Fanfic: Jogando Com o Amor - AyD | Tema: portiñon

Anahí pegava o mesmo ônibus todos os dias para voltar pra casa. Helen a
acompanhava normalmente, mas desde que começara a ficar com Gustavo, um dos
irmãos mais velho de Anahí, os dois não se largavam o caminho todo. Ou seja, ela
sobrava.
Além dos três, mais dois amigos de Gustavo também pegavam o mesmo
ônibus. Hugo e Ed, os dois eram primos. O primeiro fazia parte do time de
natação como Gustavo. Cursava Educação Física e apesar de ser bonito, Anahí era
de opinião que ele se achava muita coisa.
Já Ed cursava Administração com o
irmão de Anahí. Era alto, magro e desde que começara a freqüentar academia,
melhorara consideravelmente no conceito dela.
A garota o achava muito
divertido. Ainda mais porque ele adorava implicar com ela. Puxava-lhe os
cabelos, beliscava, mas tudo com muita graça e zoação.
Helen já se oferecera
várias vezes para falar com ele em nome da amiga e aproximar os dois, mas Anahí
não quisera. Não queria simplesmente ficar se agarrando com mais alguém. Queria
namorar sério. E apesar de achar o Ed um fofo, ainda precisava conviver mais com
ele para ter certeza de que era a pessoa certa pra ela.
As lembranças de seu
último relacionamento ainda estavam muito vivas em Anahí. E vez ou outra ela se
pegava pensando em Alice. Embora não chorasse mais, tinha quase certeza de que
jamais amaria alguém daquela forma novamente.Ninguém nunca desconfiara que ali, existira muito mais que um sentimento
fraterno. Nem depois daquele acidente de carro que lhe tirara a namorada e a
deixara em uma profunda depressão, Anahí revelara aquele segredo a alguém.

Todos acharam que a morte da amiga a abalara e a apoiaram muito, mas só ela
sabia que tinha perdido além de sua grande amiga, seu grande amor.
O vôlei
foi algo fundamental em sua vida nesse período de crise. Treinar e jogar eram o
que lhe animavam a viver. Quando entrou para o time da universidade, foi como se
lhe dessem um novo alento de vida.
Por isso ela defendia aquilo com unhas e
dentes.
Ficara mais que indignada com a chegada da nova atleta. Detestava a
sensação de pessoas totalmente estranhas invadindo seu mundo. E o time para
Anahí, era mais sagrado que qualquer outra coisa.
Como ótima levantadora que
era, já recebera convites e bolsas de outras universidades para jogar por elas,
mas nunca os aceitou. Adorava defender o escudo da Metropolitana, não porque
tivesse amor pela universidade, mas porque ali na quadra, ela se sentia viva e
importante. Parte de alguma coisa.