Fanfic: Mamma Mia! ⋆ Vondy, Ponny & Chaverroni | Tema: RBD - Vondy, Chaverroni, Ponny

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Eu estava com Pablo na parte costeira da ilha. Estávamos namorando, bem dizer, desde os dezesseis anos. As coisas estavam indo tão bem - economicamente, fisicamente e todos esses "algumacoisa-mente" - que então decidimos dar um passo maior. Minha mãe estava cuidando de tudo, é claro, ainda que não aceitasse muito bem a idéia de ver a sua menininha se casando.

― Eu tenho um sonho, uma canção pra cantar, que me ajuda a enfrentar qualquer coisa. ― Eu comecei a cantar, sentando-me nas pedras mais altas pra ver Pablo divertir-se no mar. ― Se você vê a beleza em um conto de fadas, você pode agarrar o futuro, mesmo se você falhar. Eu acredito em anjos, há algo bom em tudo que eu vejo. Quando souber que é a hora certa para mim, eu vou cruzar a corrente. Eu tenho um sonho.

Pablo parecia uma criança daquele jeito. Utilizava seus pés-de-pato amarelos, os quais eu lhe dera de presente no primeiro aniversário que passei ao seu lado. Me surpreendia que ainda servissem, apesar dele ter crescido tanto. "Ei Dulce!", ele gritou ao longe. Me acenava como um bobo, me chamando pra encontrá-lo na água, mas eu neguei com um sorriso e ele começou a se aproximar.

― Eu tenho um sonho, uma fantasia que me ajuda atravessar a realidade e que faz o meu destino valer a pena, enquanto me empurra através da escuridão mais uma milha. Eu acredito em anjos, há algo bom em tudo que eu vejo. Quando souber que é a hora certa para mim, eu vou cruzar a corrente. Eu tenho um sonho.

― Dulce! 

O grito de Blanca, minha mãe, ecoou por toda a vila. Eu olhei Pablo com uma expressão de "ih, sujou" e o vi sorrir, beijando minha testa como encorajamento. Ele era um cara legal, da minha idade. Pensar na nossa história era como pensar na história da Villa Saviñon. Quer dizer, minha mãe costumava dizer que eu e aquela ilha tínhamos uma grande ligação. E, por falar na minha mãe...

― Dulce María Saviñon! ― Ela gritou ainda mais alto, me fazendo estremecer. Ao menos, agradeci por ela nunca utilizar o "Espinosa" quando me gritava daquele modo. Era o sobrenome que eu herdara do meu pai.

― Vá, deve ser algo importante. ― Pablo sussurrou, como se Blanca fosse aparecer a qualquer instante e dar-lhe um sermão por ainda estar me abraçando.

― Certo... ― Suspirei corajosamente, colocando um sorriso no rosto e subindo os degraus de dois em dois.

― Achei que nunca fosse vir, menina! ― Ela me olhou um pouco irritada nos primeiros instantes, logo rindo em seguida. Levava uma imensa cesta de lençóis lavados nas mãos, os quais comecei a ajudá-la a estender ao sol.

A ilha de Calicos era muito famosa e vivia cheia de turistas, os quais se hospedavam no nosso hotel. Ele começara como um amontoado de quartos simples, mas logo crescera e se tornara tão grandioso - além de belo - que passara a nomear toda a vila. As pessoas que nos visitavam tinham sempre uma coisa em mente: conhecer a fonte de Afrodite. Na verdade, não era possível vê-la, mas sabia-se que estava abaixo dos nossos pés e isso já era fantástico por si só.

Mas, se quer saber, as pessoas que estavam pra chegar com a balsa do meio-dia não tinham nenhum interesse na tal fonte. Surpreendente, eu sei. Elas estavam vindo pro meu casamento.

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allana_santana: Minha primeira leitora aqui, haha *-* Espero que tenha gostado do capítulo.