Fanfic: Dul, Mai & Anny ⋆ Garotas Boas Não Tem Vez | Tema: RBD - Vondy, Chaverroni, Ponny

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DULCE NARRANDO

Anny me ligou logo cedo, o que me deixou mal humorada pra caramba. Era quinta-feira, meu dia de folga, e eu ainda não tinha organizado nem metade da minha mudança. Já faziam dois dias que estava morando no novo apê, mas tudo continuava encaixotado. Em parte, por causa da minha preguiça, confesso. Mas voltemos ao foco: A loucura na qual Anahí me enfiou.

― Arrume as malas, Dul! ― Ela gritou do outro lado da linha.

― Bom dia pra você também, Anny. ― Eu falei um pouco emburrada, mas acabei rindo. ― E eu nem as dessarumei ainda.

― Isso vai te poupar trabalho, pense positivo. Tenho uma surpresa pra você. Ou melhor, eu e a Maite temos. ― Aquilo me fez erguer uma das sobrancelhas. ― Vamos passar aí pra pegar você e as suas coisas às quatro horas.

Depois disso, eu até tentei começar a organizar meu novo cantinho, mas tudo o que consegui fazer foi dormir. Trabalhar na área administrativa da Gonzáles Corporation era sempre cansativo e minhas folgas nunca pareciam ser o suficiente, quem dirá quando eu precisava trabalhar durante elas também. 

De todo modo, eu só me toquei completamente que estava numa enrascada quando percebi que Anny e Mai me levavam ao aeroporto. Legal, eu ia ser despachada pra algum país estranho! Contudo, só depois de algumas horas de voo - e "nãos" ouvidos quando perguntava o que exatamente estávamos fazendo - é que entendi o que era aquilo. Eu estava em Las Vegas!

ANAHÍ NARRANDO

― Eu sei, sou a pessoa mais genial do planeta! ― Eu disse humildemente quando desembarcamos em Vegas.

Também era a minha primeira vez ali e eu me sentia dentro de um fliperama gigante. Eram muitas pessoas, muitas cores, muitas luzes e muitos sons. Tudo demais - tanto em significado de exagero quanto de perfeição. Então pegamos um táxi do aeroporto ao belo hotel onde ficaríamos, um dos mais bem recomendados, e começamos a sentir na pele o caos de sensações que era estar naquele lugar.

― Vou vestir esse. ― Peguei um vestido prata e o estendi diante do corpo, mostrando às meninas. ― Já está escurecendo e nós temos que aproveitar o cassino um pouquinho, não?

― O cassino? ― Maite riu, começando a se trocar ali no quarto mesmo. Éramos amigas há tanto tempo e de modo tão forte que isso não era algo com o qual nos importássemos. ― Você quer aproveitar os homens que estão jogando no cassino, confesse.

― Não acredito que você vai fazer algo assim, Anahí! ― Dulce fingiu estar chocada. Era a pior de nós três.

― Ah sim... ― Eu escolhi um par de sapatos também prateados. ― Nós todas vamos.

MAITE NARRANDO

― Vamos tentar a sorte nas máquinas antes. ― Eu disse, rebolando no meu vestido vermelho. 

Quando conheci Anahí e Dulce, há sete anos, nós fizemos um tipo de pacto. Sempre estaríamos juntas, era o que ele dizia, e aproveitaríamos cada momento como se fosse único, sem ligarmos pras consequências. Isso não significava que fôssemos insanas ou vagabundas. Nós conhecíamos pessoas e, quando gostávamos mesmo delas (o que não era algo tão comum assim), nos divertíamos. Levávamos as coisas à sério quando era hora também. Porém, ali, em um cassino de Vegas, não era hora pra inocências e seriedades. Era hora de caça e diversão. 

― Oh, droga! ― Anny murmurou da sua máquina. ― Não consegui nada.

O barulho de outra máquina foi ouvido ao meu lado. Dulce.

― Por pouco! ― Ela quase gritou, frustrada, balançando os cabelos recém-pintados de negro.

― Minha vez. ― Fiz minha aposta, escolhi o jogo com o botão e puxei a manivela. Os números rodaram com rapidez, parando aos poucos e eu demorei pra me tocar de que eles piscavam incessantemente. ― Ganhei!

― Senhoritas... ― Dulce sorriu. ― Temos um prêmio pra torrar na boate!

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