Fanfic: Safe and Sound- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter; The hunger games

PDV Lali:

Sacudo o ombro de Peter. Seus olhos se abrem sonolentos e quando se fixam em mim, ele me puxa e me dá um longo beijo.

lali: estamos perdendo tempo de caçada. - digo quando finalmente consigo me afastar.

peter: eu nao chamaria isso de perda. - se espreguiçava longamente enquanto se sentava - quer dizer entao que a gente caçade estomago vazio pra ter uma vantagem?

lali: nao, nao. a gente enche a barriga pra ficar mais poderoso.

peter: pode contar comigo. - ele fica surpreso quando divido o resto do arroz e do cozido enchendo seu prato - tudo isso?

lali: a gente recupera hoje. - e ambos mergulhamos em nossos pratos, pode até estar frio, mas é uma das melhores  coisas que já comi na vida! Deixo o garfo de lado e raspo os ultimos resquicios de molho com o dedo. - já até estou vendo Jime estremecendo com meus modos.

peter: hey, Jime, olha pra isso! - ele joga o garfo por cima do ombro e literalmente lambe o prato com a lingua, produzindo ruídos de extrema satisfaçao. Depois manda um beijo para ela e diz: - estamos com saudades de voce, Jime!

cubro sua boca com minha mao mas estou rindo.

lali: para com isso! Pablo pode estar aqui fora! - ele retira minha mao.

peter: e eu com isso? agora tenho voce para me proteger. - me puxa pra perto dele.

lali: dá um tempo... - peço, exasperada, tentando me livrar da sua pegada, mas nao antes de receber outro beijo.

assim que estamos com tudo arrumado e em pé do lado de fora da caverna, deixamos as brincadeiras de lado e ficamos sérios. é como se nos ultimos dias, protegidos pelas pedras da tempestade,da chuva e das preocupaçoes de Pablo em relaçao a Vico, nós tivessemos tido uma trégua. agora, embora o dia esteja ensolarado e quente, nós dois estamos com a sensaçao de estar de volta aos Jogos.

Entrego minha faca a Peter, já que todas as armas que ele possuia já nao existem há tempo, e ele a prende no cinto. Minhas ultimas sete flechas, chacoalham soltas na aljava. Nao posso me dar ao luxo de perder mais nenhuma.

peter: ele já deve estar na nossa cola a uma hora dessas. Pablo nao é do tipo que espera sua presa aparecer.

lali: se ele nao estiver ferido...

peter: isso nao vai fazer diferença. Se puder se mover, ele virá.

com toda aquela chuva, o riacho transbordou pelos dois lados da margem. paramos para encher nossas garrafas de agua, e verificando, acho pouco provavel conseguir comida aqui.

lali: se a gente quer comida, é melhor a gente voltar pro meu antigo local de caçada.

peter: voce manda. basta dizer o que voce quer que eu faça.

lali: fica de olho. Fica nas pedras o maximo possivel, nao faz sentido a gente deixar rastros para ele nos seguir. e ouça por nós dois.

eu caminharia até na agua para evitar qualquer tipo de pegada, mas nao tenho certeza se a perna de Peter aguenta a correnteza. Embora os medicamentos tenham erradicado a infecção, ele ainda está bem fraco. Minha testa dói no local onde a faca entrou, mas nao sangrava mais. 

enquanto subimos o riacho, passamos pelo local onde encontrei Peter camuflado na lama. Os penedos se transformam em rochas, que transformam-se em pedras e logo estamos de volta as agulhas de pinheiro da floresta. Pela primeira vez, percebo que temos um problema: andar pelo terreno pedregoso com uma perna machucada. Mesmo no leito macio dos pinheiros Peter faz muito barulho.

peter: o que é?

lali: voce precisa fazer menos barulhoao andar. Nao estou me referindo a Pablo, mas voce deve estar espantando todos os coelhos num raio de 10 quilometros.

peter: é mesmo? desculpa, eu nao sabia.

entao recomeçamos e ele está um pouquinho melhor, mas mesmo com meu ouvido funcionando ele me faz dar pulos.

lali: acho melhor nos separarmos.

peter: sim eu estou espantando os animais.

lali: só porque sua perna está machucada. 

peter: eu sei, entao porque voce nao vai? mostra pra mim algumas plantas que eu possa comer, assim nós dois seremos úteis.

lali: nao se Pablo aparecer e te matar. - ele apenas ri.

peter: olha aqui, consigo encarar Pablo. Já lutei com ele antes, nao lutei? - certo e o resultado foi fantastico, ele acabou morto na lama. quero dizer isso, mas nao consigo. entao tenho uma outra tática.

lali: e se voce subisse em uma arvore e ficasse de vigia enquanto eu caço?

peter: e se voce me mostrasse o que é comestivel por aqui e fosse atras de alguma carne pra comer? Só nao vai muito longe, porque se precisar de ajuda vai ser dificil.

suspiro e lhe mostro algumas raizes e amoras que Angela me ensinou a identificar, ensino-lhe um assobio de passaro o que eu usava com Angela e saio. 

distante dele, a floresta está cheia de sons de animais. Estimulada por seus assobios periódicos, eu me permito aventurar-me um pouco mais alem e logo tenho dois coelhos e um esquilo gordo como recompensa. Enquanto percorro a curta distancia de volta, noto que nós nao trocamos sinais por algum tempo. quando nao recebo resposta, corro. quase imediatamente, encontro a mochila e uma pilha bem arrumada de raizes em seu interior. O pedaço de plastico estendido no chao onde o sol atinge a camada unica de amoras que o cobre, mas onde esta ele?

lali: Peter! - grito em panico - Peter! - volto-me na direçao de um farfalhar de arbustos e quase acerto uma flecha nele, mas puxo no ultimo segundo. meu medo se transforma em raiva. - o que voce está fazendo? voce deveria estar aqui e nao correndo na floresta!

peter: achei umas amoras perto do riacho. - estava visivelmente confuso com meu ataque.

lali. eu asobiei. porque voce nao assobiu de volta?

peter: nao ouvi, a agua é barulhenta demais. - ele aproxima e coloca as maos nos meus ombros, só entao percebo que estou tremendo.

lali: achei que Pablo tivesse te matado!

peter: nao, estou bem. - ele me abraça, mas nao retribuo - Lali?

empurru-o para longe tentando organizar meus sentimentos, olho em direçao a mata uma figura deitada no chao com a boca roxa marcada pelas amoras.

lali: olhe. - apontei e ele virou o rosto na direçao, Rochi.

peter: imagino como ela nos encontrou. acho que foi culpa minha, se fiz mesmo todo esse barulho.

lali: essas sao amoras cadeados, é só voce colocar na boca e ela te mata. voce ia morrer Peter!

peter: desculpe, eu nao sabia.

lali: ela é bem esperta. claro, ate voce se provar mais raposino que ela.

peter: mas nao foi de proposito que deixei as amoras ali. nao me soa muito justo. enfim, nós dois estariamos mortos se ela nao tivesse comido primeiro. nao, nao comeriamos. voce sabe o que sao.

lali: sim.

peter: até o nome soa mortifero, desculpa Lali. realmente imaginei que elas fossem do mesmo tipo das que voce colheu.

lali: nao precisa pedir desculpas, estamos mais perto de casa, certo?

peter: vou me livrar das que sobraram.

lali:espera! - ele parou no caminho, peguei uma"cestinha" feita com folhas e coloquei as amoras dentro. ele me olhou implorando uma explicaçao - talvez Pablo goste de amoras. - sorri.

oooi gente, bom eu nao abandonei voces! como esta acabando já a web, vou postar essa semana todos os capitulos finais, e nao sao muitos. bom dedico a:

sofia: postado amiga!

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