Fanfic: Era só meu irmão | Tema: Hot
- Beto Narrando.
Aqui faz muito frio. Nunca vou conseguir me acostumar com esse tempo. E nem com a ausência dela. Desde que eu mudei do Brasil, tudo o que eu tenho sentido é frio e saudade. Saudade dela, do cheiro dela, da voz dela que eu não escutava mais, pois ela não atendia mais as minhas ligações. O que será que ela está sentindo de mim? Ódio por eu ter deixado ela? Saudade? Se pelo menos ela deixasse eu a escutar.. Ou se ela pelo menos soubesse que eu ainda a amo, e que eu sempre vou amar. Me apaixonei enquanto estávamos juntos e me apaixonei mais ainda enquanto estamos separados. Queria que ela soubesse o quanto está sendo doloroso pra mim todo esse tempo sem a ver, sem a tocar.. Minha mãe não me dizia nada sobre ela, sempre que eu pergunto ela só fala: ``a Gabriela tá bem.`` E ninguém nem imagina o quanto me doía não saber notícias dela. Mas o pior de tudo mesmo, era imaginar se ela já tinha outro alguém. Se tinha outro cara tocando nela, beijando ela. Ela que é minha, e que eu deixei.
Aqui, tirando o buraco que se formou no meu coração e que nunca me deixava totalmente feliz, era legal. Conheci vários amigos, e todos que jogam comigo são parceiros e unidos. Nas folgas, quando não tínhamos jogos ou treinos, sempre nos reuníamos no quarto de alguém e víamos um filme ou jogávamos videogame, ou só conversávamos mesmo. Fiz uma amizade maior com um cara que é espanhol nato, ele se chama Richard. Num dia em que saímos pra comemorar uma vitória do nosso time, bebi demais e contei pra todos da Gabriela. Do que eu sentia, da saudade... Ele me levou pro meu quarto no hotel e me deu um banho gelado, e depois me contou que também tinha um caso mal resolvido com uma menina que estudou com ele. Ele tá sendo um amigão. Mas só tenho foco agora em uma coisa: Natal. Vou ficar dois dias no Brasil, e é o único tempo que eu vou ter pra ver ela, nem que seja de longe, nem que ela não me abrace, não me beije. Mas eu preciso vê-la, e é só por isso que vou. Pra matar essa saudade que me mata.
Narração de Gabriela:
O resto da semana foi corrido. Eu ajudei minha madrasta a enfeitar a casa da mãe dela, e foi bom esse tempo que passamos juntas. Deu pra gente se conhecer melhor e até se entender. Quando estávamos colocando as bolas de natal na árvore, ele me contou.
- Beto me liga sempre, e sempre pergunta de você. - ela disse
- Pega essa bolinha aí pra mim. - eu tentei mudar de assunto
- Sei que você também ama ele. E você não pode contar essa nossa conversa pro seu pai, ele não quer nem que você veja o Beto no natal. - ela me deu uma bolinha
- Meu pai me proibiu de atender as ligações dele. - eu falei
- Com razão. Sei o quanto está sendo ruim pra você, mas também está sendo pra ele. Ele só está correndo atrás do sonho dele, quando ele tiver uma fase estável e quando concluir o contrato com o clube, ele pretende voltar para o Brasil? Sabe porque? - ela me olhou
- Porque? - eu perguntei
- Porque ele também te ama Gabriela, ele também sente sua falta. E eu espero que vocês dois ainda possam ser muitos felizes. De coração. - ela sorriu
Como sempre, meu olho encheu de lágrima. Dei um abraço nela e continuamos onde paramos.
Uns dias antes do natal, fui no shopping com Luiza e Maria pra gente comprar alguma coisa pra usar no natal. Um vestido vermelho, lindo me chamou atenção logo de cara. E foi na loja desse vestido em que fizemos nossas compras. Contei a elas que Beto viria para o Natal, e eu não sabia se meu coração ia aguentar esperar até o dia 24 pra ver ele. Eu estava com muita saudade, mesmo sabendo que ver ele ou tocar ele me magoaria, era tudo que eu queria.
Dia 24 de dezembro. Véspera de Natal. Acordei cedo e corri pro salão junto com a Maria e Luiza. Fizemos unha, cabelo, depilação, massagem e sobrancelhas. Tudo pra gente ficar linda, eu pro Beto, Ana pro Matheus e a Maria só pra ficar mais linda mesmo.
Devo ter comido umas 5 barras de chocolate, de tanta ansiedade para a noite. Depois de quase seis meses, eu ia rever meu amor, aquele que eu me apaixonei, aquele que me entreguei, aquele que levou meu coração pra Barcelona e não voltou mais... Se ele soubesse quanto eu senti saudade, o quando eu chorei, acho que ele não voltaria pra lá nunca mais.
Quando terminamos no salão já era de tardinha, e só faltava maquiar e colocar a roupa. Despedi das meninas e elas me desejaram sorte, mas o que eu queria mesmo era não ter um infarto na frente do Beto, o que provavelmente aconteceria, porque só de falar no nome dele meu coração já palpitava mais rápido.
Fui pra casa e, quando cheguei, meu pai tinha ido cortar cabelo e ainda não tinha voltado. Sentei no sofá e respirei fundo umas mil vezes.
- Calma Gabriela, calma. - eu repetia
No meu quarto, comecei a arrumar. Coloquei o vestido e um sapato de salto preto, depois sentei na frente do espelho e me maquiei. Quando terminei, soltei os cabelos e os arrumei para ficarem do jeitinho que tava no salão. Preferi deixá-los retos como sempre. Quando meu pai chegou, ele se arrumou rápido e quanto mais dava a hora de ir pra casa da mãe da minha madrasta, mais nervosa eu ficava. Minhas mãos soavam, meu coração batia forte, eu tentava respirar, eu ria sozinha e minhas pernas estavam trêmulas.
- Vamos, filha. Está na hora. - ele bateu na porta do quarto
- Ok - tentei dizer naturalmente
A hora chegou! Em menos de algumas horas eu veria o Beto, e mataria a saudade. Ou não.
Quando entrei no carro, meu pai elogiou meu vestido.
- Lindo vestido. - ele disse
- Obrigada pai - eu ri, nervosa
- Tá nervosa? - ele perguntou
- Não. Porque estaria? - eu menti
- É... - foi só o que ele disse
Fomos calados até a casa da mãe da minha madrasta. Era do outro lado da cidade, um pouco longe da nossa casa e da casa dela. Meu pai sabia o quanto eu estava nervosa, mesmo eu não demonstrando pra ele, ele me conhecia. E sabia o que eu sentia.
Quando chegamos, desci do carro e ajudei a levar uns pratos especiais pra noite, que meu pai foi encarregado de levar. Entrei na sala e, nada dele. Tinham vários rostos, uns mais velhos e uns bem mais novos, mas nada do Beto. Mesmo com o coração apertado, me senti aliviada, pois acho que se tivesse visto ele logo de cara, eu deixaria tudo que estava nas minhas mãos cair.
- Feliz Natal minha linda - a vó de Beto disse
- Oi vó Feliz Natal - eu ri e a beijei
- Me dê isto aqui, levarei para a cozinha. - ela pegou as comidas da minha mão
- Ok, o Beto já chegou? - eu perguntei baixinho
- Chegou. Ele está no terraço. Vai lá vê-lo, sinto que ele está te esperando. - ela deu um sorriso e se virou.
- Coloque essa música , enquato lê a próxima parte; http://www.kboing.com.br/red-hot-chili-peppers/1-42166/ (:
Narração de Beto .
Não sei ao certo a hora em que eu cheguei. Só sei que, eu não estava nada cansado. Viajei horas de avião, cheguei, tive que me arrumar pra vir pra casa da minha vó e não tive tempo nem de pregar os olhos. Mas mesmo assim, eu não sentia cansaço e nem vontade de dormir. Eu esperava ansiosamente a chegada dela.
Não aguentava mais aquele tanto de parente me falando como você cresceu, como você está bonito, como está o clube? como é morar fora e bla bla bla. Resolvi ficar na parte de cima da casa da minha vó, que não tinha nada além de um sofá velho e todas as estrelas do céu iluminando aquela noite. Eu já tinha colocado na minha cabeça que eu desceria daqui a pouco pra ver ela, mas eu estava nervoso. Estava mais nervoso do que nunca, minhas mãos não paravam de soar e eu sentia calafrios a cada minuto que se passava.
Eu estava escorado no muro, olhando pro céu e lembrando dos momentos vividos com ela, que eu reencontraria em pouco tempo. Não tinha pensado no que fazer quando a visse, não tive tempo de pensar nisso. Sempre que vinha ela em minha mente, as lembranças falavam mais alto do que qualquer outro pensamento.
Senti seu perfume, e no mesmo instante pensei que dessa vez tinha pensado nela demais, que até o cheiro dela veio em minha mente. Mas eu estava enganado, o cheiro ficou mais forte a cada segundo e então me virei.
Não sei descrever minha reação, nem a dela. Era uma coisa de outro mundo esse nosso sentimento. Eu não precisei falar nada, nem ela. Ela só se aproximou. Ela vestia um lindo vestido vermelho, e seu cabelo tinha crescido mais. Ela estava linda, mais linda do que nunca. E antes dela me abraçar, me perguntei o porquê eu ainda não tinha morrido de saudade.
Autor(a): Kaýzinha
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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luumoreira2 Postado em 25/07/2013 - 17:08:03
posha abandonou a gente ? cade você ? :c
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luumoreira2 Postado em 10/06/2013 - 16:30:32
ebaaa você voltou *-* pooooosta mais .
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juliapuente Postado em 08/06/2013 - 16:21:27
leitora nova... simplesmente amando a história *-*
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raquel_bermanelly Postado em 08/06/2013 - 00:49:55
hehe, ela voltou u-u posta maais *---*
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alicecalhau_vondy Postado em 07/06/2013 - 21:04:01
haha , elas vão aprontar viu , já to até imaginando , cena hot luiza e matheus \o/ rs , posta mais flor , bjs
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analima Postado em 17/05/2013 - 23:49:00
Como assim? Não pode deixar a web sem final =(
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raquel_bermanelly Postado em 17/05/2013 - 16:08:35
AAAAH POXINHA :/
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luumoreira2 Postado em 13/05/2013 - 14:50:38
awn ele vai pra longe ? não pode :c mais mais maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
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raquel_bermanelly Postado em 12/05/2013 - 15:30:21
Leitora nova õ/ web perfeita *-* posta mais *------*
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luumoreira2 Postado em 08/05/2013 - 15:08:09
awwwn perfeitos mais mais mais mais *-