Fanfic: Safe and Sound- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter; The hunger games

PDV Lali:

O outro dia vem logo e com ele mais chuva, o tempo não dá trégua, nos deixando com fome e sem nada para comer. A única opção é Mariano, mas para isso precisamos conseguir patrocinadores. Mariano não quer algo físico, quer algo pessoal. Mas como eu não vou conseguir falar sobre mim mesma, talvez ele fale.

Lali: Peter. – chamo levemente – voce disse na entrevista que sempre foi apaixonado por mim. quando foi que esse sempre começou?

Peter: ah, vamos ver. Acho que no primeiro dia de aula. Nós tínhamos cinco anos. Voce estava usando vestido vermelho e seus cabelos... estavam presos com duas tranças em vez de uma. Meu pai apontou para voce quando a gente tava esperando para entrar na fila.

Lali: seu pai? Porque?

Peter: ele disse...

Nicolas: está vendo aquela garotinha? Eu queria me casar com a mae dela, mas ela preferiu um trabalhador das minas.

Lali: o que? Voce está inventando tudo isso!

Peter: não! É verdade! E eu disse...

Peter: um trabalhador das minas? Porque ela preferiu um trabalhador das minas se podia ter voce?

Nicolas: porque quando ele canta... até os pássaros param para ouvir.

Lali: isso é verdade, eles param mesmo. Enfim, eles paravam. – acabo compreendendo sobre minha relutância de cantar, é porque me faz lembrar de meu pai.

Peter: entao naquele dia, na aula de musica, a professora perguntou quem conhecia a canção do vale. Sua mao logo se ergueu. Ela colocou voce em um banquinho e mandou voce cantar pra gente. E juro, todos os pássaros do lado de fora ficaram em silencio.

Lali: ah, por favor. – rio.

Peter: não, aconteceu mesmo. E assim que voce terminou a canção, percebi, exatamente como sua mae, que eu estava caído por voce. Entao pelos onze anos seguintes, tentei preparar os nervos para falar com voce.

Lali: sem sucesso. –acrescento.

Peter: sem sucesso. Aí, num certo sentido, meu nome ter sido escolhido na colheita acabou sendo um verdadeiro golpe de sorte.

Por um momento, estou sentindo uma felicidade tola, e entao uma atrapalhação total tomou conta do meu ser. Nós deveríamos estar inventando essa coisa toda, mas não, a historia de Peter tem um quê de verdade. A parte sobre meu pai e os pássaros, e cantei mesmo no primeiro dia de aula, embora eu não me lembrasse muito.

Isso explicaria outra coisa também. Porque Peter levou aquela surra para me dar o pao naquele dia horroroso. Entao se todos esses detalhes são verdadeiros... será que tudo isso é verdade?

Lali: voce possui uma... memoria notável.

Peter: eu lembro tudo a seu respeito. – colocou um fio de cabelo solto atrás da minha orelha - é que voce nunca prestou atenção.

Lali: agora estou prestando.

Peter: bem, aqui não tenho tantos competidores. – quero mudar de assunto mas sei que não posso. É como se eu ouvisse Mariano falando: “fale!” “fale!” engulo em seco e deixo as palavras saírem da minha boca.

Lali: voce não tem competidores em lugar nenhum.

e dessa vez sou eu quem aproxima. Nossos lábios se tocaram e começa um beijo leve, mas logo vai esquentando e minha boca é invadida por sua língua. Mas não há nada mais além disso, ele encerra com selinhos em meus lábios. Quando a explosão lá fora me faz dar um pulo. O arco já está na minha mao e a flecha preparada para voar. Mas não há nenhum outro som. Peter espia entre as pedras e emite um grito de entusiasmo.

Antes que eu possa impedir, ele já está na chuva me entregando alguma coisa. Um paraquedas prateado atado a uma cesta. Abro-a imediatamente com um rasgao e encontro um verdadeiro banquete dentro: pãezinhos frescos, queijo de cabra, maças e o cozido de carneiro com arroz selvagem. Peter se contorce para entrar na caverna, seu rosto iluminado como o sol.

Peter: acho que Mariano tenha finalmente cansado de nos ver passar fome.

Lali: imagino que sim.

Mas na minha cabeça posso ouvir as palavras presunçosas e levemente exasperadas de Mariano: “sim, é isso que estou procurando, docinho”.

ooi povo bom espero que gostem de Laliter *----* nao dedico a ninguem pois ninguem comentou. 

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