Fanfic: Over Again

Eu dormi mais um pouquinho e acordei as 17h30min, levantei, tomei um banho, lavei meus cabelos, sai do banheiro, vesti uma roupinha qualquer, sequei meus cabelos e fui mexer nas minhas redes sociais. Atualizei tudo, e fiquei mexendo no meu tumblr, fiquei distraída até sentir alguém me observando da porta:

- Te ensinaram a bater na porta não? - Disse

- Ah sabe como é né, eu nunca aprendo essas coisas não

- Fazendo o que aqui?

- A Sophie mandou eu vim te buscar?

- Está mandona essa guria né

- Fato

- Só sinto muito em te entristecer, eu não vou não

- Porque?

- Não estou afim, de sair, ué

- Jura, que não é por outra coisa?

- Se você sabe, porque está me perguntando em?

- Calminha ai, se põe no meu lugar Mel, como eu ia enfrentar meu pai

- Não sei Bruno, você está certo deixa seu pai me escorraçar mesmo na frente de todo mundo, eu sempre sou a errada mesmo

- Não é assim Mel

- O fofo, quando você decidir o que você realmente quer me procura, eu não estou afim de ficar no meio da encruzilhada você vs. seu pai não Bruno. Mais aquilo de ontem no hospital, foi demais. Seu pai me acusou, me deu um super tapa na cara e o que você fez pra me defender nada N-A-D-A. Jura mesmo, que você gosta de mim? 

- Eu sei o que eu fiz

- Você sabe o que você não fez

- Que seja, mas se eu enfrentasse meu pai ali, ia ser pior. Ele ia te humilhar mais e eu ainda tinha chances de dormir na rua, é isso que você queria?

- Tá Bruno, fim de assunto, pode ser? 

- Pode. Então se troca ai, anda logo

- Eu estou falando sério, eu não vou sair hoje

- Beleza, então eu fico aqui com você, porque pra casa do Felipe você não vai

- Ela contou, né

- É

- Ela vai voltar pro hospital, logo

- Não briga com ela não, porque ela falou isso pelo seu bem

- E pro mal dela

- Mellanie

- Bruno

- Então tá fazendo o que? – Trocou assunto

- Você vai ficar aqui mesmo?

- Você não vai sair hoje, então eu fico aqui com você

- Chatinho você

- A escolha é sua

- Espera meia hora

- Pra que?

- Vocês não querem que eu saia, então eu tenho que me trocar

- Ah, então vai lá

- Fuça em alguma coisa, aqui e quem apanha é você - rum!

- Está nervosa, em

- Já volto - Peguei minhas roupas e fui me trocar. Fiz uma maquiagem não muito forte, ajeitei meus cabelos e peguei minha bolsa.

- Deu mais de 30 minutos

- Te ferra, Bruno, posso te fazer um pedido, super básico

- Manda

- Não vamos no mesmo lugar que eles não

- Porque?

- Porque eu não quero, fato

- Vamos aonde então?

- Qualquer lugar

- Conheço esse lugar ai não

- Eu estou falando sério

- Ah beleza, vou pedir o Tiago o carro e a gente vai em outro lugar, menina irritante

- Viu, as vezes eu até te amo

- Ah é?

- Vai logo, anda. Lerdo

- Bipolar - Ele se foi e eu fiquei esperando ele na porta de casa e ele logo apareceu de novo. Saímos sem rumo e sem hora pra voltar

- Ih ai pensou aonde vamos? – Perguntei

- Pensei

- Aonde então?

- Você vai ver.

- Chato você

- Confessa, você ama esse chatinho aqui

- Chatinho? Ah bom viu. Da pelo menos pra adiantar que tipo de lugar que a gente vai

- A única coisa que eu posso dizer, é que você vai ter que entrar sem a sandália

- Descalça?

- Por acaso você trouxe alguma rasteirinha?

- Não

- Então vai ser descalça e você deve sentir um pouquinho de frio, mais liga não eu te esquento

- Hum - Fomos o caminho todo em silêncio, chegamos na entrada de uma trilha - ONDE QUE ESSE MOLEQUE VAI ME LEVAR ? - Andamos aquela trilha toda, e haja terra viu, cruzes. Chegamos enfim, em uma cachoeira P-E-R-F-E-I-T-A - Podia ter me avisado, pelo menos pra calçar um chinelo, né Bruno?

- Nossa, você é igual uma velhinha sabia, só sabe reclamar

- Ih nem vem, tá. Velha é a mãe

- Concordo que minha mãe já não está lá grandes coisas, mais chamar ela de velha é exagero né

- Ai você e tão engraçado, que eu estou morrendo de ri - rá!

- Ai juro que um dia ainda crio vergonha na cara e desisto de você

- Desisti não vai, eu sou chata mais você me ama que eu sei

- Pra você ver, cada um com a cruz que merece

- A besta, vem aqui - Me sentei em uma daquelas enormes pedras e o puxei pra sentar do meu lado

- Porque você não quis sair com, o resto do povo

- Nossa que lento esse garoto - MEU DEUS

- Se eu estou demorando a captar, facilita meu raciocínio ai

- Ah nem eu sei, estou só te irritando

- Não sabe ou não quer admitir que queria era ficar sozinha comigo

- Que seja - Minha bochecha avermelhou na hora, acho.

- Nossa Mel, você ainda tem vergonha de mim, jura?

- Quem te disse isso?

- Suas bochechas estão avermelhadas, já é alguma coisa?

- É blush bobo.

- Só se for instantâneo - A noite foi passando e nós dois ali, um implicando com outro, ou melhor dizendo o Bruno sendo fofo (Não sei porque ele tem que ser tão fofo, rum) e eu chata - Porque você é tão chata - Deitei minha cabeça no colo dele - E folgada

- Imagina se eu não fosse assim que graça teria nosso lance ia ser muito "água com açúcar". Você é todo fofo, se eu fosse também seria muito grude e isso não é muito a minha praia né

- Pensando assim é, fazer o quê se eu sou um amor né

- Mais nem se acha o menino né

- A foi você que disse, nem vem

- Dessa vez passa

- Pensando bem, sabe que aqui está melhor do que estaria na boate

- Tá é?

- Tá, até porque o que eu queria na boate, veio junto de mim. 

- Um dia eu te mato por gostar de me deixar tão sem graça

- É a minha parte da relação esqueceu - Ele ficou alisando meus cabelos 

- Ah é. Mais sabe que eu também estou preferindo aqui sei lá, está bom, a companhia claro não é aquela coisa, mais tá bom

- Ai como você é implicante velha.

- Meu filho, tem muita velha que queria ter o corpinho de 17 anos da Melzinha aqui

- Nem se acha né, mulher

- Jura que você não gosta deste corpinho aqui 

- Ô se gosto, desse "corpinho", eu chupo até o caroço, literalmente

- Assanhado

- O que que a gente vai fazer em? 

- Sei lá, aqui tá bom

- Claro né, folgada

- Ai nem estava falando do seu colo tá, mais até que tá macio quer trocar

- Mais tarde, pode ficar ai, cara nem tinha reparado, que o tempo tinha ficado nublado

- Nem eu, mais vamos e convenhamos né Bruninho lindo, do meu coração. Com uma companhia dessa, você ia lembrar de olhar o céu

- Cara o seu EGO tá me sufocando

- Respira fundo, que vai

- Ai eu te mereço

- Eu sei. Bruno começou a chover ou você cuspiu em mim ou um passarinho mijou em mim

- Primeira opção - Do nada, parecia que o dilúvio iria acontecer novamente. Tá eu exagerei, mais começou a chover bastante. O carro estava longe pra caramba, minha sorte é que eu já havia deixado minha sandália no carro, porque se não tchauzinho sandalinha. Descemos pela trilha, quase que voando - Numa hora dessas que eu queria ter asas - Chegamos no carro e entramos, para esconder da chuva

- Você não está nem imaginando ir embora nessa chuva né

- E se eu estiver

- Tira seu pônei da chuva amor, porque nessa chuva a gente não vai mesmo

- Tá beleza, a gente espera a chuva passar, velhinha - A noite passava e a chuva caia super forte e o frio ali estava quase insuportável, estava muito frio, acho que eu estou até batendo queixo sem ver - támuitotenso !

- Bruno

- O que foi?

- Vem aqui pra trás, anda

- Pra que?

- Está muito vazio aqui, vem cá anda!

- Não Mel eu vou ficar aqui

- Ah anda Bruno, por favor

- Não Mel eu vou ficar aqui

- Ai como eu te odeio sabia

- Bom

- Que troca de humor repentina é essa hein? Jura que eu que sou a bipolar?

- Ah foi mal, eu estou preocupado sabia? A gente está na beira de estrada, numa chuva super forte, dá pra entender?

- Está com medo, bebezinho. Liga não eu cuido de você

- Nossa que fofo. É sério

- Ai, e eu que sou chata ainda

- Mais é mesmo

- Tá bom, não quero falar com você mais não chatinho - Me deitei no banco ali (Não era confortável como a minha cama mas tá de boa) acredito que cochilei um pouco. Mas despertei rápido e o Bruno estava dormindo no banco da frente e a chuva já tinha diminuído bastante, deveria estar chuviscando mais era só um pouco. Então aproveitei o momento sonífero do Bruno e voltei até a cachoeira e fiquei assistindo aquela cena da queda d`agua - é muito lindo, cara.

Bruno Narrando:

Vendo aquela chuva forte caindo e não podendo voltar pra casa, eu fiquei tipo super puto da vida, de fato. A Mel ainda vem de graça e eu acabei sendo grosso com ela, mais foi sem querer. Percebi que ela tinha dormido e acabei entrando no embalo dormindo um pouco também (Amanhã estou ferrado, de dor nas costas. Escreve ai saudades da minha cama uma hora dessas viu) Mas meu sono não foi muito duradouro não então, logo despertei e a chuva já tinha diminuído bastante, caia apenas algumas gotas bem de leve. Olhei pra trás pra ver como a Mel estava e pronto, cadê aquela menina. Na hora bateu uma super preocupação de ter acontecido algo com ela, sai do carro e procurei ela pelos arredores da rodovia e nada da Mellanie, ótimo, onde aquela louca se enfiou? O carro não tinha sinal de roubo algum e eu estou com todos meus documentos certinhos e dinheiro também, acredito então que sequestrada ela não foi. Ai um dia eu ainda, dou uns tapas nessa criança. Procurei ela pela mata, com o coração na mão e nada dela. Andei por tudo aquilo ali e acabei chegando na cachoeira e é ela estava ali, admirando a queda d`agua tão quieta, quem via até achava que ela era dócil. Mais como eu conheço sei que ela não é. Desci até ela, que nem percebeu minha presença: - Que bonito, queria me matar do coração é?

- Ah é você

- Quem mais séria?

- Eu vou saber, só que pra mim, você ainda estava dormindo, oshe

- É eu estava dormindo super tranquilo, ai quando eu acordo, cadê a criança. Tinha sumido, achei que tinha acontecido alguma coisa com você, custava avisar que ia sair

- Se eu te acordasse, você ia me xingar, preferi vim sem avisar, não tenho que dar satisfações da minha  vida, pra ninguém sabia

- Não custava avisar não, eu fiquei preocupado, sabia. Achei que tinham lhe feito algo. Fiquei preocupado dá pra entender?

- Te contar uma cosia, sou criança não eu sei andar sozinha, eu já sou crescida e vivida

- Mas age como uma criança

- Tem que decidir Bruno, se eu sou criança ou sou velha

- Está mais pra criança, porque você é mais irresponsável do que pra irritante

- Porque você está brigando comigo? Jura que é só por isso, é? 

- É, é sim

- Ah bom saber, essa parte Bruno chato, eu ainda não conhecia. E preferia não ter conhecido -Ela se levantou e saiu bufando da cachoeira. É acho que eu fui chato de mais agora, á o é que eu tenho em? Fui atrás dela e ela estava correndo, estava até difícil de alcançar ela, de fato. Cheguei perto dela e a puxei pelo braço e ela estava com os olhos notavelmente vermelhos, acredito que de raiva

- Vem, vamos embora – Disse

- Vai com Deus, que com você eu não vou - Ela correu, pra fora da trilha ótimo. E ainda não quer ser chamada de criança, mais adora agir como.  Eu corri atrás dela, mais minha vontade era deixa ela ali. Juro. Consegui alcançar ela, quando a achei caída no chão:

- O que houve, Mel?

- Torce, meu pé. Tá satisfeito agora, papai – Ironizou

- Ah Mel para de graça, vem - Peguei ela no colo e claro que ela reclamou né:

- Me põe no chão que eu consigo andar, não sou bebezinha não

- Jura?

- É - Coloquei ela no chão e ela foi andando pro carro sozinha, em uma lerdeza ENORME. Ainda por cima estava mancando, meu Deus, eu tive que gostar logo, de uma criança. Ela entrou no carro e eu fui atrás, ainda estava escuro, mais como a chuva já tinha parado, fomos embora. Ela estava com um bico enorme (Criança, não estou dizendo). Em mais ou menos uma hora e meia chegamos em casa, ela foi saindo do carro com dificuldade, mais deixei ela se virar. Ela entrou em casa e eu segui em direção a minha.

Mel Narrando:

Caramba, como meu tornozelo está doendo – ódio. Entrei em casa, com uma enorme dificuldade e o Bruno nem pra me ajudar - Eu quero, o Gurizinho fofo de volta - Era umas 4h30min, tomei um banho rápido e dormi.