Fanfics Brasil - Capítulo 6 ::Belo Desastre:: AyA::Adaptada

Fanfic: ::Belo Desastre:: AyA::Adaptada | Tema: AyA, Vondy


Capítulo: Capítulo 6

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Ele abriu aquele sorriso largo dele, divertido, meio infantil, e fiquei com mais raiva, na esperança de disfarçar minha inquietação. Eu não sabia como as garotas se sentiam quando estavam perto dele, mas tinha visto como se comportavam. Eu estava vivenciando algo mais parecido com uma sensação de náusea e desorientação, em vez de paixonite mesclada com risadinhas tolas, e, quanto mais ele tentava me fazer sorrir, mais perturbada eu ficava.


— Já estou impressionado. Normalmente não tenho que fazer nada para que as garotas venham até o meu apartamento.


— Tenho certeza disso — falei, contorcendo o rosto em repulsa.


Ele era o pior tipo de cara confiante. Não era apenas descaradamente ciente de seu poder de atração, mas estava acostumado com o fato de as mulheres se jogarem pra cima dele, de modo que via meu comportamento frio como um alívio em vez de um insulto. Eu teria que mudar minha estratégia.


Dulce apontou o controle remoto para a televisão e a ligou.


— Tem um filme bom passando hoje na TV. Alguém quer descobrir o que aconteceu a Baby Jane?


Alfonso se levantou.


— Eu já estava saindo para jantar. Está com fome, Barbie?


— Já comi — dei de ombros.


— Não comeu, não — disse Dulce, antes de se dar conta de seu erro. — Ah... hum... é mesmo, esqueci que você comeu... pizza, né? Antes de sairmos.


Fiz uma careta para ela, pela tentativa frustrada de consertar a gafe, e então esperei para ver a reação do Alfonso. Ele cruzou a sala e abriu a porta.


— Vamos. Você deve estar com fome


— Aonde você vai?


— Aonde você quiser. Podemos ir a uma pizzaria.


Olhei para minhas roupas.


— Não estou vestida para isso...


Ele me analisou por um instante e então abriu um sorriso.


— Você está ótima. Vamos, estou morrendo de fome.


Eu me levantei e fiz um aceno de despedida para Dul, passando por Alfonso para descer as escadas. Parei no estacionamento, olhando horrorizada enquanto ele subia em uma moto preta fosca.


— Hum... — minha voz foi sumindo, enquanto eu comprimia os dedos dos pés expostos.


Ele olhou com impaciência na minha direção.


— Ah, sobe aí. Eu vou devagar.


— Que moto é essa? — perguntei, lendo tarde demais o que estava escrito no tanque de gasolina.


— É uma Harley Night Rod. É o amor da minha vida, então vê se não arranha a pintura quando subir.


— Estou de chinelo!


Alfonso ficou me encarando como se eu estivesse falando outra língua.


— E eu estou de botas. Sobe aí.


Ele colocou os óculos de sol, e o motor da Harley rugiu ao ser ligado. Subi na moto e estiquei a mão para trás buscando algo em que me segurar, mas meus dedos deslizaram do couro para a cobertura de plástico da lanterna traseira.


Alfonso agarrou meus pulsos e envolveu sua cintura com eles.


— Não tem nada em que se segurar além de mim, Barbie. Não solte — ele disse, empurrando a moto para trás com os pés. Com um leve movimento de pulso, já estávamos na rua, disparando feito um foguete. As mechas soltas do meu cabelo batiam no meu rosto, e eu me escondia atrás de Alfonso, sabendo que acabaria com entranhas de insetos nos óculos se olhasse por cima do ombro dele.


Ele acelerou quando chegamos na frente do restaurante e, assim que diminuiu a velocidade para parar, não perdi tempo e fui correndo para a segurança do concreto.


— Você é louco!


Alfonso deu uma risadinha, apoiando a moto no estribo lateral antes de descer.


— Fui no limite de velocidade.


— É, se estivéssemos numa estrada da Alemanha! — falei, desfazendo o coque para separar com os dedos os fios embaraçados.


Alfonso me olhou enquanto eu tirava o cabelo do rosto e depois foi andando até a porta, mantendo-a aberta.


— Eu não deixaria nada acontecer com você, Barbie.


Passei por ele pisando duro e entrei no restaurante. Minha cabeça não estava muito em sincronia com meus pés. Um cheiro de gordura e ervas enchia o ar enquanto eu o seguia pelo carpete vermelho, sujo de migalhas de pão. Ele escolheu uma mesa no canto, longe dos grupos de alunos e das famílias, e então pediu duas cervejas. Fiz uma varredura no ambiente, observando os pais que tentavam persuadir os filhos barulhentos a comer e desviando dos olhares curiosos dos alunos da Eastern.


— Claro, Poncho — disse a garçonete, anotando nosso pedido. Ela parecia um pouco exaltada com a presença dele ali.


Prendi os cabelos bagunçados pelo vento atrás das orelhas, repentinamente com vergonha da minha aparência.


— Você vem sempre aqui? — perguntei em tom áspero.


Alfonso apoiou os cotovelos na mesa e fixou os olhos castanhos em mim.


— Então, qual é a sua história, Barbie? Você odeia os homens em geral ou é só comigo?


— Acho que é só com você — resmunguei.


Ele riu, divertindo-se com meu estado de humor


— Não consigo sacar qual é a sua. Você é a primeira garota que já sentiu desprezo por mim antes do sexo. Você não fica toda desorientada quando conversa comigo e não tenta chamar minha atenção.


— Não é uma manobra tática. Eu só não gosto de você.


— Você não estaria aqui se não gostasse de mim.


Involuntariamente, minha testa franzida ficou lisa e soltei um suspiro.


— Eu não disse que você é uma má pessoa. Só não gosto de ser tratada de determinada maneira pelo simples fato de ter uma vagina.


E me concentrei nos grãos de sal na mesa até que ouvi um ruído vindo da direção do Alfonso, parecido com um engasgo.


Os olhos dele estavam arregalados e ele tremia de tanto rir.


— Ah, meu Deus! Assim você me mata! É isso aí, a gente tem que ser amigos. Não aceito não como resposta.


— Não me incomodo em sermos amigos, mas isso não quer dizer que você tenha que tentar transar comigo a cada cinco segundos.


— Você não vai pra cama comigo. Já entendi.


Tentei não sorrir, mas falhei. Os olhos dele ficaram brilhantes.


— Eu dou a minha palavra. Não vou nem pensar em transar com você... a menos que você queira.


Descansei os cotovelos na mesa para me apoiar.


— Como isso não vai acontecer, então podemos ser amigos.



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Autor(a): I_am_vondy

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Um sorriso travesso ressaltou ainda mais suas feições quando ele se inclinou um pouquinho mais perto de mim. — Nunca diga nunca. — Então, qual é a sua história? — foi minha vez de perguntar. — Você sempre foi Alfonso “Cachorro Louco” Herrera, ou isso é só desde que veio pra cá ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • ewelin Postado em 07/07/2015 - 23:30:15

    estou amando ler...continue postando e não pare!!!

  • karenlessa9 Postado em 28/11/2014 - 23:27:04

    Abandonou??

  • karenlessa9 Postado em 31/10/2014 - 09:58:04

    Nossa isso ta meio parado gosto tanto desse web, adoro a any sendo difícil km Continuaa

  • fersantos08 Postado em 21/09/2014 - 21:09:06

    Leitora nova,amando a fic..por favor posta maaaaaaais *-*

  • vanessap. Postado em 18/09/2014 - 18:59:50

    Adorei Any defendendo ele, mas ele rude com ela não foi legal :( Posta maaais *--*

  • vanessap. Postado em 15/09/2014 - 03:21:08

    Que fofo ele ajudando ela *-*

  • vanessap. Postado em 15/09/2014 - 01:32:50

    Leitora nova!! Definitivamente to amando essa fic!! hahaha Posta maais *---*

  • brunaponny Postado em 24/05/2014 - 22:04:47

    Continuaaaa amando <3

  • isajuje Postado em 26/05/2013 - 20:38:13

    leitora nova acompanhando a web o/ pode postar o próximo capítulo que eu já estou na espera KK' a Annie é das minhas, eu faria as mesmas coisas que ela, sinceramente KKK enfim '-' ...

  • raya_ponchito Postado em 18/05/2013 - 18:49:37

    Posta Maaais


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