Fanfics Brasil - Atormentado pelas lembranças Os Blacks - American Horror Story.

Fanfic: Os Blacks - American Horror Story. | Tema: American Horror Story


Capítulo: Atormentado pelas lembranças

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Violetta


 


 


A aula havia terminado, eu não vi nada de mais, apenas um bando de adolescentes querendo curti a vida antes de ficarem "fora de moda", ou seja, antes de ficarem velhos e tiverem que aprender a conviver com a responsabilidade, uma coisa que não era problema para mim, afinal meus planos sempre foram cuidar da minha mãe até ela morresse .


 


 


Fui até o refeitório, como sempre comprei pizza e sentei-me em uma mesa vazia. E fiquei observando aquelas pessoas cada um tinha "sua tribo", menos eu. Eu ficava sozinha desde que me lembre foi assim, é exatamente por isso que odeio tanto os humanos, eles se fecham em um mundo e não enxergam mais nada a sua volta, eu odeio isso, odeio mesmo.


 


 


Depois que limpei a bandeja, eu estava andando pelo pátio quando resolvi acender um cigarro, sim eu fumava, e não fazia muito tempo, uns cinco meses. Eu acho... Não tenho muita certeza sobre isso, mas lembro-me bem o dia em que comecei. Eu estava perambulando sobre minha antiga casa quando achei uma carteira de cigarro nas coisas do meu pai, meu pai é ridículo, porém ele nunca fumou. Disso tenho certeza, então deduzi que aquela carteira fosse de um dos seus pacientes, por isso peguei para mim. No começo começou com três cigarros e depois foi aumentando, decidi fumar menos, mas não é fácil quando já se está dependente.


 


 


Eu acendi o cigarro e comecei a andar quando uma garota de cabelos pretos longos e olhos castanhos me parou.


 


 


– O que você está fazendo? Isso é um local público, pessoas andam por aqui. - Disse-me ela se incomodando com meu cigarro, era só o que me faltava.


 


 


– É mesmo? - Continuei andando.


 


 


– Me dá isso aqui - ela veio em cima de mim tentando pegar meu cigarro quando queimei a mão dela fazendo-a gritar.


 


 


– Você me queimou! - Gritou ela.


 


 


– E da próxima vez, eu quebra tua cara. Sua vadia de esquina. - disse saindo.


 


 


Mas ela veio atrás de mim e me derrubou no chão .Começamos a nos pegar no meio do colégio, eu poderia ouvir a manifestação dos outros alunos enquanto empurrava a cara dela para longe de mim. "Briga, briga, briga". Era o que eles gritavam, bando de animais, eu odeio eles. Até que enfim um garoto educado tentou nos separar. É claro estávamos descabeladas e com cara de cão bravo.


 


 


Taite


 


 


De novo não, de novo não. Essas eram as únicas palavras que eu conseguia pensar, a louca da minha mãe ainda estava com essa ideia na cabeça? Eu até pensei que ela havia esquecido. Será que meu comportamento estava estranho? Ou ela só queria que eu me rasgasse de raiva? Para ser sincero eu odeio ir ao psicólogo. Eles são idiotas e acham mesmo que iram nós ajudar. Até parece! Mesmo assim, tive de ir. Minha irmã era doente e conforme ela todos iriam morrer, já eu estava morto à tempo.


Ouço um homem de cabelos pretos, alto e com óculos de grau até bonito para sua idade, me chamar. Minha mãe disse para chama-lo de Doutor Tom. Entrei à sala que tinha um ar fúnebre, por causa da pesada cortina azul-marinho que impedia a luz do sol de passar.


– Oi Taite, eu sei que você tem tido alguns problemas - disse ele ajustando-se na cadeira. - Será que você poderia me falar sobre isso? - Perguntou-me ele.


– Eu... Eu fiz uma coisa horrível. - Disse chorando e torcendo para que as lembranças não viessem à tona. Tarde demais elas já haviam me rodeado, fazendo-me voltar aquela manhã.


– Taite, você pode me contar. Eu sou seu amigo. - Disse o doutor Tom, mas suas palavras estavam se perdendo no vazio. Agora só conseguia ouvir os gritos desesperados.


Bum... Ouvi um tiro e uma garota morena caiu ao chão. Bum... Ouvi outro tiro e um menino ensanguentado rolou bem em minha frente. Eu não conseguia para de atirar, eles estavam merendo isso. O que eu tinha feito de mau à eles? Nada. Pois bem, agora sim eles tinham motivos. "Riam", pedi. "Não me mate, por favor." Foi a resposta de uma garota de camisa rosa, atirei bem no meio da cabeça dela.


Eu não me lembro de esta sóbrio, e não estou falando de drogas e sim de uma coisa interior, meu estado de espírito estava completamente arrasado. Enquanto segurava a arma com a mão tremula, as recordações viam em minha mente. "Tu é tão feio que parece que nasceu de um estupro", " Eu nunca irei acreditar que Deus deu vida à um ser como tu". Na verdade essas provocações eram as básicas e depois ainda tinham as físicas também.


Entrei na biblioteca e encontrei Catharina e Renata estavam embaixo de uma das mesas, as duas choravam desesperadas. E pude senti o Djavú tomar conta de mim outra vez. Catharina me chamou para sair uma vez, mais é claro que ela não gostava de mim de verdade, ela só fez isso para ser aceita ao grupos dos "idiotas", eu como nunca havia saído com ninguém disse sim, então ela me fez contar que eu era virgem e que nunca havia beijado ninguém. Até ai tudo bem, mas no dia seguinte descobri que ela havia filmado a conversa com a ajuda de Renata e agora a escola inteira sabia. Dei um tiro na cabeça das duas e depois, matei os outros garotos que estavam escondidos atrás de algumas prateleiras.


Depois disso eu fugi, fiquei fora por uns tempos, mas não por medo de ser preso e sim pelo fato de não querer ver aqueles familiares tristes e nem os pais daqueles adolescentes sofrendo. Talvez isso fosse consequência de alguma coisa que tivesse feito no passado. Voltei depois que a poeira abaixou e o assunto estava esquecido. Todos pensavam que eu havia morrido, então eu não saia de casa a meses, As vezes eu chorava muito, pois querendo ou não eu era um criminoso. Mas eu superei isso e tentei esquecer assim como os outros moradores.


Foi ai que a voz do doutor Tom voltou a ecoar em minha cabeça. E quando vi havia voltado a sala fúnebre sem vida.


– Taite? Taite? Você está bem? - Ele me perguntou pálido.


– Sim. - Respondi ainda em transe.


– Que bom! Voltando ao assunto, o que você fez de tão grave? - Perguntou-me ele, fazendo-me gelar.


– Eu não comprei presente à minha mãe em seu aniversário. Pode existir algo pior que isso? - Menti.


– Pode sim Taite, a mentira! - Ele disse fazendo meu coração parar. Eu não iria lhe contar a verdade se era isso o que ele esperava. Eu não podia revelar minha identidade. Quem eu realmente sou.



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Autor(a): Los A

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