Fanfic: Safe and Sound- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter; The hunger games

PDV Lali:

Vou até o riacho pegar um pouco de agua, e noto que as pedras próximas a ele estão muito quentes por conta do sol. Então decido pegar algumas dessas pedras e esquentar a agua da sopa com elas.

Coloco algumas raízes e carnes dentro do pote e o deixo lá esquentando enquanto vou verificar Peter. quando volto, ele esta esticado em cima do saco de dormir nas sombras das pedras. Embora se alegre quando apareço seu sofrimento é visível. Coloco panos úmidos na sua testa, mas esquentam automaticamente.

Lali: voce quer alguma coisa?

Peter: não, obrigado. Espere aí, quero sim! Conta uma historia.

Lali: historia? Sobre o que? – não sou muito de contar historias, mas de vez em quando Vale consegue me convencer a contar uma ou outra.

Peter: alguma coisa alegre, conta pra mim qual foi o dia mais feliz da sua vida.

Uma historia alegre? Isso vai requerer muito mais esforço do que a sopa. Vasculho minha mente e a maioria dos meus momentos alegres são com Gas, mas isso não parece conveniente. Nem ao publico, nem ao Peter. então sobra Vale.

Lali: já te contei como consegui a cabra de Vale? – ele nega com a cabeça e me olha com expectativa.

Então começo a contar, mas com cuidado. Minhas palavras estão sendo transmitidas para toda Panem e eu não quero causar nenhum tipo de perigo a Gas ou qualquer outro. Aqui está a verdadeira historia.

Começo do flashback:

Era uma noite de sexta-feira, um dia antes ao décimo aniversario de Vale, no fim de maio. Assim que terminou a aula, Gas e eu fomos correndo para floresta, eu queria vender muito para comprar um presente para Vale. Nossas arapucas funcionaram bem e a floresta estava repleto de verdura, mas nada além do que conseguíamos em nossas caçadas de sexta-feira. Estava decepcionada mesmo com Gas me confortando, dizendo que sairíamos melhor no dia seguinte. Sentamos para descansar perto do riacho quando vimos um jovem gamo, provavelmente filhote.

No mesmo instante duas flechas o acertaram, Gas e eu atiramos no mesmo tempo. O gamo tentou correr, mas tropeçou e a faca de Gas cortou-lhe a garganta antes que ele pudesse saber o que havia acontecido. Levamos ao açougue e o vendemos por um preço justo, mas o valor total ficou muito menos do que a gente esperava. Então Gas e eu fomos ao prego na praça para comprar alguns materiais para a confecção de um vestido. Enquanto eu estava analisando tecidos algo me chamou atenção.

Um velho carrancudo que possui um pequeno rebanho de cabras. Ele é imundo e impaciente, mas as cabras são limpas e seu leite é bem nutritivo, se voce tiver como pagar por ele. Uma das cabras brancas com manchas pretas estava deitada em cima da carroça. Alguma coisa, um cão provavelmente, a havia machucado. Ela estava tão ruim que o velho precisava levanta-la para dar-lhe leite. Mas me ocorreu que tinha duas pessoas que sabiam curar aquela enfermidade.

Lali: Gas. – sussurrei- quero dar aquela cabra a Vale.

Possuir uma cabra pode mudar a vida de alguem no distrito 12, além deles sobreviverem com quase tudo, seu leite e queijo são bem pagos.

Gas: ela está bem machucada. É melhor a gente olhar de perto.

Nós nos aproximamos e compramos um copo de leite e ficamos perto da cabra para olha-la.

XXX: deixe ela em paz. – advertiu o velho.

Gas: só estamos olhando.

XXX: então olha rápido. Ela está indo pro açougue, ninguém compra o leite dela e ainda por cima só pagam a metade do preço.

Lali: quanto a açougueira está lhe dando por ela? – o homem deu de ombros.

XXX: fica por aí que voce vai ver. – virei-me e vi Rooba, a mulher do açougue vindo em nossa direção. – sorte sua que voce chegou. A menina está de olho na sua cabra.

Rooba: não se ela já estiver prometida. – ela me olhou de cima a baixo. – não sei se vou quere-la. Olha só o machucado, aposto que metade da carcaça deve estar podre. Não deve dar nem pra fazer salsicha.

XXX: o que? A gente tinha feito um trato!

Rooba: a gente tinha feito um trato com um animal com algumas marcas de dentes. Não isso aqui. Vendo o bicho pra ela, se ela for idiota. – saiu e pude ve-la piscando pra mim.

Algumas pessoas que surgiram lá sugeriram um preço adequado pra cabra, seria um negocio excelente se ela vivesse. Ao contrario eu teria sido roubada. Gas ofereceu para carrega-la, ele queria ver a cara de Vale tanto quanto eu. Na volta pra casa, comprei uma fitinha cor de rosa e amarrei em seu pescoço.

Lali: Vale! Cheguei! – a gritei.

Vale: oi, o que trouxe pra mim? – ansiosa.

Lali: feche os olhos. – ela fechou com as mãozinhas em cima. Coloquei a cabra em pé do lado dela, claro com a ajuda de Gas. – agora abra.

Voce tinha que ver a reação de Vale quando viu a cabra. Lembre-se que é essa a garota que chorou para salvar Butter aquele gato horroroso. Ela ficou tão entusiasmada que começou a chorar e a rir ao mesmo tempo. Minha mae não se alegrou muito ao ver o machucado, mas logo começou a trabalhar nele e ela ficou boa.

Fim do flashback

Peter: elas parecem com voce. – falou de minha mae e Vale.

Lali: não. Elas fazem magica, aquela coisinha não morreria nem que tentasse. – mordo minha língua ao perceber o que falo. Peter nas minhas mãos incompetentes.

Peter: não se preocupe. Não estou tentando. – brinca ele. – termina logo essa historia.

Lali: bem é isso. Naquela noite Vale colocou a cabra para dormir junto a ela a cobrindo com um cobertor. Ela deu o nome a cabra de Lady e antes delas dormirem a cabra lambeu o rosto dela, tipo agradecendo. Lady já estava apaixonada por ela.

Peter: ela ainda está usando a fitinha?

Lali: acho que sim porque?

Peter: estou tentando visualizar a cena. Dá pra ver porque voce ficou feliz.

Lali: é claro que eu sabia que aquela cabra seria uma pequena mina de ouro.

Peter: sim, é claro que falei isso e não a duradoura alegria que voce proporcionou a sua irma que voce ama, a ponto de substituí-la na colheita.

Lali: a cabra se pagou. Muitas e muitas vezes o preço que paguei por ela. – retruco.

Peter: bem, ela não ousaria fazer qualquer coisa depois de voce ter salvado a vida dela. Pretendo fazer o mesmo.

Lali: jura? Quanto foi que voce me custou mesmo?

Peter: uma boa quantidade de problemas, não se preocupe. Voce vai receber tudo de volta.

Lali: voce não está dizendo coisa com coisa. – coloco a mao sobre sua testa. Ainda está quente. – mas parou de subir. Vou buscar seu jantar.

Saio e pego a sopa que está quente. Dou a Peter que toma obedientemente, deito junto a ele no saco de dormir, pois está frio agora e ficamos acordados, esperando as imagens falando se teve pessoas mortas hoje. 

ooi gente, dedico a:

sofia: verdade principalmente deles. postaado amiga!

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