Fanfic: Jogando Com o Amor - AyD | Tema: portiñon

Roberta bem que tentou ser discreta quando reencontrou Dulce, mas estava com
tanta saudade, que não conseguiu evitar: se pendurou no pescoço dela e deu-lhe
muitos beijinhos, sob o olhar crítico de Gabriela.

-Podemos ir ou vocês
vão ficar nessa melação toda? – perguntou a garota desconfortável com a
situação.

-Vamos sim, Gaby! – disse Dulce sorrindo e beijando a prima
delicadamente no rosto – Estava com saudades de vocês, sabia?
Muita
mesmo!

-Será que acreditamos nela, Gaby? – perguntou Roberta sorrindo –
Acho que com a namoradinha do lado, Dulce nem se lembrou de nós. O que você
acha?

Esquecendo o exagero de Roberta ao cumprimentar a prima, Gabriela
sorriu.

-Eu concordo plenamente com você! Quero ver essa menina de
perto, só pra saber o que você viu nela, Dul!

-Você vai ver e vai me dar
razão! – disse Dulce quando chegaram ao carro – Anahí é muito linda e pra lá de
especial!

Mais tarde, depois de já instaladas no quarto de Dulce, as três desceram para o
jantar. Tudo muito informal, Carmem passara numa lanchonete e comprara pizzas.
Hugo e Ed já estavam na mesa, mas Paulo não jantaria em casa aquela noite.

Dulce não era cega ao ponto de não notar o afastamento evidente entre seus
pais. Não sabia que eles já estavam oficialmente separados, mas desconfiava que
a vida de casal dos dois não fosse mais a mesma há muito tempo.
Ela não tinha
nada contra o pai. Ele sempre fora amoroso e atencioso com ela, mas Carmem era
seu grande exemplo na vida. E sua única preocupação era que esta fosse feliz.

As apresentações foram tão informais quanto o jantar. Carmem adorou Roberta.
Além de linda, com aquela beleza exótica, a garota era extrovertida e muito
simpática.
Os dois marmanjos da casa ficaram um tempo de boca aberta quando
se depararam com a amiga de Dulce. Ed foi tão exagerado nisso, que a prima
fechou-lhe a boca delicadamente quando se sentou a mesa ao lado de
Roberta.

-Não baba, mané! – falou Dulce rindo – E nem olha muito porque
não é pro seu bico!Roberta e Gabriela riram da cara abobalhada de Ed e da afirmação de Dulce, que o
deixara mais confuso ainda.
O jantar foi bem animado e cheio de conversa.
Todos queriam saber de Gabriela como iam os estudos e seus pais, já a Roberta
perguntavam coisas sobre a Estadual e seu trabalho no campus.

-Você faz
que curso, minha filha? – Carmem quis saber.

-Estou no último período de
enfermagem – esclareceu Roberta sorrindo – Trabalho no hospital universitário da
Estadual.

-Último período? – admirou-se Ed – Quantos anos você
tem?

Gabriela olhou o irmão com reprovação.

-Sempre muito sutil
você, irmãozinho! Onde já se viu perguntar a idade da Roberta?!

-Oxe, o
que é que tem? – Ed falou sem entender o porquê da bronca.

-Deixa pra
lá! – disse Gabriela – Você não entende nada mesmo!

-Não tem problema,
Gaby – Roberta falou voltando-se para Ed – Não tenho vergonha da minha idade.
Estou com 24 anos.

-Puxa! – disse ele um tanto perturbado com o olhar
direto dela sobre si, ao ponto de gaguejar – Não parece mesmo, viu? Você tá...
mu... muito bem!

Roberta sorriu do jeito embaraçado dele.


-Obrigada. Você também está muito bem, Ed!