Fanfic: Safe and Sound- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter; The hunger games

PDV Lali:

Todas as celulas de meu corpo desejam que eu enfie a cara no cozido e me empanturre até dizer chega. Mas a voz de Peter me faz parar.

Peter: é melhor a gente comer devagar esse cozido. Lembra a primeira noite no trem? A comida pesada me deixou enjoado, e eu nem estava com tanta fome assim.

Lali: voce tem razão. E eu bem que podia engolir isso aqui tudo! – comento lamentando a situação. Mas não faço isso. Somos bastantes sensatos. Cada um come uma pequena porção nos pratos e talheres de prata que eles mandaram. – quero mais.

Peter: eu também. É o seguinte, a gente espera uma hora, se a comida assentar no estomago, aí a gente come mais um pouco.

Lali: combinado. Vai ser uma hora bem demorada.

Peter: talvez não tão demorada. O que era mesmo que voce estava dizendo antes da comida chegar? Alguma coisa a meu respeito... nenhum competidor... a melhor coisa que aconteceu com voce na sua vida...

Lali: não me lembro dessa ultima parte.- retruco na esperança de que as luzes daqui da caverna estejam fracas para que ninguém possa ver meu rosto vermelho.

Peter: ah, certo. Isso era o que eu estava pensando. Chega pra lá, estou congelando. – deixo um espaço para ele no saco de dormir. Nós nos encostamos contra a parede da caverna, minha cabeça sobre seu ombro, ele abraçado a mim. Posso sentir Mariano me cutucando para eu prosseguir com a cena.

Lali: nós tínhamos 5 anos e desde entao voce nunca reparou nas outras garotas?

Peter: não. Eu reparava em todas as garotas, mas nenhuma delas me deixou uma impressão tão duradoura quanto voce.

Lali: tenho certeza de que esse negocio de voce gostar de uma garota da Costura emocionaria muito seus pais.

Peter: dificilmente. Mas isso não me importa nenhum pouco. De qualquer modo, se a gente conseguir voltar, voce não vai ser mais uma garota da Costura, voce vai ser uma garota da Aldeia dos Vitoriosos.

É isso aí. Se nós vencermos, cada um de nós vai ganhar uma casa na parte da cidade reservada aos vitoriosos dos Jogos Vorazes. Muito tempo atrás, por ocasião no inicio dos Jogos, a Capital construiu uma dúzia de belas casas em cada distrito. É claro que o nosso, só uma está ocupada. Um pensamento perturbador entao me ocorre.

Lali: mas entao, nosso único vizinho vai ser Mariano!

Peter: ah isso vai ser legal. – me abraçando com mais intensidade – voce, eu e Mariano. Bem aconchegante. Piqueniques, aniversários, longas noites de inverno ao redor da lareira, rememorando antigas historias dos Jogos Vorazes.

Lali: eu te disse, ele me odeia! – retruco, mas não consigo evitar uma risada ao imaginar Mariano se tornando meu novo amigo.

Peter: só as vezes. Quando ele está sóbrio, nunca fala qualquer coisa negativa sobre voce.

Lali: ele nunca está sóbrio!

Peter: é verdade. Em quem estou pensando afinal? Ah, já sei. Agustin. É Agustin que gosta de voce. Principalmente porque voce não tentou correr quando ele tocou fogo em voce. Por outro lado, Mariano... bem, se eu fosse voce, evitaria Mariano completamente. Ele te odeia.

Lali: pensei que voce tinha dito que eu era a favorita dele.

Peter: ele me odeia mais ainda. Acho que, no geral, gente não é o negocio dele.

Sei que o publico vai gostar de nós estarmos nos divertindo a custa de Mariano. Está ali a tanto tempo, é praticamente um velho amigo de alguns deles. A uma hora dessas, já devem tê-lo arrastado para fora da sala de controle para dar entrevistas sobre nós.

É engraçado. Mariano e eu não nos darmos muito bem juntos, mas talvez Peter esteja certo quando diz que somos parecidos, porque ele parece ser capaz de se comunicar comigo, se levarmos em conta o seu timing perfeito no envio de dádivas.

Lali: como voce acha que ele conseguiu?

Peter: quem? Conseguiu o que?

Lali: Mariano. Como voce acha que ele venceu os jogos? – Peter pondera a pergunta durante um bom tempo antes de responder.

Peter: ele foi mais esperto do que os outros.

Balanço a cabeça em concordância e abandono a conversa. Mas, secretamente, estou imaginando se Mariano ficou sóbrio por tempo suficiente para ajudar Peter e a mim porque pensou que nós dois talvez tivéssemos a sagacidade necessária para sobreviver.

Quase meia hora se passou quando decidimos que precisamos comer novamente. Enquanto como mais duas pequenas porções do cozido ouvimos o inicio do hino. Peter encosta os olhos na greta das pedras para observar o céu.

Lali: não deve haver nada para ser ver hoje. Não aconteceu nada, senão a gente teria escutado o canhão.

Peter: Lali. – diz tranquilamente.

Lali: o que? Quer dividir outro pãozinho?

Peter: Lali.

Lali: vou dividir. Mas vou guardar o queijo para amanha. – Peter está olhando pra mim – que é?

Peter: Vico morreu.

Lali: não pode ser...

Peter: o tiro do canhao deve ter sido durante a tempestade e a gente nem se deu conta.

Lali: tem certeza? Enfim, está chovendo bastante lá fora. Não sei como voce consegue enxergar alguma coisa.

Eu o empurro para o lado e espremo os olhos na direção do céu escuro e chuvoso. Por mais ou menos 10 segundos, vislumbro a imagem distorcida de Vico e entao ele desaparece. Num piscar de olhos.

ooi povo! bom sorry pela demora, com os protestos e talz to meio sem tempo. bom dedico a:

sofia: tambem amei Laliter, postaado! gracias por comentar!

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