Fanfic: Jogando Com o Amor - AyD | Tema: portiñon

olha a porrada ....kkkkkk

Com a raiva crescendo no peito, Anahí correu de onde estava para o lugar em que
as duas dançavam. Nem pensou na multidão, nas pessoas olhando-a descontrolada,
só queria extravasar o ódio que sentia e sem pensar duas vezes, partiu para cima
de Roberta.
Esta, pega de surpresa, levou a primeira bofetada antes que
pudesse reagir, ou ser defendida por Dulce. As duas se atracaram no meio da
pista de dança, sem se preocuparem com todas as pessoas que as cercavam e
observavam a cena atônitas.

Dulce nunca pensou que Anahí reagiria de uma
forma tão violenta. Ela estava impossível de controlar e teimava em agredir
fisicamente e verbalmente Roberta. Só com a intervenção de Guilherme, que não
entendia nada da reação da irmã, conseguiu separar as duas.

-Quem você
pensa que é sua vagabunda? – ainda gritava Anahí enfurecida – Eu mato você, ta
me ouvindo? Eu acabo com a sua raça! Vadia!

-Pára, Anahí! – dizia
Guilherme segurando a irmã e a tirando dali – Vamos sair daqui!

-Cala a
boca! – Dulce conseguira dizer a ela, enquanto tentava ajudar à amiga – Você tá
louca? Larga ela!

Roberta estava completamente descabelada, rosto
vermelho das pancadas, lábios cortados do primeiro soco que a acertara em cheio.
Tremia e as lágrimas já escorriam, quando Dulce a abraçou delicadamente.


-Vai ficar tudo bem, Rô! – ouviu a amiga sussurrando em seu ouvido –
Vem, vamos sair daqui!

Dulce tirou Roberta do meio dos olhares curiosos da multidão. Ainda conseguiu
olhar para Anahí, novamente junto ao bar, sendo acalmada pelo irmão. Percebeu os
arranhões no rosto e nos braços dela. As unhas de Roberta tinham sido impiedosas
diante da violência com que a atacara. Ficaria marcada por dias.
Os olhares
das duas se encontraram e ela ainda a ouviu falando com todas as letras antes de
sair dali:

-Eu odeio você, Dulce! Espero que você morra junto com essa
vagabunda! Vai pro inferno!

Dulce nada disse. Não tinha palavras pra
definir o que acontecera ali há pouco. Pensara em ciúmes, mas nunca que isso
levasse a agressão física. Não se perdoava por Roberta ter sido machucada. Logo
ela que só queria ajudá-la. Também não sabia se estava feliz com a reação de
Anahí. É claro que ela se incomodara com a proximidade entre ela e Roberta, mas
a surpreendera totalmente com aquele olhar de ódio e aquele ato de violência. O
que aquilo queria dizer exatamente? Ela não queria pensar, só sair dali. E
rápido.

Meia hora depois, as duas estavam na cozinha da casa de Dulce. Roberta tinha
lavado o rosto, penteado os cabelos e deixava a amiga cuidar dos machucados que
tinha. Os lábios ardiam muito.
Não tinham trocado nenhuma palavra no caminho
de volta pra casa. Nenhuma das duas devia saber o que dizer a outra. Nada saíra
como tinham pensado que saísse, afinal.
E Roberta pagara mais caro do que se
dispunha pra ajudar à amiga.

-Pelo menos você sabe que ela tem ciúme de
você! – conseguiu dizer.

Dulce a encarou com uma cara de culpada.


-Eu não fazia idéia que ela iria reagir assim, Roberta – disse – Nem sei
o que te dizer. Acho que te devo muitas desculpas.

Roberta sorriu, mas
fez uma cara de dor quando seus lábios doeram.

-Não foi você que me
bateu, Dul. Não me deve desculpas!

Dulce pegou uma pequena bolsa de gelo
e entregou à amiga.

-Toma, coloca nos seus lábios pra não
inchar!

Roberta obedeceu.

-Vou tomar banho! – disse descendo da
mesa – Posso dormir na sua cama hoje?

-Claro que pode, Rô! Fica à
vontade!

Quando Roberta subiu, Dulce ligou para o telefone celular de
Anahí. Quem atendeu foi uma voz masculina.