e serviçais com ela.

O comentário mais direto que tinha recebido procedia do senhor Hearst, o dono do supermercado, que tinha resmungado entre dentes que os Uckerman não mereciam que se preocupasse com eles. Mas Dulce considerava que qualquer menino merecia suas insônias. Era professora, e tinha intenção de exercer seu ofício.

Ao entrar em seu judicioso carro viu a montanha que chamavam Uckerman e a estreita estrada que serpenteava por sua ladeira como uma cinta, e se acovardou. Face aos pneus novos, não se sentia segura conduzindo naquele entorno desconhecido. A neve era... enfim, alheia a ela, embora não pensava permitir que lhe impedisse de fazer o que se havia proposto.

Estava já tiritando tão violentamente que mal pôde colocar a chave no contato. Que frio fazia! Doíam-lhe o nariz e os pulmões quando aspirava. Talvez devesse esperar a que melhorasse o tempo antes de atrever-se a conduzir.

Olhou a montanha outra vez. Possivelmente em junho se derretia toda a neve..., mas fazia já dois meses que Joe Uckerman tinha deixado o instituto. Talvez em junho a brecha lhe parecesse insuperável e não queria fazer o esforço. Possivelmente fora já muito tarde. Ela tinha que tentar, e não se atrevia a deixar que passasse uma semana mais.

Tinha costume de dar-se ânimos em voz alta quando empreendia alguma tarefa dificultosa, e ficou a resmungar em voz baixa assim que o carro arrancou.

- A estrada não me parecerá tão alta quando chegar ali. Todas as estradas acima parecem verticais de longe. É uma estrada perfeitamente transitável. Se não, os Uckerman não poderiam subir e descer, e se eles podem, eu também posso.

Enfim, talvez pudesse. Conduzir sobre neve era uma habilidade adquirida que ainda tinha que dominar.

A determinação a impulsionou a seguir adiante. Quando por fim chegou à montanha e a estrada começou a levantar-se, agarrou com força o volante e procurou não olhar além da sarjeta, da que o fundo do vale se via cada vez mais longínquo.

Não lhe faria nenhum bem pensar na queda desde aquela altura se se precipitava pela borda da sarjeta. A seu modo de ver, aquilo pertencia à categoria dos saberes inúteis, e desses já tinha mais da conta.

- Não vou patinar – resmungava. - Não vou tão rápido que possa perder o controle. Isto é como a roda gigante. Estava segura de que ia cair, mas não caí - subiu uma vez na roda gigante quando tinha nove anos, e ninguém tinha sido capaz de convencê-la de que voltasse tentá-lo. Lhe foram mais os carrosséis. - Aos Uckerman não importará que fale com o Joe - disse em um intento de esquecer-se da estrada. - Pode ser que tenha tido problemas com uma namorada e por isso não queira ir a classe. A sua idade, certamente já terá esquecido.

A estrada não resultou ser tão problemática como temia, e começou a respirar um pouco mais tranqüila. O pendente era mais gradual do que parecia de longe, e além disso, não acreditava que faltasse muito caminho. A montanha não era tão grande como se via do vale.

Estava tão concentrada na condução que não viu a luz vermelha que apareceu no painel. Não se deu conta de que o carro se reaqueceu até que de repente começou a sair do capô uma fumaça que o ar congelava imediatamente sobre o pára-brisa. Pisou instintivamente o freio e proferiu um discreto impropério quando as rodas começaram a patinar.

Levantou rapidamente o pé do pedal do freio, e as rodas começaram a girar outra vez, mas ela não via nada. Fechou os olhos, rezou por seguir indo na direção correta e deixou que o carro freasse por seu próprio peso até deter-se.

O motor vaiava e rugia como um dragão. Assustada, girou a chave de contato e saiu do carro; o vento a golpeou como um chicote de gelo, e deixou escapar um gemido.

O mecanismo de abertura do capô estava embotado pelo frio, mas cedeu ao fim de um momento, e ela levantou o capô pensando que seria bom saber o que acontecia com o carro embora não pudesse arrumá-lo. Não fazia falta ser mecânico para localizar o problema: uma das mangueiras se soltou, e do freio saía um espasmódico jorro de água quente.

Imediatamente compreendeu a gravidade de sua situação. Não podia ficar no carro porque não podia pôr o motor em marcha para manter-se quente.

Aquela era uma estrada privada, e talvez os Uckerman não saíssem do rancho todos os dias, ou em todo o fim de semana. Estava muito longe e fazia muito frio para voltar andando a sua casa. Sua única alternativa era ir andando até o rancho dos Uckerman e rezar pra que não estivesse muito longe. Já começava a notar os pés intumescidos.

Não quis parar pra pensar em que talvez não conseguisse chegar ao rancho dos Uckerman e começou a subir pela estrada a ritmo regular, procurando fazer caso omisso da neve que se metia nos sapatos a cada passo.

Dobrou uma curva e perdeu de vista o carro, mas ao olhar para frente não viu a casa; nem sequer um estábulo.

Sentia-se sozinha, como se tivesse cansado na metade do deserto. Estavam só a montanha e a neve, o vasto céu e ela. O silêncio era absoluto. Fazia mal falar, e logo descobriu que ia arrastando os pés, em vez de levantá-los. Tinha avançado menos de duzentos metros.

Tremeram-lhe os lábios e se rodeou com os braços em um intento de reter seu calor corporal. Por mais penoso que fosse, tinha que seguir andando.

Então ouviu o rugido amortecido de um motor e se deteve. Sentia um alívio tão intenso e doloroso que notou o início do pranto nos olhos. Horrorizava-lhe chorar em público e procurou conter as lágrimas. Era absurdo chorar; levava menos de quinze minutos andando e na realidade não tinha enfrentado nenhum perigo. Tudo se devia a sua imaginação hiper ativa, como de costume. Arrastou os pés pela neve até a sarjeta para tirar-se do meio e esperou a chegada do veículo.

Uma caminhonete negra com enormes roda apareceu à vista. Dulce notou os olhos do condutor cravados nela e agachou a cabeça, envergonhada. As professoras solteironas não estavam acostumadas a ser o centro de atenção e, além disso, sentia-se tola. Certamente dava a impressão de ter saído para dar um passeio pela neve.

A caminhonete diminuiu a velocidade e se deteve diante dela. Um instante depois, desce um homem. Era grande, e isso Dulce desagradava de maneira instintiva.

Incomodava-a o modo em que os homens altos baixavam o olhar para ela, e lhe chateava ver-se obrigada por uma simples questão de estatura a levantar a vista para eles. Mas, enfim, grande ou não, era seu salvador.

Entrelaçou os dedos enluvados e se perguntou o que devia dizer. Como pedia que a resgatassem? Nunca tinha feito autoestop; não parecia próprio de uma professora séria e respeitável.

Chris ficou olhando à mulher, atônito porque teria saído com aquele frio e com um traje tão absurdo, além disso. Que demônios estava fazendo em sua montanha, de todos os modos? Como tinha chegado até ali?

De repente compreendeu quem era. No supermercado tinha ouvido falar da nova professora vinda do sul. Nunca tinha visto ninguém que tivesse mais pinta de professora que aquela mulher, e saltava à vista que ia mal provida para um inverno em Wyoming.

Levava um vestido azul e um casaco marrom tão antiquados que quase parecia um clichê; por debaixo do cachecol apareciam umas mechas de cabelo castanho claro, e uns grandes óculos de massa lhe diminuíam a cara. Não usava maquiagem; nem sequer brilho para proteger os lábios.

E tampouco usava botas. A neve endurecida lhe chegava quase aos joelhos.

Chris a examinou de cima a baixo em dois segundos e não esperou para ouvir suas explicações a respeito de por que estava em sua montanha, se é que ela pensava lhe dar alguma.

De momento não havia dito nenhuma palavra; seguia olhando-o com fixidez, com uma expressão levemente escandalizada. Chris se perguntou se falar com um índio lhe pareceria humilhante, embora fosse para pedir ajuda, e se encolheu de ombros mentalmente. Que demônios, não podia deixa-la à intempérie.

Dado que ela não dizia nada, ele tampouco abriu a boca. Limitou-se a inclinar-se, passou-lhe um braço por detrás dos joelhos e as outras pelas costas e a levantou como se fosse uma menina, fazendo caso omisso de seu gemido de surpresa.

Enquanto a levava a caminhonete, pensou que na realidade não pesava muito mais que uma menina, e notou o brilho de surpresa de uns olhos azuis atrás dos óculos; logo, lhe passou o braço ao redor do pescoço e se agarrou a ele com todas suas forças, como se temesse que a deixasse cair.

Chris a trocou de braço para abrir a porta da caminhonete e a depositou no assento. Depois lhe sacudiu energicamente a neve dos pés e das pernas. Ouviu que ela gemia outra vez, mas não levantou o olhar. Quando teve acabado, sacudiu a neve das luvas e deu a volta para sentar-se atrás do volante.

- Quanto tempo levava caminhando? - resmungou a contra gosto.

Dulce deu um pulo. Não esperava que sua voz fosse tão profunda que quase reverberasse. A calefação da caminhonete lhe tinha embaçado os cristais dos óculos e, ao tirar-lhe notou que lhe ardiam as bochechas geladas ao fluir o sangue.

- Eu... não muito – balbuciou. - Uns quinze minutos. Uma das mangueiras da água soltou-me. Bom, a meu carro, quero dizer.

Chris a olhou a tempo de ver que se apressava a baixar os olhos e notou que se pôs rubra. Bem, isso significava que começava a aquecer-se. Além disso, estava sobressaltada; Chris o notava no modo em que retorcia os dedos.

Acreditava acaso que ia equilibrar-se sobre ela e a violá-la no assento do carro? Afinal de contas, ele era um índio ressentido, capaz de algo. Claro que, pela pinta que tinha ela, certamente aquilo era o mais emocionante que lhe tinha acontecido.

Não estavam longe da casa do rancho e chegaram ao fim de alguns minutos. Chris estacionou junto à porta da cozinha e saiu; rodeou a caminhonete e chegou à porta do acompanhante justo quando ela a abria e se dispunha a descer.

- Esqueça isso - disse, e a tomou de novo nos braços.

Ao desliza-la do assento, a saia lhe subiu até a metade das coxas. Ela se apressou a baixar-lhe mas não sem que antes os olhos negros de Chris examinassem suas pernas fracas, e imediatamente ficou ainda mais ruborizada.

O calor da casa a envolveu, e respirou fundo, aliviada, sem notar apenas que ele afastava uma cadeira de madeira da mesa e a depositava sobre ela. Sem dizer uma palavra, Chris abriu o grifo e deixou correr a água quente. Logo começou a encher uma bacia. De vez em quando provava a água para ir regulando a temperatura.

Enfim, Dulce tinha alcançado seu destino, e embora não tinha conseguido chegar como esperava, bem podia abordar o objeto de sua visita.

- Sou Dulce Sanviñón, a professora nova.

- Eu sei - disse ele secamente.

Os olhos de Dulce se aumentaram enquanto olhava suas costas largas.

- Sabe?

- Não há muitos forasteiros por aqui.

Dulce se deu conta de que ele não se apresentou e de repente vacilou. Estava no lugar adequado?

- É... é você o senhor Uckerman?

Ele a olhou por cima do ombro, e Dulce notou que seus olhos eram tão negros como a noite.

- Sou Chris Uckerman.

Ela se distraiu imediatamente.

- Suponho que saberá que seu nome é muito pouco freqüente. É inglês antigo...

- Não - disse ele, dando a volta com a bacia na mão, e o pôs no chão, junto aos pés de Dulce. - É índio.

Ela piscou.

- Índio? - sentia-se incrivelmente estúpida. Deveria havê-lo adivinhado pela negrume de seu cabelo e de seus olhos e pela cor bronzeada de sua pele, mas não se deu conta. A maioria dos homens da Ruth tinham a pele curtida pela intempérie, e ela tinha pensado simplesmente que era mais moreno que outros. Logo o olhou com o cenho franzido e disse com firmeza: - Uckerman não é um sobrenome índio.

Ele também franziu o cenho.

- É escocês.

- Ah. É você um mestiço?

Fez a pergunta com a mesma naturalidade que se tivesse pedido indicações para chegar a algum lugar, e suas sobrancelhas suaves se arquearam inquisitivamente sobre seus olhos azuis. Chris chiou os dentes.

- Sim - resmungou.

Havia algo tão irritante na expressão afetada daquela mulher que lhe dava vontade de lhe tirar a breguice com um bom susto. Logo notou que estava tremendo e deixou a um lado sua irritação, ao menos até que a fizesse aquecer-se. Sabia pela estupidez com que ela andava quando a tinha encontrado que estava sofrendo os primeiros sintomas de hipotermia. Tirou seu pesado casaco e o atirou a um lado; logo se dispôs a preparar café.

Dulce guardou silêncio enquanto ele fazia o café. Não parecia muito falante, embora isso não ia desanima-la. Tinha muitíssimo frio; esperaria até haver tomado uma xícara daquele café, e logo começaria outra vez.

Levantou o olhar quando ele deu a volta, mas Chris tinha uma expressão ilegível. Sem dizer uma palavra, tirou-lhe o cachecol da cabeça e começou a lhe desabotoar o casaco. Surpreendida, ela disse:

- Eu faço isso.

Mas tinha os dedos tão frios que lhe doíam ao movê-los. Ele retrocedeu e deixou que o tentasse um momento; logo lhe afastou as mãos e acabou de lhe desabotoar o casaco.

- Por que me tira o casaco, se tenho frio? - perguntou Dulce, desconcertada, enquanto lhe baixava as mangas.

- Para poder lhe esfregar os braços e as pernas.

Então procedeu a lhe tirar os sapatos.

A Dulce, aquela idéia resultava tão alheia como a neve. Não estava acostumada a que a tocassem, e não pensava acostumar-se. Dispunha-se a dizer ao Chris Uckerman, mas as palavras se dissiparam sem chegar a sair de seus lábios quando de repente lhe colocou as mãos debaixo da saia, até a cintura. Dulce deu um gritinho de surpresa e ao tornar-se para trás esteve a ponto de cair da cadeira. Ele ficou olhando-a, os olhos como gelo negro.

- Não tem por que preocupar-se - espetou-lhe. - Hoje é sábado. Eu só violo as terças-feiras e as quintas-feiras - lhe passou pela cabeça jogá-la de novo na neve, mas não podia permitir que uma mulher morresse congelada; nem sequer uma mulher branca que parecia acreditar que ia poluir se a tocasse.

Os olhos de Dulce se fizeram tão grandes que eclipsaram o resto de sua cara.

- O que têm de mau os sábados? - balbuciou, e então se deu conta de que virtualmente lhe tinha feito uma proposta, por todos os Santos! Levou as mãos enluvadas à cara, notando que uma quebra de onda de rubor subia às bochechas. Devia haver congelado o cérebro; era a única explicação.

Chris levantou a cabeça bruscamente. Não podia acreditar que ela havia dito aquilo. Uns olhos azuis, grandes e horrorizados, olhavam-no fixamente por cima das luvas de couro negros, que cobriam o resto de sua cara mas não podiam ocultar seu intenso rubor. Fazia tanto tempo que não via ruborizar-se a ninguém que demorou um momento em dar-se conta de que ela estava envergonhada.

Pequena dissimulada! Era o último clichê que faltava a sua imagem de professora solteirona e antiquada. O regozijo suavizou a irritação de Chris. Aquilo era provavelmente o não vai mais da vida daquela mulher.

- Vou tirar-lhe as meias para que meta os pés na água - explicou-lhe com voz resmungona.

- Ah - a voz de Dulce soou sufocada porque seguia tampando-a boca com as mãos.

Ele seguia com os braços colocados sob sua saia e com as mãos lhe agarrava os quadris. Quase involuntariamente notou sua estreiteza e sua suavidade. Antiquada ou não, a professora seguia tendo a suavidade de uma mulher, o doce aroma de uma mulher, e o coração de Chris começou a pulsar mais às pressas à medida que seu corpo se desesperava. Maldição, ele sentia falta de uma mulher mais do que acreditava, se aquela solteirona o excitava.

Dulce ficou muito quieta quando um forte braço a rodeou e a levantou para que Chris pudesse lhe descer as meias. Naquela postura, a cabeça dele ficava junto a seus peitos e seu ventre.

Dulce olhou seu cabelo negro, denso e lustroso. Ele só tinha que voltar a cabeça para roçar com a boca seus peitos. Dulce tinha lido em alguns livros que os homens se metiam os mamilos das mulheres na boca e os chupavam como lactantes, e sempre se perguntou por que. De repente, ao pensá-lo, sentiu que ficava sem fôlego e que lhe faziam cócegas os mamilos.

As mãos ásperas e curtidas do Uckerman lhe roçavam as pernas. Como seria se lhe tocasse os peitos? Começava a sentir-se estranhamente sufocada e um pouco aturdida.

Chris atirou ao chão as muito finas meias sem olhá-la. Apoiou os pés de Dulce sobre a coxa, colocou a bacia e lhe inundou lentamente os pés. Assegurou-se de que a água estivesse morna, mas sabia que, inclusive assim, tendo os pés tão frios, lhe resultaria doloroso.

Dulce conteve o fôlego mas não se queixou, apesar de que Chris advertiu o brilho das lágrimas em seus olhos quando levantou o olhar.

- Não lhe doerá muito tempo - murmurou para tranqüilizá-la, e se colocou de tal modo que suas pernas ficaram a ambos os lados das dela, as segurando brandamente.

Então lhe tirou as luvas com cuidado e se surpreendeu ao ver a delicadeza de suas mãos frias e brancas. Sustentou-as entre as suas um momento e, tendo tomado uma decisão, aproximou-se mais a ela e começou a desabotoar a camisa.

- Isto as esquentará - disse, e meteu as mãos de Dulce sob as axilas.

Dulce estava muda de assombro. Não podia acreditar que suas mãos tivessem aninhado como pássaros nas axilas do Uckerman. O calor de seu corpo lhe esquentava os dedos frios. Na realidade, não estava tocando sua pele; ele levava posta uma camiseta.

Nunca antes, entretanto, tinha compartilhado um momento de maior intimidade com outra pessoa. Axilas... Sim, todo mundo tinha axilas, mas ela, pelo menos, não estava acostumada a tocar as de outros.

Nunca antes se havia sentido agasalhada por outra pessoa, e muito menos por um homem. As robustas pernas do Chris atendiam as suas. Estava um pouco inclinada para frente, com as mãos colocadas sob os braços de Chris, e de repente ele começou a lhe esfregar energicamente os braços e os ombros, e logo as coxas.

Dulce deixou escapar um leve gemido de surpresa. Logo que podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo com ela, a Dulce Maria Sanviñón, uma professora solteirona.

Chris estava concentrado em sua tarefa, mas levantou o olhar ao ouvir seu gemido e viu seus grandes olhos azuis. Eram de um azul estranho, pensou. Seu tom tinha um reflexo cinza.

Azul piçarra, isso era. Notou vagamente que lhe tinha desfeito o enfraquecido coque em que se recolheu o cabelo e que sua cara aparecia emoldurada em sedosas mechas ruivas. Sua cara estava muito perto, a uns poucos centímetros da dele.

Tinha a pele mais delicada que Chris tinha visto nunca, fina como a de um recém-nascido, tão clara e translúcida que se via os delicados traços das veias azuis de suas têmporas. Só os muito jovens deviam ter uma pele assim.

Enquanto a observava, o rubor começou de novo a tingir os maçãs do rosto de Dulce, e Chris sentiu que ia ficando involuntariamente hipnotizado ante aquela visão. Perguntava-se se sua pele seria tão macia e delicada em todas partes: nos seios, na barriga, nas coxas, entre as pernas...

Aquela idéia lhe produziu uma sacudida elétrica que lhe arrepiou os nervos. Que bem cheirava! Mas certamente se levantaria de um salto se lhe subisse a saia, como desejava afundava a cara entre suas macias coxas.

Dulce passou a língua nos lábios, alheia ao modo em que os olhos de Chris seguiam o movimento de sua língua. Tinha que dizer algo, mas não sabia o que. A proximidade de Chris parecia lhe haver paralisado o pensamento. Céu santo, que perto estava! Tinha que recordar a que tinha ido ali, em vez de comportar-se como uma boba só porque um homem bonito e viril, embora um tanto tosco, aproximara-se dela. Lambeu os lábios outra vez, pigarreou e disse:

- Eu... é... vim falar com o Joe, se for possível.

A expressão de Chris mudou muito pouco, mas Dulce teve a impressão de que se distanciava dela de repente.

- Joe não está aqui. Está fazendo outras coisas.

- Entendo. E quando voltará?

- Dentro de uma hora. Pode ser duas.

Ela o olhou com certa incredulidade.

- Você é seu pai?

- Sim.

- Sua mãe está...?

- Morta.

Aquela palavra crua e desolada desconcertou a Dulce, quem ao mesmo tempo sentiu uma leve e surpreendente sensação de alívio. Desviou o olhar outra vez.

- O que lhe parece que Joe tenha deixado o colégio?

- Foi decisão dele.

- Mas só tem dezesseis anos! É um pirralho e...

- É índio - interrompeu-a Chris. - É um homem.

Dulce sentiu um arrebatamento de raiva e de indignação. Afastou as mãos das axilas de Chris e pôs os braços em jarras.

- O que tem que ver isso? Seu filho tem dezesseis anos e deve seguir estudando.

- Sabe ler, escrever e fazer contas. E também sabe tudo o que terá que saber para treinar um cavalo e levar um rancho. Foi ele quem decidiu deixar o colégio para trabalhar. Este é meu rancho, e minha montanha. Algum dia será dele. Foi ele quem decidiu a que queria dedicar-se. E é a treinar cavalos.

Ao Chris o incomodava dar explicações sobre seus assuntos e os de seu filho, mas aquela professora respondona e desarrumada tinha algo que o impulsionava a responder.

Ela não parecia dar-se conta de que eram índios; sabia em um sentido intelectual, certamente, mas estava claro que ignorava o que supunha ser índio, e ser Chris Uckerman em particular, e que todo mundo o olhasse com desprezo.

- De todos os modos, eu gostaria de falar com ele - disse Dulce com obstinação.

- Isso quem decide é ele. Pode ser que não queira falar com você.

- Não vai tentar influenciar em sua opinião?

- Não.

- Por que não? Pelo menos deveria ter tentado que seguisse no colégio!

Chris se aproximou dela até que seus narizes quase se tocaram. Dulce olhou pasmada seus olhos negros.

- Meu filho é índio, senhora. Pode ser que você não saiba o que isso significa. Você é branca. Os índios não são bem recebidos em nenhuma parte. A educação que tem meu filho a procurou ele sozinho, sem a ajuda de nenhuma professora branca. Nunca faziam conta, e quando o faziam era para insultá-lo. Por que ia querer voltar?

Dulce tragou saliva, alarmada por aquele estalo de cólera. Não estava acostumada a que os homens lhe gritassem impropérios à cara. Para falar a verdade, não estava acostumada aos homens absolutamente.

Desde cedo, os meninos não a tinham feito caso por estudar e por não ser bonita, e ao fazer-se maior as coisas não tinham mudado muito. Empalideceu um pouco, mas estava tão convencida dos benefícios de uma boa educação que não se deixou intimidar.

As pessoas grandes estavam acostumados a esmagar às pequenas, certamente sem dar-se conta, mas não ia dar-se por vencida só porque aquele homem era maior que ela.

- Era o melhor de sua classe - disse com energia. - Se o conseguiu sozinho, imagine o que poderia fazer com um pouco de ajuda.

Chris se ergueu em toda sua estatura, abatendo-se sobre ela.

- Já lhe disse que isso tem que decidir ele.

O café estava preparado fazia tempo. Chris se voltou para servir uma xícara e entregou a ela. O silêncio se fez outra vez entre eles. Ele se apoiou nos armários e a observou beber delicadamente, como um gato. Delicada, sim, isso era.

Não era diminuta; média talvez um metro e sessenta, mas era de compleição miúda. Chris baixou os olhos para seus seios, que se adivinhavam sob o antiquado vestido azul. Não eram grandes, mas pareciam bonitos e redondos. Perguntou-se se seus mamilos seriam de um tenro rosa claro ou de um bege rosado, se seria capaz de acolhê-lo amplamente no interior de seu corpo, se estaria tão tensa que se voltaria louco...

Chris atalhou bruscamente aqueles pensamentos. Maldição, deveria ter gravada a fogo na alma aquela lição. As brancas podiam paquerar com ele e revoar a seu redor, mas, na hora da verdade, poucas queriam atar-se com um índio.

Aquela brega nem sequer estava paquerando, assim por que estava se excitando tanto? Possivelmente porque era uma brega. Não parava de imaginar como seria seu corpo sob aquele horrendo vestido, nu e estendido sobre os lençóis.

Dulce deixou a um lado a xícara.

- Já me aqueci. Obrigado, o café me sentou muito bem - o café, e o modo em que lhe tinha esfregado todo o corpo, mas isso não pensava dizer-lhe. Levantou o olhar para ele e vacilou, indecisa, ao ver a expressão de seus olhos negros. Ignorava o que era, mas havia nele algo que fazia que lhe acelerasse o pulso e que se turvasse levemente. Estava olhando seus seios?

- Acredito que ficará bem a roupa velha do Joe - disse ele com voz e semblante inexpressivos.

- Não necessito de roupa. Quero dizer que a que levo é perfeitamente...

- Ridícula - ele a interrompeu. - Isto é Wyoming, senhora, não Nova Orleans, ou de em qualquer lugar que você venha.

- De Savannah - disse ela.

Ele começou a resmungar, o qual parecia ser um de seus meios de comunicação essenciais, e tirou uma toalha de uma gaveta. Ajoelhou-se, tirou-lhe os pés da água e os envolveu na toalha, esfregando-lhe com uma delicadeza tão acusada que contrastava vivamente com a hostilidade apenas velada de sua atitude. Logo ficou em pé e disse:

- Venha comigo.

- Aonde?

- Ao dormitório - Dulce ficou parada, piscando, e um azedo sorriso torceu a boca do Chris. - Não se preocupe - disse com aspereza. - Tentarei controlar meus selvagens apetites, e assim que trocar de roupa poderá ir embora de minha montanha.



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Autor(a): staucker

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Dulce ficou de pé e levantou o queixo. Sua boca tinha uma careta afetada.- Não é necessário que zombe de mim, senhor Uckerman - disse com calma, apesar de que lhe custou um árduo esforço modular a voz. Sabia que não era muito atraente; não necessitava que ninguém o recordasse com sarcasmo. Pelo geral, sua pr&oacu ...



Comentários do Capítulo:

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  • marques Postado em 01/08/2008 - 18:57:25

    Posta mais em LIÇÕES PRIVADAS,
    muito boa, posta ++++++++
    Amei, continhua, sempre
    Bjs

  • staucker Postado em 27/10/2007 - 12:32:41

    gnt capitulo novo na web liçoes privadas...
    cacazinha vlw pelos coments...
    parece q so vc gosta dessa web
    [momento depressivo]
    comentem
    pliX!

  • cacazinha Postado em 20/10/2007 - 20:52:19

    huahuahuahua!
    olha só
    como eu já li.... hehehe!
    acho q preciso esperar os avances!
    mais vou estar sempre comentando pra te animar xD gostou dessa? skaoskoaskosp¹²³
    eu acho q eu não posso comentar mt sobre a web... senão estraga a surpresa das outras!
    hehehehe!
    se bem q qndo vc colocou o nome da nova web... eu pressenti q já tinha visto em algum lugar!
    tô procurando uma web chamada desejo rebelde.... mais tá dificil... hauahuahuahua!
    tô indo, tô indo... já fiz um discurso aki xD
    bjs

  • staucker Postado em 20/10/2007 - 19:33:55

    1° capitulo ja ta on

    espero q v6 gostem

    ah... se puderem dxm uns coments p/ mim

    pliX!

    xDxDxDxDxDxDxDxD

  • staucker Postado em 20/10/2007 - 18:33:27

    uahuahuahuahuahuah
    poe intensa nissO!
    eu tb adoro o joe...
    mto fofo!
    daqui a poco eu posto o 1° capitulo
    e vlw pela recomendaçao!
    bjuU.

  • cacazinha Postado em 20/10/2007 - 12:51:27

    eu já vi essa história
    mais em espanhol... eu li pela metade
    pq o site bloqueou a minha conta!
    mais eu vou acompanhar aki.... essa web é intensa né? hauhauhauhua... mais o Filho do chris é um amor *---* eu acho pelo menos!
    e recomendo pra todas as leitoras a web!
    já espero o primeiro cap
    beijos ;*


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